𝟑. 𝐓𝐇𝐄 𝐑𝐄𝐁𝐄𝐋𝐋𝐈𝐎𝐍

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ANDRASTE

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ANDRASTE

ACABEI DEMORANDO PARA retornar à Prythian, sabendo que meu rosto vermelho acabaria por me denunciar. No entanto, também estava ciente que Amarantha e mesmo os Grão Senhores acabariam desconfiados com minha demora e quando chegasse a falta de atualizações. O que diria? Oh, uma humana vai ser sequestrada por Tamlin ainda hoje e ele está planejando alguma revolução. Isso se aquela festa tiver realmente algum significado.

Poderia parecer mas eu não sabia tudo sobre todos e o que acontecia ao meu redor. Minhas habilidades eram limitadas e ver o passado não fazia parte de meu arsenal. Todas as informações que eu tenho - inclusive boa parte dos segredos e intrigas dos Grão-Senhores - vem de Ascian e fontes confiáveis. Todos sabem que eu não conseguiria descobrir sozinha toda aquela história vasta sobre Helion-Beron-Lucien e a Senhora da corte Outonal. Ou o fato de que a família da corte Noturna esconde algo: Ascian nunca foi capaz de dizer o quê eles escondiam, ela tampouco sabia. Mas todos estamos cientes de que ele tem algum segredo obscuro que quer proteger a todo custo. Duvido que toda aquela pose de frieza fosse realmente Rhysand e digo por experiência.

Eu passei um tempo passeando pelas terras humanas, observando como estava depois de anos que não pisava ali. Anos, refleti. Desde a morte de minha mãe eu não andei nas terras desse lado ainda que fui ao Continente atrás das rainhas mortais em algum ponto de minha vida.
Não parei de caminhar até chegar em uma praça lotada. Logo de cara soube que era um daqueles dias onde todos brigariam e se matariam pelas peles tragas de fora e pelos poucos centavos que achariam no chão.

- Tem tempo para ouvir a palavra dos abençoados?

Era um grupo pequeno, mas se destacavam pelas roupas e enfeites. Não usavam ferro diferente da maioria ali e percebi que nenhum dos humanos por perto estava confortável com a presença, se amontoado para passar longe deles. No entanto, apenas sorrio para a moça diante de mim.
- Consegue guardar um segredo? - Ela pisca, intrigada.

Naquele momento eu tinha pouca magia abastecida, já que usei a maior parte para selar tanto meus poderes quanto para ocultar o que era durante meu tempo nas terras mortais. Ainda sim, utilizei aquilo para mostrar a ela e aos companheiros parte de minha aparência. As orelhas pontudas e o rosto etéreo.

Peço silêncio com minha mão quando reparei na reação deles. Estavam prestes a ter um ataque ali mesmo.

- Você é- feérica! - Sussurra. As outras crianças se reúnem atrás de mim, me prendendo em um círculo.

- Sim, eu sou. Mas precisam me ouvir bem: não se aproximem da muralha. Nem todos os Feéricos são bons, entenderam?

- O que quer dizer? - Perguntou outro entre eles. Mordo meu lábio, considerando se valeria a pena explicar.

𝐋𝐔𝐄𝐔𝐑 | 𝐀 𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐎𝐑𝐍𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐑𝐎𝐒𝐄𝐒 (Second Version)Where stories live. Discover now