Capítulo 12

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** Esta é uma adaptação autorizada, a obra original pertence à autora LouTommo-Styles e todos os direitos são reservados a ela. **



1. . . 2. . .3 dias se passaram.

Nossa rotina era acordar de manhã, descíamos para a cozinha, Geon-Hak e Chun-Ha faziam o café da manhã. Passávamos a manhã preguiçosa, depois almoçavamos, Geon-Hak saia para "resolver alguns assuntos", Keon-Hee passava a tarde conosco. Chun-Ha e eu fazemos o jantar, Geon-Hak chegava (normalmente com mais "presentinhos"), jantavamos juntos, ficávamos no sofá assistindo TV ou jogando algum jogo, depois vamos dormir.
Todas as noites ele dormia comigo.
Na nossa terceira noite na casa, eu tentei dormir sozinho, mas novamente tive crise, comecei a chorar, me culpei por ser fraco. Mas até o soar do vento fora da janela, me fazia lembrar do alfa rondando a minha casa. Eu tinha a nitida impressão que alguém invadiria o meu quarto e. . .
Fechei meus olhos bem apertados, mesmo assim as lágrimas rolaram para fora. Eu não queria viver desse jeito, eu não aguentava aquilo!
Um cheiro familiar e aconchegante me tomou, braços me envolveram e eu pude dormir em paz.
Foi assim que, sem falar nada, criamos a nossa rotina.
— Eu vou coloca-la na cama dela, já vou para a nossa — ele me disse na noite passada, segurando a Chun-Ha adormecida nos braços. Eu confirmei com a cabeça e fui para o meu quarto, que tinha acabado virando o nosso.
Era normal, eu me trocava (já estava ficando bom em fazer isso com uma mã só, Geon-Hak e eu escovámos os dentes, ele se trocava, deitavámos na cama e ficávamos conversando até dormir.
Ele me contava as coisas engraçadas, coisas como da vez que Hwan-Woong jogou água no cabelo do Seo-Ho e teve que correr para se esconder atrás do seu alfa, já que Seo-Ho jurou mata-lo. Ou como Yong-Jo morre de ciúmes de quando o Keon-Hee chega perto do Seo-Joon, porque o ômega e o beta "ficavam" antes do KeonHee conhecer o Yong-Jo e Seo-Ho.
Geon-Hak nunca me contava sobre o que eles faziam ou que coisas eles iam resolver. Uma vez me disse para que, se eu tivesse medo ou dúvidas sobre eles, era para lembrar que ninguém inocente estava envolvido.
O que ele não sabia é que eu nunca teria medo dele.

— Preparado? — Geon-Hak me perguntou quando estacionou o carro na frente da minha antiga casa.
— Sim, acho que sim — respondi e respirei fundo.
Nós tinhamos deixado Chun-Ha na escola, era a primeira vez que ela ia para a escola depois de tudo o que aconteceu. Eu estava preocupado com a readaptação dela no ambiente escolar, mas Geon-Hak me disse que garantiu que tudo ficaria bem.
Eu não questionei, mas também não entendi.
Entramos na casa, continuava tudo exatamente igual, mesmos móveis, mesma pintura, mesma decoração, mas parecia totalmente diferente para mim. Eu não reconhecia mais aquele lugar como lar, aquela não era a minha casa!

— Se quiser, podemos ir embora e esquecer tudo isso aqui — Geon-Hak disse vendo minha reação, eu mal respirava.
— Não, tudo bem, eu preciso fazer isso!
Não havia sinal de sangue ou cacos de vidro, a janela quebrada tinha sido tampada com madeira. A casa também não cheirava mal, aparentemente Yong-Jo tinha mandado alguém vir limpa-la. Nem o meu cheiro ou de Chun-Ha estavam ali, muito menos o de Yong-Guk.
— Chegaaayyyyy — Keon-Hee gritou, entrando com Seo-Ho.
— Você tem que fazer isso toda vez? — Seo-Ho perguntou.
— Cale-se servo e me traga um chocolate quente! — Keon-Hee respondeu. Seo-Ho mordeu o pescoço dele e sussurrou algo, na hora Geon-Hak tampou as minhas orelhas para eu não ouvir o que era, o que me fez rir.
— Parem com isso! — Geon-Hak bufou irritado —  Francamente, vocês não sabem se controlar?
— Puritano! — Keon-Hee mostrou a lingua — Vamos começar a arrumar isso, porque hoje é a noite da pizza e isso é sagrado!
— Sabe Ju — Seo-Ho me disse quando entramos no quarto que era de Yong-Guk — Acho que só o meu closet é do tamanho desse quarto. Dá pra atravessar esse quarto em três passos, olha, um, dois, três.
— Seo-Ho — Harry reclamou.
— Leedo, é verdade. Se eu rodar aqui, eu vou bater em alguma coisa — ele insistiu.
— Eu que vou bater em você — Geon-Hak murmurou, fazendo Keon-Hee e eu rirmos.
— O que fazemos com as roupas dele? — Keon-Hee perguntou segurando uma camisa de Yong-Guk com a ponta dos dedos e expressão de nojo.
— Não sei, doar? — perguntei.
— Queime tudo — Geon-Hak falou distraido —  nem para doar isso serve.
— Beleza — Seo-Ho disse já acendendo o isqueiro.
— Hey, nada de fogo aqui dentro! — falei — E existem várias obras de caridade para que podemos doar.
— Ninguém merece essas coisas — Geon-Hak resmungou.
— Olhem, uma caixa escondida — Keon-Hee falou remexendo no closet — será que é aqui que o Ju guarda as suas lingeries? — ele falou malicioso.
— KEON-HEE! — gritei morto de vergonha — Eu nem sei o que é isso aí.
— Vai me dizer que não tem nada escondido — ele me provocou e eu poderia sufoca-lo com o travesseiro.
— Primeiro, não tem nada meu nesse quarto. Segundo, eu dividi o guarda roupa com a minha filha. Terceiro, assim que estivermos sozinhos, eu vou te matar — eu rosnei, Keon-Hee riu e Seo-Ho continuou mexendo na tal caixa.
— Parece um gatinho com raiva — Geon-Hak me abraçou pela cintura e beijou minha cabeça, eu bufei irritado, o que os fez rir ainda mais.

Look After You •Leeon versão•Onde histórias criam vida. Descubra agora