Look After You •Leeon versão•

Capítulo 6

** Esta é uma adaptação autorizada, a obra original pertence à autora LouTommo-Styles e todos os direitos são reservados a ela. **

— Papai bobo!
— Siiiimmm! Papai é bobo! — Chun-Ha riu, concordando com o que Geon-Hak disse.
— Ah, eu sou o quê? — fingi tentar agarrar seus pezinhos, enquanto ela os puxava e gargalhava.
Eu podia dizer que tinham se passado anos e agora éramos uma família feliz? Podia, mas na verdade só fazia cinco minutos que estavamos dentro do carro, indo rumo ao shopping, enquanto Geon-Hak e Chun-Ha faziam uma longa lista do que iriam comprar.
Aparentemente, estávamos perto de ter um escorregador no quintal, sendo que mal tínhamos quintal!
— Eu quero muito um ursão de pelúcia, maior do que eu! — Chun-Ha dizia animada — aí eu vou poder dormir em cima dele!
— Chun-Ha, eu não sei se podemos. . .
— De que cor? — Geon-Hak perguntou.
— Colorido! — minha filha sorriu.
— Eu não sei se tem ursos coloridos, eu nunca vi — falei.
— Podemos mandar fazer — Geon-Hak disse dando de ombros.
— Isso papai, é só mandar fazer! — Chun-Ha repetiu a fala de Geon-Hak, que sorriu para ela.
— Estou ferrado com vocês dois — murmurei, fazendo Geon-Hak gargalhar.
Em vez de irmos para o shopping perto da nossa casa, fomos ao Time Square Mall , um dos maiores shoppings centers da Coréia do Sul! O lugar tem mais de 250 lojas e, só para você ter ideia do quão grandioso é o lugar, ele possui três hotéis e um cassino dentro dele!
Eu usando jeans e vans velhos!
— Wow! — Chun-Ha disse assim que entramos. Eu só tinha vindo nesse shopping uma vez em toda minha vida, isso foi bem antes de engravidar, foi quando eu e meu irmão tinhamos quinze anos e estavamos visitando Seul. Chun-Ha nunca tinha ido lá.
— Preste atenção Chun-Ha — Geon-Hak disse para ela, se ajoelhando para ficar na sua altura — você não pode soltar a minha mão em momento nenhum, entendeu? — ela concordou com a cabeça — Só se for para ficar com o papai, aí não pode soltar da mão dele. Não pode falar e nem aceitar nada de estranhos. Se alguém falar algo para você, que você não goste, ou tentar te tocar, você me avisa na hora, mesmo que eu não esteja por perto na hora, você grita e eu venho correndo.
— Isso vale para o papai também? Se tocarem nele, eu posso gritar? — ela perguntou e eu senti a felicidade dela.
— Claro que sim, temos que cuidar do papai, não é?
— Sim! — ela balançou a cabeça energicamente, então abraçou o Geon-Hak de novo.
— Vocês sabem que eu estou aqui, não é? — perguntei para eles, me fingindo de ofendido.
— Papai bobo, claro que sabemos — ela riu — vem, tem que dar a mão para não se perder — ela me estendeu a sua mão livre, já que a outra segurava a mão de Geon-Hak.
Peguei em sua mão e ela saiu no puxando para a loja de brinquedos mais próxima.

— Aonde? — Geon-Hak fez careta.
— No Burger King! — Chun-Ha apontava a lanchonete.
Depois de visitarmos três lojas e sairmos com cinco sacolas diferentes, tinha passado da hora do almoço, por isso estávamos na enorme praça de alimentação.
— Chun-Ha, de todos esses restaurantes aqui, você quer comer fast food? — Geon-Hak insistiu. Eu já tinha desistido deles, não importava o que eu falasse, eles decidiam tudo entre eles, eu só ficava esperando.
— É que. . . — Chun-Ha pareceu envergonhada, o que me chamou atenção. Geon-Hak se abaixou para falar com ela, também intrigado.
— É que o que? — ele perguntou delicadamente.
— Eu sempre quis ir no BK e colocar a coroa, igual as princesas de verdade — ela falou quase sussurrando, brincando com os botões da camisa do Geon-Hak, não nos olhando nos olhos.
— Por que você nunca me pediu, meu amor? — perguntei para ela.
— Você nunca tinha dinheiro, aí eu não queria deixar você triste — ela disse e aquilo apertou meu coração, só que antes que Geon-Hak ou eu pudéssemos falar algo, ela continuou — e o homem mau falou que eu não podia ir, porque crianças feias não podem ir lá. Só que o Geon-Hak é tão grandão, que se ele for comigo, eu consigo entrar, né?
Geon-Hak e eu ficamos em silêncio por quase alguns minutos, como Yong-Guk pode fazer aquilo com uma criança? Que, supostamente, era filha dele?
Que Deus me perdoe, mas eu agradecia por Geon-Hak tê-lo matado!
— Dong-Ju, escolha uma mesa para nós, enquanto eu levo essa princesa para comprar nossos lanches, tudo bem? — Geon-Hak perguntou calmamente, mas eu pude perceber, pelas suas respirações profundas, o quanto ele estava irritado.
— Jura? — os olhos de Chun-Ha brilharam.
— Tudo o que você quiser — ele respondeu para ela.
Eu peguei as sacolas de compras, mesmo com as reclamações do alfa, e fui procurar um lugar para me sentar. Escolhi uma mesa que ficava perto da máquina de refrigerante. Sim, sou um ômega preguiçoso, me culpe!
Deixei as compras em uma cadeira, quando fui me sentar na outra, senti alguém trombando tão forte comigo, que por pouco eu não caí no chão.
— Olhe por onde ômega! — rosnaram para mim.
Me virei e dei de cara com um Alfa que eu nunca tinha visto na minha vida. Ele usava camiseta polo cinza e calça jeans, além de me olhar de cima abaixo com superioridade.
— Foi você que esbarrou em mim.
— Além de desastrado, é um ômega respondão — aquele alfa bufou — Aprenda o seu lugar, ômega. Devia me pedir desculpas e agradecer por eu não fazer nada.
— Pare de ficar me chamando de ômega! — falei irritado — Não vou pedir desculpas por algo que eu não fiz, foi você que esbarrou em mim, você deveria se desculpar!
— O que? — o alfa rosnou para mim, fazendo meus ouvidos doerem. Um casal que estava perto, nos olhou feio.
— Hey Kwan, o que tá rolando aí? — ótimo, outro alfa!
— Esse ômega bundudo querendo por as garras de fora.
— Olha o tamanho desse bunda — o outro alfa falou, me dando aquele olhar sujo — eu não me importaria dele arranhar as minhas costas enquanto eu o fodia com força.
— Vocês são nojentos! — falei — Vocês não têm o direito de me tratar como um pedaço de carne! Não usem o gênero de vocês como desculpa para serem escrotos! O que vocês estão fazendo é falta de respeito, é serem repugnantes e estúpidos, meramente por machismo. Vocês não podem e não vão me tratar assim!
— Ah é? — Kwan riu — E o que você acha que vai fazer? Vai me obrigar a pedir desculpas?
— Peça! — mas não fui eu que falei. Foi uma voz grave que veio de trás deles.
— E quem você acha que é — a voz de Kwan morreu assim que ele viu Geon-Hak. Os olhos dos Alfas se esbugalharam e o medo dos dois era bem visível — Kim.
— Meu amor — Geon-Hak disse para Chun-Ha, que nos observava atentamente — fique aqui com o papai, enquanto eu resolvo isso, como nós combinamos, tudo bem? — Chun-Ha concordou e correu para o meu colo — Só um minuto — Geon-Hak falou para mim, enquanto colocava a bandeja com os lanches em cima da mesa — Vocês dois vão pedir desculpas a ele e é bom que ele aceite, porque se ele não perdoar vocês, eu também não vou!
Os dois Alfas encaravam surpresos e receosos, na verdade, várias pessoas a nossa volta pararam para observar aquilo, mas ninguém se atrevia a interferir.
— Então? — Geon-Hak apenas ergueu a sobrancelha, só isso, e os Alfas se viraram para mim, totalmente assustados.
— Perdão, sério mesmo, perdoe a gente!
— A gente não fez por mal, era só brincadeira, desculpa a gente!
— Brincadeira? — perguntei de volta.
— Sim! Só uma brincadeira, não leve a gente a mal, por favor, desculpa a gente!
— Por Deus, desculpa a gente!
— Quando vocês estavam me ofendendo, não pareceu brincadeira! — eu só insisti porque era até prazeroso ver dois Alfas estúpidos como aqueles, implorando perdão. Alguns ômegas a nossa volta até sorriram para mim.
— Não cara, não foi isso, foi só brincadeira!
— Me perdoa por ter esbarrado em você, eu estava distraído, semana está muito estressante, por favor, perdoa a gente.
— Ok — eu disse por fim e eles respiraram aliviados — mas dá próxima vez que estiverem de frente para um ômega, lembrem-se do que aconteceu aqui. Quem sabe, o próximo talvez não tenha tanta consideração por vocês.
— Sim — os dois confirmaram com a cabeça na hora — ele perdoou a gente!
— Está mesmo convencido de perdoa-los? — Geon-Hak perguntou para mim.
— Sim — eu respondi.
— Eu não — Chun-Ha respondeu tranquilamente no colo, bebendo seu refrigerante.
— Chun-Ha! — exclamei.
— O que?— ela perguntou como se realmente não estivesse falando nada demais — alfas maus merecem castigo.
— Essa é a minha garota — Geon-Hak sorriu maldosamente para os Alfas — ouviram o que minha filhote disse?
Eu ia retrucar, mas travei no "Minha filhote"!
Geon-Hak chamou Chun-Ha de filhote?
Ele a chamou de filha?
— Entenderam? Então sumam daqui — ele vociferou me fez voltar a realidade, acho que perdi parte da conversa, porque juro que os Alfas estavam brancos e tremiam de medo. Ele correram, desesperadamente, sem olhar para — Tudo bem?
— Tudo — respondi ainda meio atordoado.
— Ótimo, então vamos comer — ele já estava sorridente e carinhoso, diferente do jeito ameaçador de segundos atrás.
— Olha papai, o Leedo pegou uma coroa para mim! — Chun-Ha falou feliz, mostrando a coroa de papel em cima da mesa — e eu ganhei um pônei! — ela abraçou o brinquedo que vinha com o lanche — Olha, o cabelo do meu pônei é castanho e azul! Igual os olhos de vocês dois! — ela riu.
— Eu não sabia qual o hambúrguer que você gosta, por isso comprei o mais completo. Mas se não gostar, eu compro outro, tudo bem — Geon-Hak falou tranquilamente.
— Esse está bom, só não sei vou aguentar comer inteiro, é muito grande.
— Se não conseguir, levamos para casa, logo o Keon-Hee aparece lá e ele come. Ele sempre come o que tiver pela frente — Geon-Hak deu de ombros.
— Bunny vai em casa? — Chun-Ha perguntou interessada.
— Sim, os Alfas dele também, eles são meus irmãos — Geon-Hak explicava tudo calmamente, enquanto limpava a boca dela, suja de keptuch — Mas você vai ter que ficar no seu quarto, enquanto papai e eu temos uma conversa de adultos, tudo bem?
— Mas eu queria ficar com vocês — ela fez biquinho.
— Você sobe, arruma seus brinquedos novos, depois podemos jantar, tudo bem?
— Sorvete! Podemos jantar sorvete? — ela perguntou animada.
— Chun-Ha, não dá para jantar sorvete — eu ri do entusiasmo dela.
— Tac tsc Chun-Ha, o papai dúvida da gente — Geon-Hak falou e Chun-Ha riu.
Estou ferrado com esse dois!

Correção:
Estou fodido!
— E esse! — Chun-Ha apontou para mais um brinquedo na prateleira. Ela estava dentro do carrinho, já praticamente solterrada de tantos ursos, bonecas, dinossauros, dragões e princesas.
Uma das centenas de lojas da Time Square Mall  é uma Disney Store oficial, então já deu para entender onde estávamos.
— Não acha que já comprou demais?
— Não acho não — Geon-Hak falou observando os dois dragões de pelúcia que estavam na sua mão — O dragão rosa ou o roxo? — ele realmente não estava me ouvindo?
— Chun-Ha gosta das duas cores, tanto faz. Voltando ao assunto, você. . .
— Verdade — Geon-Hak deu de ombros, jogando as duas pelúcias dentro do carrinho. Chun-Ha as abraçou na hora.
— Geon-Hak, você não precisa fazer isso, olha o quanto está gastando!
— O que você disse? — ele se virou sério para mim, Chun-Ha estava tão distraída, que não percebeu o momento em que ele se aproximou e ficou tão perto de mim, que nossas respirações quase misturavam — Sua última frase foi tão absurda e mentirosa, que prefiro fingir que você nunca a disse — Geon-Hak não estava tentando soar ameaçador ou me assustar, estava apenas sério. Mas me fez entender porque todos tem tanto medo dele — Primeiro, eu realmente preciso fazer tudo, mas é mais do que isso, eu quero! Eu assumi essa família e vou assumir meu papel nela, entendeu? Segundo, a única força existente que pode me impedir de ficar com vocês, é você! Se você me falar para sair, eu vou sair. Se me pedir para ficar, eu ficarei, apenas peço que não tente me afastar da Chun-Ha, eu já gosto muito dela. Terceiro, nunca mais diga que eu "gasto" dinheiro com vocês. Tudo o que tenho, é para minha família, vocês agora fazem parte dela, estão sobre a minha proteção e meu cuidados, em todos os aspectos. Qualquer dinheiro que eu use com você, não é caso, é um investimento. Fui claro?
Eu confirmei com a cabeça, sem nunca tirar meus olhos dos dele.
— Ju, não quero que tenha medo de mim — Geon-Hak disse, mais suavemente — quero que se sinta confortável para falar o que quiser, quando quiser. Quero que sejamos parceiros, precisamos confiar um no outro.
— Tudo. . . Tudo bem, é que isso é muito novo. . . Ainda não consegui assimilar tudo.
— Vai dar tudo certo, vamos seguir tudo no seu tempo — ele falou sorrindo — Me perdoe se estou sendo muito invasivo, mas é que estou tão animado com tudo isso, que fica difícil me conter.
Eu ri do seu jeito jovial, de novo ele estava longe de parecer aquele Alfa Lúpus Puro que todos temem.
— Vocês vão se beijar logo ou nós podemos ir agora?
— CHUN-HA! — gritei, Geon-Hak gargalhou.
— O quê? — ela perguntou inocentemente. 

Estou pensando em postar um capítulo todas as sextas, sábados e domingos, o que acham?