Capítulo 18

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— O que achou da noite? — Geon-Hak me perguntou.
Depois da quase confusão, tudo ficou bem. Ha-Ra e Amber ainda bufavam quando viam Min-Sik, mas Hee-Seok e Keon-Hee viraram grandes amigos. O azulado até disse que, se depender dele, Hyun-Woo nunca seria demitido.
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epois de um tempo eu falei que estava um pouco cansado, por isso Geon-Hak me levou de volta no mezanino. Eu estava sentado em cima de uma das mesas, tomando uma coca (como eu ainda estava tomando remédio, era melhor evitar coisas alcoólicas). Geon-Hak estava de pé, na minha frente e entre minhas pernas.
— Sim, mesmo Ha-Ra quase arrancando a mão do Min-Sik — eu ri — Eu nunca tinha saído assim, sem preocupação, apenas para curtir a noite.
— Podemos fazer isso quando você quiser — ele falou tirando a minha franja do meu olho. Era impossível não sorrir — Você também precisa conhecer todos os nossos locais, quero que você conheça tudo, tudo isso vai ser seu também.
— Até a Hot's?
— Não! Pode esquecer aquele lugar? — ele bufou irritado e eu ri, depois o puxei para um beijo.
Beijar Kim Geon-Hak é como andar em uma montanha russa. A expectativa disso acontecer faz nosso coração acelerar, quando você está lá suas mãos podem tremer e sua barriga gelar. Há momentos calmos e há momentos em que tudo vira de ponta cabeça,  a adrenalina corre pelas veias e você sente que é a maior aventura da sua vida. Então tudo acaba e você só quer de novo, de novo e mais quantas vezes puder.
— Você me deixa louco demais — ele murmurou entre os meus lábios — parece que nunca é suficiente — ele me segurava colado a ele — parece que cada vez eu tenho ainda mais vontade de você — nossos corpos se encaixavam perfeitamente um no outro — sorte minha que tenho a vida toda para te provar!
Ele atacou meus lábios de novo, do modo agressivo e possessivo que só ele consegue ter.
— Preciso de um tempo para respirar — ele disse depois do longo beijo — olha como você deixou — ele indicou a enorme ereção marcada pela calça.
— Não vai ser legal você andar no meio de todo mundo assim —  eu o provoquei, pegando meu refrigerante de volta.
— Não mesmo — ele bufou. Então ele gemeu, quase como se sentisse dor — Ju, eu já estou muito duro e ver você chupando esse canudo não está me ajudando! — eu não tinha percebido o que estava fazendo, só então percebi que seus olhos estava presos na minha boca.
— Ah, isso? — eu suguei o refrigerante de novo e ele estreitou os olhos.
— Não me provoque!
— Mas eu não estou provocando, apenas bebendo minha coca — eu suguei de novo, engolindo lentamente — é tão gostoso!

— Dong-Ju! — ele rosnou e me puxou ainda mais para a beira mesa, fazendo nossos quadris se colarem, e me beijou ferozmente. Ele devorava a minha boca, tomando posse como se sempre tivesse pertencido a ele. E realmente sempre pertenceu — Um dia — ele disse puxando o cabelo da minha nuca e me fazendo encara-lo — um dia eu vou descontar toda essa provocação!

— Vou cobrar isso! — respondi sorrindo de canto. Ele gemeu e voltou a me beijar.
Ele esfregava seu membro no meu, uma mão ainda agarrada ao meu cabelo e outra se dividia em apertar minha coxa e minha cintura.

Uma coisa que percebi depois (até porque na hora eu não estava conseguindo pensar), foi que ele, em momento nenhum, tocou a minha virilha ou a minha bunda. Mesmo que,  obviamente, estando com muito tesão, ele me respeitou o tempo todo.
— Ju — ele gemeu de novo na minha boca — estou parecendo um maldito adolescente aqui, quase gozando nas calças!
— Eu... acho que eu... também — eu falei ofegante — eu nunca fiz isso — comecei a rir.
— Agir como um adolescente cheio de hormônios e tesão? — ele sorriu para mim, de novo tirando a franja dos meus olhos.
— Também — eu ri de novo — nunca fiquei tão excitado a ponto de gozar assim.  Acho que nunca nem gozei de verdade — eu vi a sombra de raiva tomando os olhos dele — por favor, não deixe isso estragar o que estamos tendo agora.  O passado já passou, o que importa é o que estamos construindo agora, não é? — eu abracei seu pescoço, deixando beijos em seu rosto.
— Certo — ele disse envolvendo seus braços na minha cintura — prometo que quando fizermos amor, não vai ser em um heat e nem rut, porque você vai estar consciente e aproveitar o tempo todo. E eu vou te fazer gozar tanto, que você não vai conseguir andar ou, nem ao mesmo, levantar da cama!
Aquela promessa fez um calafrio percorrer o meu corpo. Continuamos nos beijando avidamente.  Pelo até sermos intenrrompidos.
— O que?  — Geon-Hak perguntou com raiva, usando seu corpo para tampar a bagunça que eu tinha me tornado.
— Desculpa — Yong-Hoon praticamente implorou, ele parecia estar com mais vergonha do que eu naquela situação — uns garotos de Suwon estão dando problemas, Yong-Jo mandou perguntar o que fazer.
— Você me interrompeu por causa de uns garotinhos mimados? — Geon-Hak ainda não estava feliz com aquilo.
— Desculpa, mas eles começaram uma briga e se recusam a ir embora.
— Quebre a perna deles, não me importo — Geon-Hak bufou.
— Esse era o plano original do Seo-Ho, por isso Yong-Jo pediu para falar com você — Yong-Hoon explicou.
— Leedo,  não é melhor ir resolver? — perguntei — Eu espero você aqui.
— Ok — ele revirou os olhos — mas eu não vou até lá — Geon-Hak me tirou de cima da mesa, segurou na minha mão e me levou com ele até o balcão do mezanino.
Lá embaixo estava acontecendo uma pequena confusão. Seo-Ho, Hwan-Woong, Ha-Rin e Yong-Jo estavam discutindo com um grupo de sete rapazes, todos alfas vestindo roupas claramente muito caras. Um dos rapazes deu um passo a frente e Ha-Rin colocou a mão em seu peito o empurrando. Esse e mais dois foram a frente falando algo, Yong-Jo os encarou e os vi hesitar.
— Tampe seu ouvidos — Geon-Hak falou para mim e obedeci na mesma hora.
Ele rosnou de um jeito animalesco e extremamente assustador. Foi tão alto, que ecoou por todo o local. A música parou no mesmo instante e todos se viraram para nós.
Todos exceto Keon-Hee, que estava sentado em um banco no bar, também tampava os ouvidos com as mãos e tomava animadamente um drink cor de rosa com o canudinho. 1
— Suwon boys — Geon-Hak falou alto para que todos pudessem ouvir — se esqueceram que estão longe de casa e sem a proteção dos papis ricos de vocês?
— Qual é, Geon-Hak?  — o mais a frente falou — Só estamos nos divertindo.
— Primeiro, é Kim, você não é meu amigo para me chamar pelo primeiro nome. Segundo, o que deu na cabeça de vocês para arrumarem briga aqui? Devem ser mais burros do que pensei — Geon-Hak estava daquele jeito sério, que assustava muito os outros — Dêem o fora daqui, enquanto não possuem nenhum osso quebrado.
Leedo estava do meu lado, seu braço envolvia minha cintura, me mantendo perto dele.
— Claro — o rapaz bufou — e se a gente não quiser?
— Seo-Ho o primeiro dedo  — Geon-Hak de um jeito entediado. Antes que o rapaz perguntasse alguma coisa, Seo-Ho agarrou a mão dele com uma sua e quebrou o dedo mindinho dele na frente de todos — Seo-Ho, a gente sempre começa com a mão esquerda!
— Foi mal — Seo-Ho deu de ombros, mas não parecia se importar nem um pouco — Quer que eu quebre o dedo da mão certa?
— Agora já foi — Geon-Hak e Seo-Ho tinham essa conversa um no mezanino comigo e outro no salão, enquanto o tal alfa chorava de dor e todos observavam — Cale a boca, é só um dedo quebrado e nem é um muito útil.
— Vocês vão pagar por isso — ele gritou e Geon-Hak riu — vamos ver se esse ômega que está com você vai achar divertido.
Geon-Hak mudou na mesma hora. Ele ficou tenso e vi seu olhar mudar para ódio.
Eu também vi como todos do "bando do Kim" mudaram. Seo-Ho deu um sorriso irônico,  Yong-Jo ficou sério, Ha-Rin negou com a cabeça, Hwan-Woong estralou os dedos, Ji-Eun e Amber foram para mais perto deles, Seong-Hwa bebeu o último gole da sua cerveja, Ha-Ra ficou a frente de Hong-joon e Jin-Ri, que estavam apreensivos,  Yong-Hoon chegou mais perto de mim e Keon-Hee encheu a mão de amendoim e ficou assistindo tudo e comendo calmamente, como se tudo fosse divertido.
— Geon-Hak... — eu tentei falar, mas Leedo me impediu.
— Me dê um minuto Dong-Ju — ele disse sério — Yong-Hoon fique com o Ju o tempo todo — Yong-Hoon ficou exatamente do meu lado. Geon-Hak tirou sua camisa, ficando apenas com a regata por baixo — segura para mim, por favor — ele disse me entregando a camisa.
Antes que eu pudesse falar algo, ele segurou no balcão do mezanino e pulou no salão lá em baixo. Caindo de pé e caminhando até o alfa que o tinha provocado.
— Você falou o que? — Geon-Hak perguntou de um jeito amedrontador — Você ameaçou o meu ômega, então tem noção do que vai acontecer agora?
— Seu ômega?  Achei que fosse só um ômega que você estivesse fodendo — o rapaz estava com muito medo — Você não pode fazer nada comigo! Meu pai é importante! Ele... — Geon-Hak tampou a boca do rapaz com a sua mão, ele apertava suas unhas tão forte que deixava marcas vermelhas no rosto do outro.
— Eu não me importo com quem seu pai é ou o que você acha que ele pode fazer contra mim — Geon-Hak dizia pausadamente.  Seu tom de voz era baixo, mas não havia nenhum outro barulho no lugar, então dava para escutar bem  — eu não sigo suas leis. Eu sigo o Código de Conduta dos Alfas e você acabou de ameaçar o meu soul mate na frente de várias testemunhas, sabe o que você me deu direito de fazer com você?  — o outro alfa negou com a cabeça desesperado e Geon-Hak sorriu de canto de um jeito quase diabólico — Não se preocupe, você vai saber.
Os espectadores seguraram a respiração, os amigos do tal alfa estavam apavorados.  O próprio alfa estava a ponto de chorar.
Yong-Jo sussurrou algo para Geon-Hak, que não pareceu gostar, mas soltou o rosto do outro alfa, que estava perto demais de desmaiar.
— Aparentemente é o seu dia de sorte — Geon-Hak falou com nojo para o outro alfa — Pelo Código de Conduta eu vou te dar três dias, no final do terceiro dia eu vou atrás de você e se eu te encontrar, irei te matar — o rapaz engoliu em seco — Você tem três dias para sumir, porque no final desse prazo, não importe quanto tempo passe, você será um alfa morto.
— Dêem o fora agora, antes que ele perca o bom humor — Yong-Jo empurrou o alfa. Ele e seus amigos praticamente correram para fora.
— Que sirva de aviso para todos — Geon-Hak falou para todos que o observavam — se alguém ameaçar minha família, se ameaçar o meu ômega — ele apontou para mim — se ele apenas se sentir ofendido, eu vou atrás dessa pessoa e vou garantir que ela se arrependa amargamente do dia que ela cruzou o meu caminho.
Leedo subiu no balcão do bar, pulou para se segurar na beira do mezanino e deu impulso para pula-lo, voltando para perto de mim.
— Ok, acabou o show — Yong-Jo gritou lá de baixo — um shoot de tequila e uma cerveja grátis para todo mundo!
As pessoas gritaram comemorando, a música voltou e toda agitação voltou a ser como era.
— Tudo bem? — Geon-Hak perguntou, recolocando a camisa, mas a deixando aberta dessa vez.
— Sim. Com certeza não foi o final de noite que achei que teríamos, mas foi... interessante?
— Interessante?  — ele riu — É uma boa definição -- ele me puxou para um dos sofás, me deixando sentado no seu colo. Yong-Hoon já tinha sumido e só estávamos nós ali — Me perdoe se te assustei, foi difícil me controlar ali.
— Eu não sei porque você acha que me assustaria, eu já te disse que nunca tive medo de você.  É exatamente o contrário,  com você eu me sinto seguro — eu falei e ele sorriu.
— É exatamente isso que eu quero, que você se sinta bem comigo, que você sinta que possa te dar um lar — ele disse sinceramente me abraçando.
— Leedo — falei olhando nos seus olhos — você já me deu um lar e esse lar não é lugar, é alguém.
E eu o beijei.

— Ela está mesmo apagada — eu ri baixo.
Depois do bar, passamos buscar Chun-Ha na casa da Ha-Yi. Minha filhote dormia abraçada com Chae-Rin, as duas resmungaram quando a pegamos, mas nenhuma realmente acordou. Agora já estávamos em casa e Geon-Hak tinha acabado de coloca-la na cama.
— Estou muito cansado — eu falei quando fomos para o nosso quarto — só quero me jogar na cama e dormir.
— Nada disso, vai tomar um banho rápido enquanto eu faço um chá para você — ele me empurrou para o banheiro enquanto eu resmungava.
Geon-Hak tinha comprado uns protetores para o meu braço, assim eu podia tomar banho sem me preocupar em molhar a minha tala.
Assim que a água tocou meu corpo, eu percebi que o quanto estava cansado.
Um filme de tudo o que aconteceu naquele dia passou pela minha cabeça.  Desde que eu soube do possível leilão onde eu tinha sido a mercadoria, a declaração de Geon-Hak, a ida ao restaurante, Kang-Hee, o bar, as confusões, as ameaças e tudo mais.
Agora não tinha mais como voltar atrás, Geon-Hak tinha ameaçado um alfa filho de alguém importante na frente de todos por minha causa. Ele tinha avisado todos que se me ofendessem, Leedo iria atrás deles. Em pouco tempo toda Seul saberia que estávamos juntos e eu nem sabia que tipo de relacionamento tínhamos. 
Realmente, não dava mais para voltar atrás. O que era bom, porque eu não vou querer isso.
— Ju — Geon-Hak bateu na porta do banheiro — está tudo bem?
— Eu já estou saindo — falei em voz alta.
Eu não tinha percebido o quanto tinha demorado no banho. Fechei o chuveiro, me sequei e me vesti. Eu ainda tinha problemas com o meu corpo e tinha um pouco de vergonha.
Eu realmente demorei demais, quando cheguei no quarto, Geon-Hak já tinha tomado banho no outro quarto, seu cabelo estava um pouco molhado e ele segurava uma caneca de chá.
— Acho que demorei mais do que pretendia — eu falei um pouco sem graça.
— Tudo bem, senta aqui — ele bateu do lado dele.
Eu me sentei, ele me entregou a caneca, estendi meu braço e Geon-Hak soltou o plástico protetor, indo jogar no lixo. Era parte da nossa rotina.
— Está tudo bem? Você parece pensativo — ele me perguntou, se sentando e encostando suas costas na cabeceira da cama, me puxando para ficar entre suas pernas.
— Acho que só estava assimilando tudo o que aconteceu hoje,  foi muita informação ao mesmo tempo.
— Algum problema? — ele perguntou e eu senti uma nota de preocupação na sua voz.  As vezes Geon-Hak parecia ficar inseguro, como se tivesse medo de que eu pudesse ir embora.
— Nenhum — eu sorri e Geon-Hak respirou aliviado — eu me diverti muito hoje, apesar de toda a confusão.
— Eu juro que não é assim todas as vezes.
—Eu duvido - o provoquei e ele mordeu meu pescoço.
— Era só isso?  — ele perguntou,  percebendo que ainda tinha uma coisa que me incomodava.
— Geon-Hak — eu virei de frente para ele  — o nós somos um do outro? Você me chamou de soul mate e isso é muito sério. Eu sei que estamos juntos, mas não sei como estamos.
— Ju, eu sou um lúpus puro, eu entendo bem o que significa ter um soul mate e eu sinto no meu coração que você é o meu — ele colocou a xícara no criado mudo e segurou as minhas mãos — Acredite em mim, eu nunca falaria isso se não acreditasse verdade que você é o meu soul mate. Eu não fui criado com essas regras que você seguia. Para os lúpus é tudo mais simples, você encontra seu soul mate, se apaixonam, vivem juntos, se amam e passam a vida juntos. Nunca me passou pela cabeça que precisávamos de uma definição, mas se isso é o que você quer, tudo bem.
— Obrigado — talvez eu estivesse segurando as lágrimas, mas ninguém precisa saber.
— Podemos ser namorados por enquanto?  — Geon-Hak perguntou e meu coração disparou como louco — Sei que para sermos noivos precisamos ter um anel de noivado e eu não tenho nenhum aqui. Mas se quiser, posso pegar um dos meus por enquanto e amanhã vamos em alguma joalheria para...
— Geon-Hak — eu o interrompi segurando seu rosto com as minhas mãos — sermos namorados está perfeito.
— Por enquanto — ele me corrigiu e eu ri.
— Sim, por enquanto.
Me inclinei e o beijei. Eu realmente tinha um lar e ele era Kim Geon-Hak.

Look After You •Leeon versão•Onde histórias criam vida. Descubra agora