Meu Outro Eu

Capítulo: II

Eu saio do colégio e tudo o que eu quero é pegar uma garrafa de Whisky. E aproveitar o resto do dia do meu jeito.

Caminhei até minha casa, Enquanto o dia estava indo embora. O céu estava banhado em todas as cores do entardecer. Eu sempre senti uma vontade de flutuar por aquelas nuvens.
Como se nada mais importasse e eu fosse livre pra sempre.

Vou por um caminho diferente do de costume, uma rua com diversas casas em construção. Casas grandes e chiques, com barricadas e muros. Um bairro que algum dia vai estar cheio de pessoas chatas.

No caminho algo me chama a atenção, um anúncio da prefeitura de GrayHills. Geralmente nunca é algo interessante ou útil para a cidade, mas era algo novo. Um Shopping, em construção. Para mim estava pronto, gosto de explorar locais diferentes. Quando a construção terminar, e começar a lotar de pessoas, "Pessoas da escola especialmente". A graça do local vai desaparecer num piscar de olhos.

Pode parecer algo Errado ou perigoso, mais é algo que me faz me sentir bem. Mesmo que por pouco tempo. Consigo por meus pensamentos em uma jaula, onde só entrego a liberdade a aqueles que eu desejar. Como se tivesse algum tipo de controle sobre mim mesmo.

Eu virei o caminho e subi até lá, para procurar alguma passagem, ou uma parte baixa do muro para que eu pudesse pular a noite. Eu pude ver um grande prédio, Com uma arquitetura moderna e muito bonita. Estava cercado por muros de alumínio, E nas suas paredes havia inúmeros andaimes. Para minha sorte.

Circulei o muro inteiro, E por sorte tinha uma parte que dava pra subir. Era onde estavam começando a construir muros de concreto. não era nem um pouco baixo, mais tinha um poste de luz bem do lado.

Eu posso pegar apoio pelo poste, E subir o muro por completo até chegar no final. Eu já fiz isso várias vezes, E aprendi os meus truques para entrar em qualquer lugar. Eu ia subir o muro e pular para dentro, A única preocupação é saber por onde eu irei sair de lá depois, É quase fácil de mais.

Eu desci a colina pela estrada, alí próximo. Fui para um beco e tirei tudo da minha mochila, e escondi meus materiais embaixo de uma lata de lixo grande. Havia um supermercado no meu bairro com quase nenhum segurança.

Dei a volta e entrei pela porta da frente, Entrei com a minha mochila nas minhas costas. Já roubei muitas vezes, Aqui em GrayHills eu sou um marginalzinho. Mas que falta vai fazer pra eles uma cerveja ou um whisky?
E porquê eu deveria me importar?

Fui para o lugar onde ficam as bebidas alcoólicas. Tinha um casal olhando as garrafas de vinho atrás de mim, Assim que eles saíram eu olhei para os dois lados e não tinha ninguém, Também não escutei nenhum som de alguém chegando. Então foda-se, É a minha chance de ouro.

Eles não vendem bebida alcoólica para menores de idade aqui em GrayHills, A cidade já é lotada de punks e marginais. Ninguém precisa de mais um monte de adolescentes imbecis bebendo e bagunçando pelas ruas. Eu nunca precisei me juntar a esses grupos. Eu sempre dou um jeito de fazer as coisas apenas comigo.

Abri a mochila, coloquei 2 garrafas de Cerveja que estavam na geladeira. Depois coloquei uma garrafa de vinho. Fechei a mochila e fui até a seção de lanches, Comprei um pacote de bolachas e alguns salgadinhos. E sim, eu paguei por esses.

Dei o fora. Tranquilo e sem deixar nenhuma suspeita. Por sorte a minha mochila fez as garrafas se manterem paradas, Qualquer barulho eles teriam me revistado com certeza.

Fui de volta para o beco, Peguei minhas coisas de baixo da lixeira e coloquei de volta na mochila. Obviamente ficou bem mais volumosa a Chelle não iria notar se eu entrasse em casa sorrateiramente.

Já estava bem escuro. Pude ver as luzes de GrayHills sobressaindo as luzes das estrelas. Prédios, Carros, Letreiros coloridos do centro. Essa é GrayHills, A cidade da noite. Das minhas noites.