CHAPTER 14.2. knocked out

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14.2. NOCAUTEADO

🥊 DREW

— Você está linda. — Ao me deitar na cama, Ariel me olhou de soslaio e pude ver a garota revirando os olhos.

— E você está um trapo. — Retrucou e eu ri, sentindo uma pontada no peito. — Onde estão os primeiros socorros?

— Na cozinha, no armário da ilha. — Ela assentiu e saiu do meu quarto, deixando-me sozinho por poucos minutos.

Quando eu vi Ariel na plateia no meio da multidão, eu surtei. Eu nunca havia mentido para ela, e essa foi a primeira vez. Talvez, mentir não fosse a palavra certa, omitir seria a correta. Mas o fato de ter medo de Ariel contar para minha mãe me corroía ainda mais.

— Tem certeza que não quer ir para algum hospital? — A morena indagou, organizando as coisas em cima da mesa de canto ao meu lado. — Com a surra que você levou parece que todos os seus ossos foram quebrados.

— Obrigado pela parte que me toca, mas não quero ir. Não é a primeira vez que eu levo uma surra dessas. — Respondi e ela suspirou, limpando as feridas em meu rosto.

Eu só conseguia ouvir a voz de Ariel quando eu gemia de dor e ela pedia desculpas. Seu olhar não tinha brilho, apenas carregava uma expressão cansada e preocupada.

— Você poderia ter ido embora com o Vince. — Murmurei e ela continuou sem me olhar. — O Asher faria os curativos.

— Tem como você calar a boca?

Arqueei as sobrancelhas com a sua agressividade e respirei fundo assim que ela passou a cuidar dos ferimentos em meu abdômen e costela. Ariel era delicada e paciente. Estava muito concentrada para perceber meu olhar sobre ela.

— Sua mãe sabe?

— Ela acha que eu ainda estou na faculdade. — Confessei. — Fiz apenas um período de arquitetura.

Ela apenas mexeu a cabeça e voltou a ficar em silêncio. Asher apareceu em meu campo de vista, com os braços cruzados e uma expressão séria. Ariel também o ignorou.

— Durma. — Ordenou limpando sua sujeira e eu assenti, sentindo as dores em meu corpo. — Vou fazer alguma coisa pra você comer, Ash.

Meu irmão mais novo sorriu mínimo e abraçou Ariel, deixando-me mais uma vez em meu quarto, sozinho.

Tateei meu celular pela cama ao sentir vibrar diversas vezes durante os curativos. A grande maioria das notificações eram de Diana perguntando como havia sido a luta e outras eram de Ray, Austin e Zach parabenizando-me pelo desempenho e não ter desistido em nenhum momento. Perder não é o problema, desistir é.

Minha visão estava um pouco prejudicada e meus braços cansados, fazendo com que eu desistisse de conversar com qualquer um. Incluindo minha namorada, que estava em São Francisco e não teve a oportunidade de ver a minha derrota.

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