>história não revisada pode ter erros e posso editar no futuro<
Os braços antes doloridos agora pareciam dormentes e anestesiados pelo tempo na mesma posição, preso acima da cabeça em correntes no teto. O sangue dos pulsos feridos nas tentativas de fuga já não escorria mais por seu antebraço em vez disso sentia a pele repuxar no lugar onde o liquido, antes viscoso, agora estava se grudava a sua pele ressecado. Pensou em se mover, mas a lembrança da dor o encheu de medo. Não queria sentir mais dor, queria que aquela sensação de dormência fosse o sinal que morreria logo, mas a morte não veio. Muito pelo contrário quando tentou mover a cabeça o pescoço permitiu o movimento com um estalo agoniante, acabou soltando o ar de forma ruidosa quando a dor de antes não veio. Estava aliviado, o que foi instantaneamente deixado de lado quando se lembrou de como havia terminado naquele estado, o processo que se seguiu... A pele parecendo ser arrancada de seu corpo só para ser rearranjada, os ossos estalando em espasmos como se tentasse se encaixar de forma apropriada sob a nova capa que tinha e seus órgão... Sentia como se tivessem o cozinhando por dentro lentamente. Aos poucos se tornou super consciente de tudo. As pernas da mosca que caminhava pelo sangue coagulado em seu ombro, o som do rato que atravessava o corredor tentando encontrar comida. Mais tarde, do que pareceu horas, ouviu passos que soaram como pregos em seus ouvidos sensíveis, o cheiro de cigarro o fez mover a cabeça tentando cobrir o nariz. Já odiava aquele cheiro antes agora parecia completamente insuportável.
-Está vivo? – a voz alta também feriu seus ouvidos, mas nem chegou perto ao que o som de algum metal sendo batido contra a porta do mesmo material fez, apertou a orelha conta o braço com um gemido e ouviu uma risada – Não acredito.
A porta se abriu e gemeu com o toque rude o fazendo erguer o rosto. Tentou abrir os olhos, mas eles doeram com a lâmpada a óleo erguida na altura de seu rosto. Tentou escapar das mãos do homem e quando não conseguiu um tipo de rosnado deixou sua garganta o deixando completamente espantado, fazendo o homem rir e finalmente o soltar com um gesto rude.
-Não pensei que sobreviveria. Ainda mais você... – duas pessoas desconhecidas entrou no pequeno cômodo depois de um pequeno comando do chefe e as correntes foram soltas o fazendo cair pesadamente no chão, pontada que atravessou seu corpo o fez perder o ar e apertou os olhos tentando descobrir o que exatamente estava acontecendo consigo – Você vai ficar bem. – o homem se abaixou em sua frente voltando a examinar alguma coisa agora mantendo a luz mais longe não parecendo precisar dela para o enxergar, o pior foi quando olhou para o rosto daquele que chamava de pai e mesmo na quase completa escuridão pode o ver com riqueza de detalhes.
Não sabia o que estava acontecendo consigo, mas sabia que não era nada bom. Tudo em seu corpo lhe contava como nunca mais seria o mesmo. O pai se ergueu lhe lançando mais um olhar satisfeito como um proprietário faz com o potro quando a égua acaba de dar a luz e então saiu fechando a porta atrás de si.
-Mais tarde eu volto. Descanse enquanto termina.
Fechou as mãos sentindo os dedos como se fossem de outra pessoa. Queria descobrir mais sobre aquele novo corpo, mas tudo que fez foi se encolher no canto sujo e escuro daquela cela fria onde permaneceu até que o pai voltasse e quando voltou tudo que SeungCheol sentia era... Fome.
~
Uma buzina o faz voltar ao presente e perceber que havia invadido a contramão por um instante de distração perdido como estava em suas lembranças. Volta ao seu lugar e segue dirigindo pela cidade, sua mente ainda tomada por cenas do pobre jovem que não aguentou a transformação. A lembrança de toda dor do processo ainda era bem viva em sua mente. Mesmo os que escolhiam isso por querer ser mais forte ou imortal temiam a dor, ou simplesmente que o corpo não suportasse.
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Midnight
Про вампировJeongHan só queria fugir de seu passado. Ir para a cidade grande estudar e trabalhar para ter uma vida independente foi sua melhor ideia. Definitivamente conhecer o bonito suposto detetive não estava nos planos nem aquele sentimento que parece semp...