AQUELE VELHO DISCO DA JANIS

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Baixa o braço; toca a agulha, o disco.
Chuvisco. Som de espera. E então explode
Todo um universo sonoro debaixo do acorde.
O coração embarca na viagem. Não sem risco,

Pois sabe-se que é meu o carma da canção.
Aquela guitarra entende mais da vida que eu
E o baixo caminha tranquilo nesse seu
Divagar. A música é a matemática da emoção...

E se espalha pelo quarto um colorir sonoro,
Perfume de uma deusa louçã.
Uma pausa. Entra a voz. Como eu adoro!

Meu coração é outro, é outra manhã.
Gritando, gemendo. Na melodia eu imploro
Por trapos limpos na alma em elã.

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