São iguais todos os passos na areia.
Os meus aos de qualquer um
Que em imprecisos sonhos se enleia
Sob a serena bruma de lugar nenhum.
Refúgio augusto da civilidade.
Em nossos abismos profundos o mar se lança
Quando descemos os olhos com vontade
De pescar no horizonte a esperança.
Em vão se prorroga o desejo de chegar
Aonde, se a paisagem é a mesma? À frente, à trás...
A praia, afinal, como a vida: um caminhar
Entre areia, mar, céu e... algo mais?
Apenas a erma visão da distância
Enquanto as ondas molham a beira do short
Do caminhante qua segue na ânsia
De um fim ou um começo, de achar o sul ou o norte.
