High School: Do Ensino Médio para a vida [OBIDEI CONCLUÍDA]

CAPÍTULO 13

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⚠ALERTA DE SPOILER E GATILHO⚠
Se algum de vocês já passaram por alguma situação de abuso sexual ou coisas relacionadas sugiro que não leiam esse capítulo
Estou aqui de bom coração alertando vocês porque não quero que vocês relembrem coisas ruins do passado
Estarei aqui também caso precisarem de ajuda ou desabafarem, amo vocês
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Deidara on
    No fim do outono, viajamos para o tal hotel com fontes termais, esse nome me dá arrepios e se não fosse pelos meus amigos eu nem tinha vindo.

    O hotel ficava no pé de uma montanha bem alta e não é só isso aqui também é muito frio. Um lugar calmo e um pouco afastado da cidade.

    Nos acomodamos em nossos quartos e como sempre, dividi o quarto com Obito. Ele é como um guarda costa, antes eu não me sentia bem com ele grudado em mim o tempo todo e agora acho estranho se ele some por muito tempo, mas ele só faz isso porque prometeu para a Konan.

— Dei, nós vamos nos reunir lá na fonte, se arruma e desce lá.

    Se Obito soubesse como fica lindo de roupão usaria isso para sempre.

    Não estou me sentindo confiante quanto a isso, mas decidi ir e encarar meus medos. Tirei minha roupa e vesti o roupão e calcei as pantufas e fui até lá.

    Perdi a coragem quando cheguei na porta, comecei a lembrar daquele dia e senti minha pressão caindo, se não fosse por Hidan eu teria caído.

— Calma, Dei, estou aqui com você. Olha... eu sei que não é fácil, mas você vai ter que tentar, lembra do que sua médica disse? Sem pressa, vamos com calma e lembre-se que você está entre amigos e ninguém vai te machucar — Hidan deu um sorriso confiante e entramos.

    Era uma sala pequena com vários armários para guardar o roupão e as pantufas. Ao lado dos armários, tinha uma porta que levava para a fonte.

    Esperei Hidan entrar primeiro, fiquei com vergonha de tirar o roupão na frente dele, espiei pela porta e vi meus amigos, mas, mesmo assim, não tive coragem de entrar.

— Já falei que não precisa ter pressa, Dei — ouvi a voz do Hidan tentando me tranquilizar — Se alguém fizer algo suspeito, eu juro que arrebento na porrada.

    Respirei fundo três vezes para tentar me acalmar e tomar coragem, mas foi tudo em vão e comecei a chorar.

— Dei? — ouvi Obito perguntando, mas não consegui responder — Qual é o problema dele? Por que ninguém me conta porque ele é assim? — Obito perguntou perdendoapaciência.

— Eu não tenho que te contar sobre isso, mas vou falar mesmo assim. Desculpa ter que tocar nesse assunto Dei e você, Obito, nem ouse me interromper. Deidara namorava com Sasori há uns anos atrás e era tudo lindo, perfeito e maravilhoso, mas depois ficou agressivo, possessivo e completamente louco. Começou a bater no Deidara e a desculpa era que ele sentia ciúmes e achava que o Dei ia largar dele até que o Dei realmente terminou com ele. Meses depois, eles se acertaram porque ele achou que Sasori tinha mudado e para "comemorar" ele convenceu a própria mãe de vir nessas fontes termais e na calada da noite, Sasori estuprou o Dei — Hidan respirou fundo e retomou o fôlego — E aí, começou o medos e traumas, o Dei começou a tomar muitos remédios e nunca denunciou o Sasori por medo. É isso.

— Por que ele nunca me contou? — Obito estava tão abalado que mal conseguia falar.

— Nem eu sei Obito, me perdoa —  entrei na água ainda chorando e sentei ao lado dele permanecendo de cabeça baixa.

— Vocês têm muito o que conversar. Vamos embora galera — Hidan levantou e os outros o seguiram — Mantenha a calma, Dei. Se precisar é só chamar.

Obito on
— Por que não me contou? Eu sou seu amigo Dei... pelo amor de Kaguya, você tinha que me contar — comecei a chorar de raiva — Que desagrado! — dei um grito que doeu minha garganta — Eu cuido de você. Por que, Dei?

— E-eu não s-sei — Deidara soluçava de tanto chorar. O abracei bem forte para acalmá-lo.

— Vem, Dei, vamos para o quarto. Está esfriando, não quero ver você doente — ajudei ele a se levantar e a se vestir.

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    Chegamos no quarto, fomos nos vestir e Deidara tomou os remédios da tarde. Mesmo depois dele ter se acalmado, fiquei conversando com ele para se distrair um pouco.

— Está na hora de jantar, vamos? — Deidara tinha um sorriso lindo no rosto que passei a amar com o tempo.

    Deidara sentou-sebao meu lado e todos estavam sérios, um pouco preocupados com a nossa conversa na fonte.

— Conversam? — Hidan perguntou e Deidara respondeu com um acenou positivo com a cabeça — Ótimo.

— Então você já sabe, Obito? — foi a vez de Konan perguntar.

— Só acho engraçado que todo mundo aqui sabia menos eu. Obrigado por me excluírem.

— Eu ia contar, mas o Hidan me proibiu — comentou Kakuzu olhando de canto para o amigo.

— Vocês estavam se aproximando demais, achei que ele ia te contar.

— Me perdoa? Obito? — Deidara deitou a cabeça em meu ombro e fiquei sem saber o que fazer.

— Não precisa se desculpar, Dei, você não tem culpa de nada — beijei sua testa e sorri.

— Estão sentindo isso, meus amigos? — todos o olharam confuso — O clima de romance entre esses dois. Vocês combinam muito.

    Deidara se ajeitou na cadeira e corou, para disfarçar a vergonha começou a comer e fiz o mesmo. Vez ou outra nos olhávamos sorrindo.

— Vocês dois — Hidan apontou para nós dois — Vocês não me enganam, viu? Vocês acham que eu que eu não sei que está rolando alguma coisa entre vocês?

— Não está rolando nada porque respeito o espaço do Dei, caso contrário, nós já estaríamos namorando há um tempão.

    Levantei do lugar e sai do restaurante.

    Ouvi alguém correndo logo atrás de mim e um puxão em meu braço. Olhei para trás e vi o garoto pelo qual estou apaixonado.

— Precisa de alguma coisa, Dei? — perguntei sem ânimo.

— Preciso falar com você.

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Esse é o passado do Dei gente, pesado né?
Até o próximo
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