No Limite • [Borderline]

Inseto espacial

Olá meus anjos, voltei!
Recados: Quanto menos sentido fizer mais conhecimento você irá adquirir. As 2 primeiras  perguntas são de músicas do BMTH. Trate com carinho cada percepção que tiver. Favorite, e comente nos parágrafos quando aquela emoção pulsar.

Boa leitura!

OUÇA A MÚSICA ENQUANTO LÊ
(vai te ajudar)

Abril.
Eu sinto lhe informar, mas isso tudo é triste. O cotidiano é líquido, escorre por entre as frestas de nossos dedos. O tempo jamais será sólido, entra em ebulição e se evapora.

Maio.
Se parar para analisar, nada do que faz fará sentido.
Nunca está imune de algum toque, pois não pode flutuar, e mesmo que voasse, o vento também é matéria.
Sentimentos são reações químicas do cérebro, seu coração bombeia sangue, não sensações.
O que sente na pele, são hormônios, substâncias, e afins que se registram em seus neurotransmissores.
Seu coração, ou qualquer outro órgão não são intocáveis, cardiologistas ou cirurgiões podem removê-los.

Junho.
Pele sensível, mas resistente a ponto de se abrir e fechar naturalmente.
Acredito que seus olhos brilham quando vê ou fala sobre o que ama porque os abre muito mais, na tentativa de enxergar ou imaginar o máximo possível, e por fim glândulas lacrimais lubrificam-lhe para mantê-los abertos.
Agora conscientemente sabe que o ama, mas seu subconsciente sabe que é passageiro se não regular.
Isso tudo dói.

Julho.
Tentar entender porque todo dia pegamos aquele mísero transporte, porque vamos a escola e porque trabalhamos e gastamos num circulo vicioso, num pêndulo finito. Qual o motivo de querer aquela pessoa, aquele amigo, aquele amor, se apenas as lembranças boas tem valor. Qual a razão de rir por 2 minutos e passar 23h58m sentindo-se mal. Dormir 8h, trabalhar 8h, gastar 8h. Nunca parar, nunca pensar, apenas fazer, apenas sentir.
É triste. É melancólico. E inalterável.

Agosto.
Jamais perca nem mesmo um segundo tentando mudar o tempo, as pessoas, os trajetos, as dores, as risadas, os sentidos, as doenças, os políticos, seus amigos, suas angústias, o universo, seu satélite natural, os planetas orbitantes.
Mas ganhe segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e até anos buscando entender cada uma dessas coisas que não podem ser modificadas, talvez nunca chegue a conclusão nenhuma e tudo bem, tentar também significa conseguir. Afinal, você conseguiu viver através de uma tentativa.

Setembro.
No entanto, lute e se entenda, lute e se modifique, lute e se evolua.
Você não pode entender a vida, mas está nas suas mãos explicar a ela o que você quer e onde você vai, faça-a entender. Não altere o universo inalterável, mas escreva nas maiores estrelas onde irás chegar com estes sonhos, e chegue lá.
Não mude o tempo, o respeite e faça com que ele valha a pena, sem desperdício pois isso não é compensado.
Não altere as risadas, as dores, as angústias, as perdas, ou os sentidos, mas aceite cada pedacinho disso, aceite e descarte o que não lhe acrescenta, aceite e guarde o que lhe ensina.
Não tente mudar as doenças, mas lute contra elas. Você também não entende os vilões dos videogames ou dos cinemas e ainda assim torce contra.

Outubro.
Podes não compreender quase nada desse universo, muito menos consertar ou modificar. Mas você pode e deve compreender o porque de orbitar os planetas que orbita e modificar seu sentido de direção se necessário.

Novembro.
Nada é intocável, nada. Mas sua essência só responde aos seus toques, cabe a ti manusear com calma e carinho, acredite em mim, nem mesmo o maior amor, o melhor cirurgião, a gigantesca tristeza podem tocá-la, não sem sua permissão.

Dezembro.
Faça o que digo e ganhe muito mais que séculos ou milênios, ganhe uma vida, a sua vida.

Quero pôr um fim a tudo que me desagrada, a estradas mal acabadas, paredes desestruturadas, pinturas descascadas, ódio livre.