Primeiro Capítulo

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Dez de Março de Dois mil e vinte, era um dia normal, mas difícil de levantar da cama porque havia chovido durante a noite. Estava muito cansado, mas dei um jeito e fui ao meu primeiro dia de aulas. Naquele dia, achei que seria um dia normal como todos os primeiros dias na faculdade, encontrar os amigos, dar aqueles abraços, matar as saudades e contar as novidades. Mas foi bem diferente, naquele dia os professores levaram à sério e nos cungaram de verdade.
Entramos às 08h da manhã e saímos às 12:05’, era uma sequência de aulas, entrava um e saia outro professor, sem piedades eles foram a fundo. Com os lábios todos secos e com um semblante cansado, fui correndo ao bar da escola, pedi uma garrafa com água, uffa!! salvou a minha pele e senti o espírito voltando ao lugar. Estava eu sentado ao pé do balcão, virei de forma brusca e esbarrei com uma novata, eithas!! Molhei-a toda.
- Que desastre de pessoa eu sou! Exclamei logo para não levar berros da moça.
Peguei logo num lenço de papel e passei em sua blusa com a intenção de seca-la, é estranho, mas ela só olhava para mim e nada dizia.
- Que Mulher mais esquisita, disse eu, dentro de mim.
Terminei de passar o lenço.
- Bom, moça, já está…
- Ela: tens a certeza que posso andar assim pela rua?
- Mas é claro que não! Bota a mochila na parte de frente e podes andar. Vives muito distante daqui?
- Ela: tens a certeza que posso andar assim pela rua?
-Eu não sabia o que responder, ela parecia muito séria.
- Olha!!! Vamos até ao WC e te darei a minha t-shirt. Posso usar simplesmente o casaco.
Havia eu vestido uma calça jeans, uma t-shirt branca com barras vermelhas e um casaco com capuz preto e um tênis branco.
Ela havia vestido uma calça jeans azul marinho, blusa amarela e calçado um tênis preto.
Ela aceitou a minha proposta e recebeu a minha t-shirt:
- Por favor, traga amanhã, pode ser?
- Ela: verei o que fazer.
Ela entrou no WC feminino e eu fui para casa.
No dia seguinte depois das aulas, fui ao bar para ver se ela me encontrasse lá para que me desse a t-shirt, esperei até às 13h e nada.
Na quarta-feira, fiz a mesma coisa, hãm!! Ela apareceu e até demais Kkkkkkkk, hãm calma! Deixa ativar o modo sério.
Calma, que modo sério que nada. Ainda nem me apresentei a vocês, me desculpem pessoal, estava muito afim de conversar com… tá.

Sou o Edvaldo Camilo, estudante do 2ºano de engenharia informática, na província de Benguela. Vivo sozinho lá, e, às vezes, é chato, mas é fixe viver sozinho. Sou jogador de andebol e, às vezes, rodo o País com essa arte, amo arremessar a bola.
Tenho um metro e setenta centímetros, amo criar o cabelo, faço um pank, pinto a parte de cima que é a mais grande e me sinto bem. Estou com vinte e um anos de idade. Tenho dois irmãos, Valdo Camilo, o mais velho, e Neu Camilo, o mais novo. Amigos tenho dois, Kery Redes e Carlos Bento, não tenho muitos amigos, prefiro ficar sozinho.
Com o Carlos nos conhecemos na escola, ele é da turma C e eu da B, jogamos na mesma equipe de andebol, nos tornamos amigos no time e nunca mais nos separamos, ele é bem vaidoso e se preocupa muito comigo.
Já o Redes, é um amigo da família, nos conhecemos desde a infância. O meu pai e o dele são colegas de serviço, vivemos no mesmo bairro, SÃO JOÃO (Sumbe - chingo). Ele é vaidoso também, usa muitas correntes. Convivendo com pessoas do gênero, não tenho como não ser vaidoso e me preocupar com a aparência, meus irmãos então, às vezes, exageram.
Gosto muito de cantar, tenho até algumas músicas e uma EP com o título “RESILIÊNCIA”.
Às vezes, vou a Igreja, mas não muito, mas sei dos mandamentos que Deus deixou e algumas regras a seguir.
Sou apegado aos meus pais e gosto muito da minha mãe, não… não separo, só que com a minha mãe é: MEXEU MORREU. As pessoas olham para mim e dizem que sou muito sério e ignorante, na verdade, não gosto de confusão e de lugares onde tem muita gente. Sou muito determinado, não espero o amanhã, por isso faço do hoje o meu mundo.
Esse sou eu, Edvaldo Camilo. Prazer!

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