Terceiro Capítulo

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Fui a casa muito pensativo. Era um sentimento de luta entre não gostar e gostar dela. Eu não lhe conhecia, mas sentia que deveria lhe proteger, o Carlos até que tentou me animar, mas não deu certo.
Então fui para casa, quando eram 18h fiquei pendurado no muro do quintal de casa, quando eram 18:30’ vi ela passando, fiquei pensando “será que devo lá ir? Mas não, melhor não, ela tem namorado já ouvi e bem, deixa estar”. Eu tinha que evitar gostar dela. Quando vi ela se aproximando, aumentei o som do meu celular e coloquei os fones de ouvido.
Ela chegou perto e ao passar, deu um sinal e com um sorriso respondi. Era uma tarde de domingo, não queria ir à praia, não estava disposto para sair.
Segunda-feira 08:50’
Ah não, atrasei de novo, que raiva. Levantei de forma apressada, banhei, botei um tênis branco, uma t-shirt marrom e uma calça preta. Peguei uma moto e cheguei às 09:40’ a escola, estava findando o primeiro tempo da aula de física2. O professor pela sua bondade permitiu que eu entrasse.
Mas, em sala de aula, eu estava muito distante, estava aí, mas não estava aí, e, estava pensando na mocita. Depois da aula terminar, sai e fui direitamente ao W.C da escola, lavar o rosto.
Ao sair encontrei-me com uma moça do segundo ano e ficou a me fazer um monte de perguntas:
- Ela: Moço, bom dia! És da turma do 2ºano na faculdade de Informática?
- Sim e Tu?...
- Ela: Enfermagem. És jogador de andebol, vi você no campeonato, jogas bem…
- Muito obrigado, mas estou meio mal, podemos conversar noutro dia?
- Ela: Mal, por quê? Posso ajudar?
- Talvez sim, talvez não…
- Ela: Na verdade só vim te convidar para um almoço que será no Sábado às 15h, o que achas?
- Aonde será?
- Ela: no Terraço da minha casa, estarão lá alguns colegas, podes levar aquele teu amigo…
- Está bem, mas não prometo, porque não gosto muito de lugares onde tem muita gente, não prometo.
- Ela: Por favor, faça um esforço.
- Vou tentar, qual é o teu nome mesmo e o endereço da tua casa?
- Ela: Maria, vou te dar o endereço na sexta-feira. (Estava ela descendo os degraus).
- Está bem, fica bem.
Então ela foi. Naquele mesmo dia, nem mais, fui ao bar da escola. Aquele bar, não é para beber, encher a cara, é lugar de estudantes e professores.
Fui para casa. Na terça-feira e na sexta-feira ia a escola. Na sexta-feira cruzei com a Laurence nos degraus da escola e dei um boa tarde e passei, estava ela com a Maria. Achei estranho:
- Lau, já falaste com o moço do andebol? Dizia a Maria…
- Laurence: Nada, ele não me dá confiança, por quê?
- Maria: Não te dá ou você é que não ajuda?
- Laurence: Talvez, mas estou nem aí também…
- Maria: Eu conheço você e reparei a forma que você olha para ele e no banheiro disseste que não seria mal gostares dele, até porque já vens a lhe elogiar muito antes de entrares nesta Universidade. Eu lembro bem quando te levava para assistirmos os jogos de andebol. O que se passa?
- Laurence: Ele tem namorada, não posso ficar com alguém que tem namorada, não achas?
- Maria: Ninguém tem a certeza disso ou tens?
- Laurence: Maria, achas mesmo que ele não tem? Até que posso gostar dele, mas não vou dizer.
- Maria: Por mim, o encontro no bar só veio unir as coisas, tchê! Tipo nas novelas Kkkkkkkk
- Laurence: Ah! Não, vais começar? (Estava Laurence sorrindo).
- Maria: Calma. Amanhã não falta, yeah! estarei a tua espera, vou fazer umas cenas agora, amanhã. (deu um abraço a Laurence e foi).
Ia a Maria ao meu encontro para me dar o endereço, nos encontramos no portão da escola, ela deu-me e foi pegar um táxi para ir para casa.

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