Ever thought of callin' when you've had a few?

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Aviso: esse capítulo contém cenas com descrição de violência, uso de álcool de de alucinógeno, descrição de alucinação e de ansiedade. Esse conteúdo pode ser sensível para determinadas audiências.

Com isso dito, boa leitura!

O som de vidro se estilhaçando adentra os ouvidos de Catra, um pouco abafado pelo capacete que usa. Ela vê suas acompanhantes fazerem um sinal de "jóia" para ela, mas não retribui, apenas colocando o taco de basebol sobre os ombros. Seus olhos analisam o trabalho, a janela grande de vidro de um dos laboratórios da rede Prime completamente destruído. Levou um tempinho e esforços tanto de suas parceiras como dela para conseguir que se quebrasse, mas ainda assim, elas conseguiram.

'Nada é inquebrável, otário. Nem seu maldito império,' Catra pensa, e então olha para cima, vendo um espaço logo abaixo do letreiro de neon, contornado perfeitamente de preto, que diz "Laboratórios Prime". Ela sorri de canto, uma ideia passando por sua mente.

-Liza, passa o spray, - Catra pede e, rapidamente, a mulher mais baixa o pega dentro de sua mochila, jogando-o para Catra, que pega a lata com uma mão. - Scorp, me deixa mais alta.

Scorpia assente e fica de joelhos em frente a Catra. Ela coloca o taco no chão e sobe em seus ombros, e Scorpia a segura pelos tornozelos ao se levantar. Catra sorri mais ao ganhar a altura desejada, ficando idealmente em frente à área sob o letreiro. Ela começa a escrever, sua caligrafia diferente da usual para evitar que sua identidade seja exposta. Ela começa logo abaixo do letreiro, e então vai descendo, até finalizar. Catra dá dois toques na cabeça de Scorpia, sinalizando que já quer descer.

Quando seus pés tocam o chão, ela olha para o que acabou de fazer. As letras vermelhas escorrem como sangue, contrastando com o verde claro do escrito, manchando a parede branca. Catra tira as luvas sujas e as entrega para Liza, que guarda o par em sua mochila e entrega um par limpo para Catra. Ela veste as luvas, ainda olhando o que havia escrito.

"Mene, mene. Tequel. Parsim."

Ela ri baixo e se vira para as outras duas, sinalizando com a cabeça para que a sigam. As três começam a caminhar pela rua pouco movimentada à meia noite. Elas andam em silêncio, tentando não alertar ninguém dos prédios vizinhos sobre sua presença. Apesar de a maioria dos prédios serem comerciais na região e de estarem fechados nesse horário, cautela nunca é demais.

Afinal, mesmo que a Horda seja liderada por um bando de cretinos que merece bem mais prejuízo do que o que Catra acabou de dar, isso ainda é um ato de vandalismo. E ela não tem paciência para lidar com autoridades e com tudo que pode vir disso no momento.

Catra, Scorpia e Liza não demoram a achar a vã após dobrarem a rua, e Catra toca a porta maior em um padrão que só ela e quem está do outro lado reconheceria. A porta se abre, revelando Entrapta na parte de trás, que mexe em um notebook enquanto como um mini sanduíche. No banco de motorista está Cabrina, que recebeu esse nome, de acordo com ela, por um infeliz erro quando seu pai foi registrá-la quando estava bêbado.

Catra e Scorpia se sentam lado a lado, de frente para Entrapta, enquanto Liza toma um dos bancos da frente. Elas tiram seus capacetes, escondendo-os em compartimentos criados por Entrapta na vã. Depois de alguns minutos com o veículo andando, Entrapta quebra o silêncio.

-Vou religar os sistemas de monitoramento dos quarteirões! - ela exclama. - Essas câmeras de segurança são tão fáceis de hackear!

-São? - Cabrina pergunta.

-Bem, pra mim, sim! Isso foi tão divertido!

-Acho que agora ele vai saber que realmente está sendo ameaçado, - Scorpia diz e, mesmo olhando pela janela em vez de olhar para a amiga, Catra consegue perceber sua preocupação. Ela olha para Scorpia e dá um sorriso tomado por ambição e ironia, seu olhar audacioso.

Dharma - CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora