4. Revelações

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VALERIE SE APRESSOU PARA ir embora dali, se hesitasse mais com certeza voltaria e aceitaria a proposta de Rafael, cada poro do seu corpo lhe dizia para fazer isso.

Mesmo que ela tivesse crescido com avisos sobre como Caçadores de Sombras são, sobre o que fariam se descobrissem o que ela é, Valerie não pude deixar de sentir a leve angústia ao partir, aquelas pessoas realmente pareciam boas, realmente queriam ajudar.

A garota balançou a cabeça, não podia ficar pensando nisso agora, olhou uma última vez para a igreja escura e mórbida de onde saiu, como aquilo poderia ser um Instituto? Pensou.

Ela sabia as histórias, só pessoas com sangue Nephilim poderiam passar pelas portas sem ser convidado, Valerie engoliu em seco, se tentasse...

Não. Repreendeu a si mesma. Pensamentos assim a levariam a morte. A menina apertou a espada contra o peito, a única coisa que restava da sua família, um vento gelado passou por ela, com um último olhar para a catedral, Valerie seguiu para casa.

 A menina apertou a espada contra o peito, a única coisa que restava da sua família, um vento gelado passou por ela, com um último olhar para a catedral, Valerie seguiu para casa

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Mina observou a garota ir embora, com um último suspiro fechou a porta. Não sabia se ela era corajosa demais ou estúpida demais, a Caçadora só tinha uma certeza, Valerie era inteligente, mas havia algo muito maior para que o medo sobressaisse a racionalidade.

Ela estava indo para o sótão, treinar, quando avistou Magnus esparramado pelo sofá da sala, claramente era a primeira vez que Mina via seu tutor — desde pequena ele a ensinara como usar seus poderes — desolado.

— Isso realmente não combina com você — a Caçadora cruzou os braços se escorando no batente da porta, os olhos felinos dele se voltaram para ela. — Sabe? O desânimo.

— Não estou desanimado — Magnus bufou e voltou a encarar o nada. — As vezes a imortalidade se tem isso, momentos de tristeza e reflexão.

Ah claro! — Mina exclamou rindo, e foi sentar-se ao lado do feiticeiro — Nos conhecemos há anos, e eu sei que definitivamente não é isso, é pela espada, certo?

Durante cinco dias os dois trabalharam incansávelmente para tentar extrair ou saber algo da arma Thauriel, mas a magia do feiticeiro simplesmente não penetrava o aço, e nenhum livro parecia conter informações sobre o instrumento.

— Argh! Só me conhece tão bem, porque cresceu comigo — ele revirou os olhos, ela não pode deixar de sorrir lembrando das aulas divertidas de Magnus — Sim, sim é sobre a bendita espada... Maldita para ser mais exato — o feiticeiro se levantou em fúria e começou a gesticular. — Tenho mais de mil anos...

Mil anos? — Mina o interrompeu.

— Você sabe que eu sou exagerado — balançou a mão. — Mas isso jamais aconteceu comigo! — disse voltando ao assunto — Minha magia parecia imobilizada por um simples pedaço de metal, queria tentar mais coisas, mas Valerie se foi... Estou irritado!

Os Poderes Ocultos - Linhagem de Sol e TormentaOnde histórias criam vida. Descubra agora