Capítulo 1

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AURORA Dias atrás um mensageiro do Reino de Gade havia me entregado um convite do rei enquanto eu trabalhava, na hora em que li fiquei muito confusa. Perguntei-me várias vezes durante aquela semana o do por que o convite ser feito a mim, mas não obtive nenhuma resposta. E assim como aquela questão me perturbava vieram outras para me perturbar. –O que este tal de finado primo do rei, um tal de Lorde Zequi iria querer comigo para me oferecer uma festa tão grandiosa? E por que eu? E se eu for o que irei vestir? Com tantas duvidas em minha mente demorei cinco dias para tomar coragem para enviar ao reino de Gade uma carta resposta. E após muita coragem e muitos presentes incluindo o vestido que vestia hoje eu estava aqui. Toc Toc Toc. –Os sons das batidas na porta quebraram meus pensamentos. Levantei-me apressada da banqueta e segui até a porta tremendo ansiando para o que me esperava naquela noite. Abri a porta e sorri. -Olá Srtª. Avin. Estou aqui para lhe acompanhar até o saguão do grandioso baile. Está bem, só espere eu usar meus sapatos e mascara! –dei um pulinho de de alegria ao me virar. –Que máximo Aurora. –pensei. –Você irá com o guarda mais gato do palácio ao seu baile de aniversário. Sorri mais ainda ao observar o guarda que me esperava a portaenquanto prendia a mascara que cobria metade de meu rosto. Cabelos bem curtos negros, olhos escuros como uma tempestade fulminante, corpo rígido e forte, estatura alta que usava um uniforme, um uniforme de cor azul marinho escuro cheio de broches dourados que davam a impressão de ser mais um chefe militar do que um simples guarda. Sem perceber o tempo passar, terminei de prender a amarra de minha mascara e corri até meus sapatos que eram vermelhos cheios de cristais encrustados. -Quando a senhorita estiver pronta eu estarei esperando aqui fora. – disse o guarda encantador que me encarava. -Está bem. Assim que o guarda saiu deslizei meus pés nas aberturas dos sapatos e urrei de satisfação por serem sapatos tão confortáveis. -Nossa, faz tanto tempo que não uso sapatos tão confortáveis. Uma das criadas que não conseguiu se segurar gargalhou. Não fiquei furiosa ao vê-la gargalhar. Pois sabia que todas criadas que estavam ali, torciam por mim naquela noite. No fundo eu sabia que todas estavam felizes por me verem assim tão bem vestida e arrumada. -Bem querida! Agora que você esta pronta então, por favor, se olhe no espelho e diga o que achou do resultado. Segui o seu comentário então me olhei ao espelho. Fiquei paralisa momentaneamente. -Nossa! –gesticulei. –Eu...Eu realmente estou parecendo uma princesa! –cheguei mais perto do espelho. –Nem consigo acreditar que a imagem que reflete ao espelho seja a minha! Belisquei-me para verificar se tudo aquilo era real. As criadas gargalharam e me puxaram a um abraço coletivo. –Esta bem agora você deve ir se não quiser chegar atrasada. Assenti a elas e segui até a porta e a abri. E como ele havia me dito. O guarda super forte e másculo estava lá me esperando. E diferente de antes seus olhos agora começaram a me sondar de cima para baixo como um predador olhando sua preza. Corei instantaneamente.
-V amos? –o guarda estendeu seu braço direito e eu entrelacei-me a ele ligeiramente. -V amos. Saímos de braços dados da frente de meu quarto e caminhamos em direção ao saguão principal onde estaria acontecendo a melhor festa da minha vida, onde eu poderia dançar e dançar até que meus pés estivessem tão doídos que eu não os aguentaria mais. . . . . Caminhamos pelos corredores do palácio que estavam totalmente vazios, apenas guardas se encontravam em prontidão em seus postos, mas a presença deles era quase imperceptível em relação aos que moravam lá. O rei e a rainha. -Senhorita! Acho que vamos chegar atrasados se continuarmos a andar neste ritmo. –informou o guarda sorridente para mim. -Ok. Eu andarei um pouco mais rápido. –Ok Aurora, são apenas sapatos, sapatos um pouco mais altos do que você geralmente usa. Vamos você consegue se equilibrar! Confiante, comecei a acelerar meus passos com meu salto alto apoiando um pouco mais meu peso no braço do guarda. Tudo estava muito tranquilo até que chegamos a escadaria principal. -Você consegue. São apenas degraus e você já passou por eles muitas vezes. –incentivei-me a continuar andando. Mas na metade da escadaria meu salto se prendeu a tapeçaria que se estendia pelos degraus fazendo me tropeçar e quase cair se não fosse pelos grossos e fortes braços do guarda. Já estabilizada o guarda ainda me segurando começou a sorrir. –V ocê está bem Senhorita? Assenti erubescida por ser tão desastrada com aqueles saltos altos que no inicio da noite pareciam tão agradáveis. -A senhorita não está acostumada a andar com saltos altos né? -É. Eu sou um horror com esses saltos. O guarda soltou uma gargalhada, mas logo em seguida voltou a se tornar sério fitando-me com seus olhos escuros. –Discordo! –disse ele. – Hoje você está excepcionalmente maravilhosa e incontrolavelmente linda com esses sapatos. Sorri com seu comentário, pois ninguém nunca em sã consciência durante o período de minha vida além de minha tia é claro, havia me elogiado antes. Fiquei tão feliz, que não pude parar de sorrir durante o percurso inteiro até o saguão principal onde paramos em frente a uma porta cheia de detalhes e brilhantes, assim como todo o palácio. A porta estava fechada separando-nos ainda do restante da festa. -Chegamos. –disse o guarda para mim. Assim que disse “Chegamos” comecei a entrar em pânico. Estava cada vez mais ansiosa, olhei para os lados, para cima, puxei folego, precisava de coragem para entrar ao baile, olhei novamente para o lado e vi que o guarda olhava e sorria para mim, nessa hora fingi que não sabia seu nome. E sem perder tempo eu pedi. –Qual é o seu nome? Ele hesitou um pouco antes de responder. Mas logo entrou na brincadeira com um sorriso malicioso. -Comandante Cassian Collin. E seu nome Senhorita? -É um prazer conhece-lo Cassian! Meu nome é Aurora Avin. -É um prazer conhece-la também Senhorita Avin. Sorrimos um para outro por alguns segundos. Mas logo Cassian pegou no trinco da porta e a abriu. Fazendo com que todos os meus temores voltassem. 

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