Capítulo 5

26 2 0
                                    

Estava já em meu quarto usando meu vestido simples rosa e curto que vinha até acima do joelho. Meus cabelos estavam soltos e molhados do banho que havia tomado e minha mão esquerda estava enfaixada com uma faixa nova que havia trocado após o banho. Estava pronta para ir jantar.
O jantar dos criados era servido em um saguão especial para criados do palácio. Nele estavam varias mesas longas com bancos compridos e estreitos onde vários criados já estavam sentados se alimentando. O jantar era servido em três remessas para que pudessem alimentar todos os funcionários do palácio. Eu estava na segunda remessa do jantar que era servida para os criados mais jovens do palácio. Assim que me servi, sentei-me junto de Cassian e Roza que já estavam a mesa jantando. -Olá. –cumprimentei-os. -Auroraaaaaa! Amiga! –gritou Roza entusiasmada.
–Que bom que você chegou eu já estava te esperando. Conte-me tudo, sem deixar nenhum detalhe de lado, eu preciso saber como é trabalhar com o cara mais sexy e gostoso do mundo! -Roza, por favor, menos! –falei tímida. Olhamo-nos e demos gargalhadas enquanto Cassian fingia não se interessar tanto no assunto. Contei a Roza sobre minhas tarefas de meu cargo, contei a ela sobre o almoço e depois os mostrei minha mão. Cassian vendo minha mão franziu seu cenho e abriu mais seus olhos, e pegou delicadamente em minha mão.
-O que aconteceu com sua mão? Aurora. –perguntou Cassian. -Machuquei-a. –disse eu. E continuei a explicar a eles o que havia acontecido. -Eu mato aquela cadela. –jurou Roza quando havia acabado de lhe explicar o que houvera se passado. Dei risada da maneira ameaçadora que Roza havia falado, pois sabia que ela não era assim, mas sempre quando se tratava de me fazer rir ela era muito experiente nisso. -Olá crianças. –todos nos olhamos para onde vinha o cumprimento. Tia Sonya parecendo muito contente havia chegado a nossa mesa com uma bandeja cheia de casquinhas de suculentos sorvetes. -Olá tia Sonya. –nós três havíamos cumprimentamos tia Sonya ao mesmo tempo e demos risada disso. -V ocê está radiante Sonya. –elogiou Cassian educadamente. -Obrigado querido. –agradeceu Sonya. -E então Sonya o que você trouxe para nós. –intrometeu-se Roza. -Não é nada de mais, mas espero que vocês gostem. Eu trouxe sorvete para comemorarmos o primeiro dia de trabalho da minha sobrinha em um cargo tão bom. –disse Sonya enquanto começava a distribuir os sorvetes. Fiquei feliz por minha tia se importar comigo, mas ao mesmo tempo desanimada com Cassian que estava ao meu lado não parecendo muito feliz com a comemoração. -Essa é sua Cassian. –disse Sonya apontando uma casquinha de sorvete para ele. -Não quero obrigado! Já estou de saída. –Cassian logo após de recusar sorvete, levantou-se da mesa e se dirigiu para saída do refeitório sem olhar para trás. Eu e Sonya nos entreolhamo-nos. -Minha menina vá atrás dele. –ordenou minha tia apontando para saída. Peguei duas casquinhas de sorvete e sai do refeitório para ir atrás de Cassian. Eu sabia que Cassian não queria comemorar junto conosco, pois ele estava chateado com alguns comentários que Roza havia feito sobre o príncipe durante o jantar. Mas mesmo assim o segui, pois eu precisava que ele aceitase a isso e que comemora-se conosco, ele era meu melhor amigo e queria que ele me apoia-se nisso. Sem perder tempo fui até o quarto de Cassian, mas ao bater em sua porta ninguém me atendeu. Peguei no trinco da porta e por sorte a porta do quarto estava destrancada e para meu azar ao abrir a porta do quarto de Cassian ninguém avistei, ainda querendo acha-lo procurei-o por vários corredores dos criados, mas não o encontrei. -Onde ele pode estar. –retruquei.
-Procurando alguém, Aurora? Virei-me para ver quem era. Emily estava lá. Emily era uma criada já de idade que trabalhava ainda no palácio. -Sim Emily! Estou procurando Cassian por acaso a Senhora o viu?
-Cassian, a sim eu o encontrei antes na biblioteca enquanto pegava meus livros.
-Obrigada Emily. –assim que agradeci Emily, sai correndo até a escadaria que ficava no final do corredor e subi alguns lances de escada até chegar a um corredor enorme. Andei mais alguns passos até chegar à biblioteca que era imensamente cheia de corredores repletos de estantes que suportavam milhares de livros. Ao entrar na biblioteca gritei pelo nome de Cassian, mas antes mesmo que pudesse chamar seu nome novamente, três pessoas que estavam lendo viraram-se para mim e fizeram gesto de silêncio. -Desculpem-me. –desculpei-me aos susurros e prossegui a minha procura entre os corredores da biblioteca. Após passar várias fileiras de estantes estava já cansada de procurar. Desacreditada de que Cassian ainda pudesse estar na biblioteca decidi que terminaria somente mais essa fileira então iria para meu quarto descansar. Ao chegar ao final da ultima estante da fileira avistei um vislumbre de um garoto a algumas fileiras a frente perto de uma janela.
-Nossa você é bom em se esconder! –falei ao aproximar-me dele que estava parado há frente de uma janela observando a vista das antigas ruinas que ficavam ao lado da nova muralha do palácio. Mas ele nem se quer me respondeu ou se movimentou. -Por favor, pare de ficar assim zangado e coma sorvete comigo? Eu sei que essa é sua sobremesa predileta. -Eu não estou zangado. –respondeu ele.
Cassian se virou para falar algo naquele momento, mas em vez de palavras uma gargalhada saiu de sua boca. Sem entender o motivo para que seus preciosos dentes pudessem aparecer naquela gargalhada tentei o empurrar um sorvete a ele. Mas assim que levantei minha mão para entregar-lhe uma casquinha percebi que penas a casquinha e uma mão suja de sorvete havia restado. -Ah! Não! –resmunguei. Cassian parecendo se divertir com minha situação pegou em uma de minhas mãos e a beijou. – Huuumm! Pelo menos tem um pouco de sorvete aqui. -Isso não tem graça! Mas Cassian me evitou e voltou a me beijar. (Na mão) -Nossa Aurora. Eu imaginava que beijar você era bom, mas não sabia que você era assim tão doce. –disse ele ainda se divertindo com meu desastre. -Pare de rir Cassian! Eu só estou assim por que foi difícil de te achar. -Ok. Senhorita Aurora. Mas eu estava falando sério quando disse que imaginava que beijar você era bom. Seu comentário me deixou paralisada e corada totalmente ao contrario de Cassian que sorria maliciosamente e se aproximava cada vez de mim. -Cassian! –tentei protestar para que ele se afastasse, mas ele me interrompeu colocando seu dedo sobre meu lábio. -Shhh! Apenas não fale nada. Cassian retirou seu dedo que estava em meu lábio, e passou uma de suas mãos para minha nuca e a outra para minhas costas e puxou-me para seu peito que era forte e quente. Senti seus braços fortes me envolverem e sua mão em minha nuca a me acariciar. Fechei meus olhos e encostei minha cabeça em seu peito. -Aurora abra os olhos. –sussurrou Cassian em meu ouvido. –Alguma coisa esta acontecendo. -Eu sei o que esta acontecendo alguma coisa, você esta me abraçando e eu... -Não. Não é esse tipo de coisa. Ao abrir os olhos me deparei com a biblioteca totalmente escura com todas suas luzes apagadas. -O que está acontecendo? A biblioteca nunca fica com luzes apagadas! -V enha, vamos sair daqui, alguma coisa não está certa. –falou Cassian enquanto segurava em meu braço guiando-me para a saída. A biblioteca imensa estava totalmente escura, a cada passo que Cassian dava, eu o seguia fielmente. Em poucos minutos estávamos na recepção da biblioteca, onde uma placa que sinalizava a porta de saída reluzia. Olhei para os lados antes de sair da fileira de livros, mas ninguém além de nós estava na biblioteca. Pelo menos foi o que imaginávamos. -V amos sair logo daqui. –cochichou Cassian ainda guiando-me para a saída. Ao chegarmos à frente da porta de saída parei ao lado de Cassian que logo abriu a porta e colocou sua cabeça para poder verificar se os corredores iluminados estavam seguros. Antes que Cassian pudesse confirmar se os corredores estavam protegidos senti seus braços ao meu redor nos jogando em direção ao chão. -Se agache Aurora! –gritou ele. Já no chão, não muitos segundos depois escutei um estrondo de arma. Um estrondo que havia soado no ar ao mesmo tempo em que uma pessoa encapuzada saia de trás do balcão de recepção e corria em direção das estantes de livros no centro da biblioteca. Ao meu lado Cassian se levantou e me puxou para fora da biblioteca. -Trave a porta! Trave a porta! –gritava Cassian que havia caído no chão segurando seu ombro que sangrava. Virei-me para a porta e vi que ao seu lado estava um botão vermelho, apressada o apertei. Assim que me virei para Cassian novamente, vários outros guardas entraram no corredor. -Há um atirador preso na biblioteca. –falou Cassian sentindo muita dor. Os guardas que estavam lá assentiram e pegaram suas armas. Seis deles entraram na biblioteca e outros dois ficaram parados em frente à porta na retaguarda. Assim que os guardas estraram e a porta da biblioteca estava novamente travada, agachei-me até Cassian e o segurei até que os enfermeiros que haviam sido chamados chegassem. Cassian estava pálido, e perdia muito sangue. -Estanque o ferimento! –disse um dos guardas. Sem ter outra coisa para utilizar no estancamento do ferimento de bala no ombro de Cassian, desenfaixei minha mão machucada e pressionei a faixa que eu usava em seu ombro. A faixa logo se encharcou não somente de seu sangue, mas também com o sangue que saia do ferimento em minha mão. Pouco se demorou até que dois enfermeiros com uma maca e um médico chegaram. Quis avisar a Cassian que tudo iria ficar bem e que o médico e os enfermeiros já estavam ali, mas me espantei por vêlo inconsciente. -Peguem-no! –ordenou o médico para os enfermeiros. –Ele precisa imediatamente ser levado para a sala de cirurgia. Os enfermeiros levantaram Cassian e o colocaram na maca. Acompanhei-os até a ala hospitalar que estava silenciosa. Passamos por uma, duas, três portas e antes que eu pudesse passar pela quarta, um dos enfermeiros interviu virando-se para mim. -Aqui você não poderá entrar. Assenti e o enfermeiro apressado fechou a porta bruscamente atrás de si. Ao olhar para os lados percebi que estava sozinha em uma sala totalmente branca da ala hospitalar. A sala era pequena e possuía três bancos brancos e uma bancada de revistas. Sentei-me em um dos bancos enquanto esperava. Os minutos pareceram horas e as horas pareciam dias, a espera era angustiante enquanto eu não tinha noticias de Cassian. Eu apenas orava até que um dos enfermeiros que havia carregado anteriormente abriu a porta da sala de cirurgia e saiu de lá correndo. Tentei segui-lo, mas antes que saísse da saleta branca o enfermeiro retornou com outro médico ao seu lado. -Tem certeza. A bala estava envenenada? –perguntou o médico para o enfermeiro. -Sim doutor. –Respondeu o enfermeiro, enquanto entrava novamente na sala junto ao médico. Levantei-me para segui-los, mas a porta se bateu a minha frente trancando-se. Angustiada comecei a soquear desesperadamente na porta da sala de cirurgia. Eu queria, eu precisava, eu necessitava ver Cassian. -Me deixem entrar! –eu gritava. –Me deixem entrar! Mas de nada adiantou a porta continuou fechada. E ninguém mais saía de lá. Cansada pela espera escorei-me contra a porta e deslizei até o chão. Eu segurara meu choro até agora, mas ao saber que a bala que havia atingido Cassian estava envenenada não pude mais suportar, lagrimas escorreram em meu rosto. Cassian era uma das pessoas mais importantes da minha vida e eu não poderia perdê-lo. -Senhorita. –falou uma voz carinhosa. Olhei para cima e vi uma enfermeira que vinha a se aproximar de mim. -V enha comigo, deixe-me te limpar e fazer um curativo em sua mão. -Mas Cassian. Eu preciso vê-lo! Eu preciso saber como ele está? – falei em meio de choro. -Se acalme. Assim que o procedimento cirúrgico acabar ele será transferido para um quarto, e então você poderá vê-lo. –falou ela calmamente. –Mas por agora se levante e venha comigo. A enfermeira pegou minha mão e me ajudou a levantar, segui-a até um quarto da ala, onde me sentei em um sofá de acompanhante. A enfermeira saiu rapidamente do quarto assim que sentei, dizendo que logo iria voltar. Assim como disse ela assim o cumpriu voltando rapidamente com um kit de primeiros socorros em suas mãos. -Tenho boas noticias. –comunicou ela sorridente. –Cassian já esta sendo encaminhado para a observação e logo estará no quarto. -Mas e o veneno? -Ele já foi medicado e recebeu o antidoto, agradeça ao médico Harper se não fosse ele e seu estudo. Cassian não sobreviveria! Foi Harper quem descobriu o antidoto. -Obrigada pela notícia. –a agradeci já mais calma por ter recebido esta boa notícia. -Então me deixe agora limpá-la menina.
Estendi minhas mãos para que a enfermeira pudesse limpar meu ferimento e colocar um curativo novo. Assim que terminou com o procedimento de limpeza e já com um curativo novo, a mulher loira que aparentava ter quarenta anos me deixou sozinha no quarto. Tentei esperar Cassian acordada, mas a exaustão daquele dia turbulento me devastou, sem mais forças para aguentar acordada, meus olhos se fecharam me fazendo cair em um sono profundo naquele sofá. . . . . Um raio de sol refletia diretamente em meus olhos enquanto eu os abria faseadamente. Ao desviar do raio que me cegava vi Cassian deitado dormindo sem blusa com seu braço enfaixado na cama ao lado de meu sofá. Levantei-me imediatamente e corri para abraça-lo com cuidado. Cassian nem mesmo se mexeu me deixando muito preocupada. -Cassian fique bom, por favor! Fique bom! –supliquei enquanto ainda o abraçava. –Eu prometo! Prometo que se você ficar bom eu lhe concedo um beijo. Mas por favor, fique bom! -É mesmo. –disse ele de olhos abertos e com um sorriso malicioso me fazendo-me ficar irritada com sua brincadeira de mal gosto. -Ah! V ocê já estava acordado. –falei batendo fraco em seu braço. –V ocê não sabe como eu estava preocupada com você! E você ainda fica brincando comigo! –reclamei secando uma lágrima. -Não era minha intenção brincar com você Aurora! -A é? Então qual era sua intenção? –perguntei revirando os olhos. -Era de sentir seu abraço o maior tempo possível. –disse ele maliciosamente enquanto se levantava para sentar-se a cama. -Então espero que você saiba que não irei mais abraça-lo quando estiver inconsciente. –levantei meu queixo e me virei de lado teimosa para não reparar em seus músculos que estavam rígidos e perfeitos. E também para não reparar em sua pele que estava pouco bronzeada e seus cabelos desarrumados. -Pare Aurora, você não deve olha-lo deste jeito! –mas minha nossa Cassian era lindo sem camisa. -Com licença. –falou um dos guardas do palácio que para minha sorte entrou no quarto interrompendo meus pensamentos. –Senhorita Aurora! Poderia me acompanhar. O chefe de segurança do palácio gostaria de falar com a Senhorita. –então o guarda olhou para Cassian. –E Chefe Collin seu depoimento já foi lido pelo rei. -Chefe Collin? Agora você é chefe? –perguntei a Cassian. -Guarda Ernest, poderia me dar uns minutos com a senhorita? – ordenou Cassian dirigindo-se ao guarda que estava a minha espera. -É claro Senhor. Então o guarda saiu de perto da porta, dando um tempo para nós. -E então como assim Chefe Collin? -Bem eu não tive tempo de dizer ontem por causa de um pequeno imprevisto. Mas não foi nada eu só fui baleado com uma bala envenenada. Mas já que hoje estou de férias talvez possa te contar. -Pare de brincadeira, eu já sei que você foi baleado. -Bem. Ontem eu fui chamado diante do rei e fui nomeado a Capitão da guarda do palácio. Seu sorriso estava radiante. -Ó Cassian seus pais devem estar tão orgulhosos, assim como eu. – abracei-o novamente, mas dessa vez com um pouco menos de cuidado. Assim que o soltei bati em seu braço machucado. -Aiii. –exclamou Cassian. -Me desculpe, não fiz por querer. -Não foi nada já estou melhor, mas agora vá, eles devem estar lhe esperando. Assim que sai do quarto do hospital encontrei dois guardas em pé no corredor segurando suas armas. Ernest logo que me avistou despediu-se do outro guarda com um aceno e saiu do corredor para uma porta que dava a uma escadaria pequena e escura. -Para onde vamos? –perguntei enquanto subíamos a escadaria que estava cheia de portas e que era somente iluminada por uma faixa de luz que vinha de uma fresta da porta que se encontrava sob o ultimo degrau. -O rei está na sala de estratégia de segurança do palácio. E é para lá que nos iremos. –respondeu o guarda. Subimos vários degraus até chegar ao topo da escadaria onde o guarda apertou em um tijolo que logo se afastou, dando espaço para que uma tela surgir-se. Logo que a tela parou de se movimentar seu visor foi ligado. O guarda colocou seu polegar na tela que fez a leitura de sua digital dando acesso para a sala que estava atrás da porta. Ao entrarmos na sala várias olhares caíram sob nós. O rei que estava no centro com rosto de preocupação virou-se para o guarda que estava ao seu lado e cochichou algo em seu ouvido. Logo o guarda assentiu com sua cabeça e saiu da saleta minúscula que estava lotada de guardas. -Novamente estamos juntos Senhorita Avin. –disse o rei fazendo sinal com sua mão para que eu me aproximasse. -Bem fazer o que! Se estou me tornando uma donzela em perigo nesse palácio. –falei brincalhona. O rei que estava um pouco sério deu um leve sorriso para mim, mas logo deu a permissão para que outro homem com o rosto severo falasse. -Senhorita Avin. Gostaríamos de escutar sua versão do ataque de ontem, ficaremos gratos com todos os detalhes possíveis dos quais a senhorita puder se lembrar. Assim que o homem que eu não conhecia terminou de falar, meus pensamentos voaram para acontecido da noite anterior. A biblioteca escura, os gritos das pessoas, o som do tiro e a tatuagem. -A tatuagem! –falei eufórica sem perder tempo. –Quando Cassian e eu saímos da biblioteca uma faixa de luz do corredor entrou e iluminou o pulso da pessoa que nos atacou. -Como era sua tatuagem? –perguntou o rei tenso. A visão da mão de um homem segurando a arma surgiu em minha mente, logo sua outra mão veio e levantou a borda de seu casaco preto mostrando seu pulso com uma tatuagem de uma espada negra. Após a lembrança invadir meu pensamento contei a eles sobre o que havia me lembrado. O rei ao escutar que a tatuagem era de uma espada preta, bateu na mesa que estava em sua frente com um soco forte. –Os Swords! Aqueles desgraçados! –praguejou o rei com repugnância. Assim que meu depoimento foi dado todos começaram a se dispersar. O guarda que estava ao lado do rei logo pegou seu celular e se afastou para fazer uma ligação e o guarda que estava ao meu lado pegou em meu braço. -Creio que seu depoimento já seja o suficiente. Assenti com a cabeça e virei-me para saída da sala que estava com o ar tenso. O guarda que me acompanhara o tempo todo me seguiu até a saída me dando as seguintes ordens: Agora a senhorita deverá ir para seu dormitório e usar seu uniforme para voltar ao seu serviço após o horário de almoço. E mais uma coisa, peço que o acontecido continue em segredo, ninguém além dos que estavam na biblioteca sabem o certo o que ocorreu, então peço a sua descrição. -Ok. –respondi assentindo. Assim que estávamos na metade da escadaria em frente a uma porta Ernest repetiu o procedimento: apertou um tijolo que logo se afastou dando espaço para uma tela surgir. Logo que a tela parou de se movimentar seu visor foi ligado. O guarda colocou seu polegar na tela que fez novamente a leitura de sua digital dando acesso a um corredor do castelo. -Deixo-lhe aqui senhorita. –informou ele ao abrir mais uma porta que se destrancára. -Mas Cassian eu posso ir vê-lo? Impaciente ele me respondeu. –Ele será liberado hoje pela tarde. E por favor, volte logo para seu posto, pois assim como eu você é uma criada.

Sangue de PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora