Capítulo 3

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AURORA -V amos acordar! Está na hora de trabalhar! –gritou alguém em meu quarto. Abri meus olhos com muito esforço, pois ainda estava muito sonolenta, olhei para o relógio que pairava sob minha penteadeira, e vi que havia dormido apenas 3 horas. -Ah. não! Ninguém merece isso! –resmunguei. -Ninguém merece o que? Perguntou Roza que me assustou ao invadir meu quarto enquanto eu resmungava. Fiquei feliz à vela, ela era minha melhor amiga. -Feliz Aniversário atrasado! – gritou ela ao pular em minha cama. -Obrigada. –agradeci rindo. Roza saiu de cima de mim e se sentou na beirada da cama. E eu estava ainda deitada exausta e com os olhos inchados pelo pouco tempo dormido, mas mesmo estando cansada eu sabia que deveria me levantar tomar um banho e ir trabalhar. Quando estava prestes a me levantar Roza segurou-me pelos ombros e me colocou de volta pra cama. -Nada disso Senhorita! Hoje você vai ficar de molho. -Mas eu nem estou doente. –gesticulei. -Claro que eu sei que você não está doente. Mas hoje é meu dia de folga e como não posso te dar um presente bom, vou trabalhar em seu lugar hoje. -Não precisa me dar um presente e você sabe disso Roza! -Não aceito não como resposta! –disse ela como um general, mas logo sorrio e eu também caí na risada. -Obrigada Roza, e eu já te disse que você é minha melhor amiga? -Claro que já. –respondeu-me feliz.
Levantei-me da cama e abracei-a, depois disso ficamos mais um tempo conversando até que fosse hora dela ir trabalhar, e é claro que enquanto conversávamos, ela não parava com seu interrogatório sobre tudo o que havia acontecido na noite anterior. Quando eram 7h00min da manhã Roza saiu de meu quarto. Roza era um ano mais velha do que eu. Ela era uma das garotas mais legais que eu conhecia, sempre esteve ao meu lado nas horas difíceis e nas horas mais divertidas da minha vida. Ela era como uma irmã para mim. E assim que ela saiu de meu quarto, fechei a porta e corri para cama, mas ao passar na frente do espelho, parei. Em meu reflexo ainda me via com o vestido da noite anterior. Noite passada eu estava tão cansada, que nem havia me dado o trabalho de me trocar para dormir. Passei as mãos pelos meus cabelos que já estavam desarrumados. V endo-me assim conclui que eu realmente precisava tomar um banho e usar uma roupa decente para voltar a dormir. Tirei meu maravilhoso vestido dobrei-o com muito cuidado e guardei-o em uma caixa vermelha. Carreguei a caixa vermelha e coloquei-a em cima de meu armário. Olhei para meus pés descalços. -Meus sapatos! Esqueci-os. –lembrei-me. Fiquei desanimada por ter deixado meus sapatos tão belos para traz, mas com um pouco de esperança pensei que talvez com muita sorte eles pudessem ainda estar no lugar onde havia os deixado. V oltaria lá mais tarde para busca-los. Tirei alguns grampos de meus cabelos e minhas joias, separei as joias e coloquei todas dentro de um par de meias e escondi-as atrás de varias peças de roupas dentro de meu armário. Abri a porta que dava para o meu pequeno banheiro, liguei o chuveiro e deixei cada gota de água escorrer pelo meu corpo, levando qualquer vestígio de que a noite anterior tivesse ocorrido. Desliguei o chuveiro, sequei-me, e voltei para meu verdadeiro quarto, o quarto onde não havia ouro, onde não havia maquiagens e nem perfumes ou armários cheios de vestidos maravilhosos, voltei para minha realidade, à realidade onde sou apenas uma criada sortuda que teve seu dia de princesa. V oltei a olhar ao espelho. Meu reflexo estava diferente agora, eu estava como uma garota simples e magrela, com pele pálida, olhos verdes, cabelos castanhos lisos e encharcados. Agora eu não era uma Senhorita com suas criadas, eu era Aurora, a criada. Fiquei triste por ter de voltar a minha realidade. Segurei para que as lágrimas não saíssem. Usei minha camisola que já estava muito gasta, mas que era a única que eu tinha. Deitei-me na cama novamente e fiquei olhando para caixa vermelha que estava sobre meu armário. Neste instante minha tristeza se transformou em irritação, lembrei-me do que havia acontecido na noite anterior, dei um leve soco na parede, mas não era a parede em quem eu realmente queria bater, era em Cassian.
Cassian na noite anterior havia interrompido o meu primeiro beijo. Eu até que não acharia tão ruim se ele atrapalha-se meu primeiro beijo com qualquer outro garoto, mas o garoto com quem eu iria me beijar pela primeira vez não era qualquer um, era o Príncipe Matthew. Depois de ele ter nos interrompido, fiquei tão irritada com ele que sai da sacada secreta sem mesmo ter me despedido do príncipe, pois sabia que Cassian havia feito isso de propósito. Cassian gostava de mim, eu sabia disso, ele vinha dando sinais disso já há alguns dias. Mas mesmo sabendo disso fiquei irritada. E o pior foi que no caminho de volta Cassian me seguiu o tempo todo até meu quarto. Mas é claro, o evitei até chegar à frente de minha porta, onde ele me puxou pelo braço e me prendeu contra a parede do corredor, com seu corpo. Fiquei tão brava que comecei a reclamar. NOITE ANTERIOR 2:45 AM -Me solta. –gritei irritada. -Para o príncipe você da oportunidade fácil de ele te beijar né. – Cassian retrucou com um tom furioso. Respondi com uma careta. –E isso te interessa? -Claro que sim. –Cassian retrucou me deixando mais irritada a ponto de explodir. -Pelo menos não foi ele quem me deixou esperando plantada mais de meia hora em um sofá. -Eu tinha um serviço a fazer. –respondeu irritado. -Então vá agora arranjar outro serviço e me solte! –retruquei novamente enquanto me debatia na tentativa de me soltar. Minhas tentativas foram frustradas eu era muito fraca perto de Cassian que era muito forte. Mas do mesmo modo tentava ainda me soltar me debatendo, até que Cassian perdeu sua paciência e segurou os meus pulsos com mais força contra a parede, prendendo-me ali com seu corpo e com seu olhar que queimada e ardia dentro de mim. -Não. Eu não vou Aurora. –Cassian se aproximou mais de mim e rouçou seus lábios em meu ouvido. –Me perdoe. Pressionada entre seu corpo moldado e a parede assenti fechando meus olhos involuntariamente. Não sabia se era o sono que me fazia agir assim, mas aquela sensação me parecia como a de um sonho. Sua respiração pesada em minha nuca, suas mãos pressionando meus pulsos contra a parede, seu corpo cheio de músculos se encostando ao meu e seu hálito fresco e gostoso agora cada vez mais perto de meus lábios. -Aurora? Cassian? –uma voz veio do corredor. Cassian instantaneamente me soltou deixando a vista Roza havia nos pego, dessa forma me salvado das mãos de Cassian estava envergonhado ao meu lado. Sorri para Roza em forma de agradecimento. Sei que Roza não sabia que eu estava agradecendo, mas sabia que teria de explicar na manha seguinte toda a situação a ela, mas àquela hora eu estava esgotada, então atravessei o corredor e abri minha porta e a fechei sem olhar para traz. Sem perder mais tempo joguei-me em minha cama, em menos de cinco minutos já estava no meu terceiro sono. . . . . Dia atual 07h20minhrs AM. Eu havia Sonhado com o dia que conheci Cassian. Cassian era meu melhor amigo desde os sete anos, nós nos conhecemos em um dos dias de folgas dos criados, onde eu e minha tia Sonya, estávamos no labirinto de ciprestes do jardim dos fundos do palácio, nós estávamos brincando de pega-pega, eu estava correndo rápido e em uma das curvas do labirinto esbarrei-me contra Cassian, ele havia caído e machucado a perna assim como eu. Imediatamente comecei a chorar enquanto Cassian com seus ferimentos mais feios do que os meus me olhava bravo. Quando vi que ele não estava chorando senti-me envergonhada e levantei-me e o cumprimentei, mas ele apenas começou a correr e eu a seguir ele. E enfim até hoje somos amigos. Toc Toc Toc. –levei um leve susto com as batidas na porta de meu quarto, levantei da cama apenas usando minha camisola, e não querendo que ninguém me visse assim enrolei-me em um cobertor e fui abrir a porta, quando estava prestes a pegar no trinco, um envelope passou por debaixo da porta, abaixeme e o peguei abrindo logo a porta para ver quem havia o deixado para mim, mas os corredores estavam vazios. Fechei a porta sentei em minha cama e abri o envelope que estava em minhas mãos. Peguei seu conteúdo, que era macio e delicado e o tirei de dentro do envelope. Uma pequena begônia vermelha e uma carta agora estavam em minhas mãos. Sem perder tempo li a carta.
Aurora...
Desculpe pela noite passada agi feito um idiota.
Cassian não precisava nem assinar sua carta, pois eu saberia que era ele, primeiro por que ele foi o único idiota da noite passada, e o segundo por que só ele sabia que minha flor predileta eram as begônias. As begônias florescem somente alguns dias durante o ano, e elas só nascem dentro da estufa do palácio, pois se fossem plantadas em nossos jardins elas morreriam logo de frio, gosto delas por causa disso, pois são raras, belas e muito cheirosas. Cassian teve sorte de encontra-las agora. Deitei-me novamente, e acabei adormecendo com a begônia em minhas mãos.
Toc, toc, toc. Toc, toc, toc. –Senhorita Avin. Está ai dentro? –alguém espancava minha porta. Acordada novamente com as batidas em minha porta levantei mal humorada de minha cama. – Quem será que esta batendo agora! –abri uma fresta da porta e somente coloquei minha cabeça para fora, e no corredor estava um mensageiro real. -Senhorita Aurora Avin? –o mensageiro me perguntou. -Sim sou eu. –respondi-o com um bocejo. -Senhorita o rei lhe espera no saguão de interrogatório, para conversar com vossa senhoria. No mesmo momento um frio passou pela minha espinha, fiquei preocupada e com medo, pois o saguão de interrogatório era somente para que julgassem ou interrogassem as pessoas, e eu não sabia o que havia feito de errado para ser chamada até lá, eu não havia matado e nem roubado. Será que o rei pensava que eu havia roubado algo no baile ontem. Sem saber mais o que dizer ao guarda agradeci a ele por ter me avisado. E o avisei que estaria pronta em 20 minutos. Fechei a porta, olhei para o relógio, vi que havia dormido até às quatro horas da tarde, meu estomago estava roncando, mas sabia que não iria conseguir engolir nada antes de saber por que queriam me interrogar. Escovei meus dentes e troquei-me rapidamente. V esti meu vestido curto preto com mangas três quartos e coloquei meu avental branco por cima, prendi meu cabelo no alto com um coque e usei minhas sapatilhas pretas como de costume. Sai de meu quarto e segui pelos corredores e escadarias até chegar à entrada do saguão de interrogação. Ao chegar à frente da entrada dois guardas me barraram. -Desculpe senhorita! Somente poderá entrar no saguão com autorização direta do rei. –falou o guarda mais alto. -Então, por favor, avisem ao rei que Aurora Avin está a sua espera na entrada do saguão. – retruquei de forma desafiadora. -Guarda Fills e Chad. A senhorita Aurora Avin tem minha permissão para entrar no saguão. – ordenou uma voz que vinha atrás de mim. Os guardas fizeram sinal de sentido e logo abriram caminho para que eu pudesse passar. Senti-me orgulhosa, pois eu sabia que quem havia liberado a minha entrada havia sido Cassian. E Cassian só pode liberarme, pois os outros o respeitavam e isso me deixava feliz, Cassian havia evoluído bastante em seu emprego. Passei pelos guardas com a cabeça erguida e sorrindo, Cassian veio logo atrás de mim enquanto adentrávamos dentro de um longo corredor cheio de colunas do saguão de interrogatório. –Aurora Pare! O que você está fazendo aqui? –chamou Cassiancom a voz baixa fazendo-me parar atrás de umas das colunas do corredor extenso. -E você o que está fazendo aqui! Está me seguindo? –respondi-o com a voz um pouco mais exaltada do que a sua. -Não! Claro que não! Eu fui chamado para buscar o prisioneiro que está em julgamento no saguão. -Eu também fui chamada para vir ao saguão. Cassian olhou-me parecendo preocupado. Pegou em minha mão. E me perguntou. -Em qual encrenca você se meteu Aurora? -Eu não sei. –respondi com um tom de insegurança. – Há meia hora um mensageiro real veio até meu quarto e me informou que o rei estaria me esperando no saguão de interrogatórios. Cassian soltou minha mão e saiu de perto de mim, pois alguns guardas estavam entrando no saguão e sua conduta não permitia ficar de papo com outras criadas durante o horário de serviço. Os guardas ao passarem por mim cumprimentaram-me e seguiram em frente, assim que estavam a uma boa distancia tentei achar Cassian novamente, mas ele já havia seguido até seu posto ao lado do prisioneiro que estava em julgamento. Ainda confusa e sem saber o que fazer caminhei até um assento de umas das fileiras de assento do saguão de interrogatórios e ali sentei para não chamar muita atenção. O saguão de julgamento estava superlotado de pessoas estranhas das quais nunca havia visto antes no palácio. E eu mesmo me sentindo desconfortável sentada em meio do saguão, permiti me distrair observando as estatuas de ouro que se encontravam no altar onde também se encontrava o trono. Trono onde o rei com expressão muito séria estava sentado escutando as palavras do prisioneiro que estava ali sendo julgado. O prisioneiro vestia roupas desbotadas e rasgadas e estava de joelhos em frente do altar parecendo chorar. Sem querer escutar o que era dito no julgamento comecei a observar o restante do saguão. O saguão era lindo repleto de pinturas de anjos com os dez mandamentos bíblicos, e estatuetas de ouro. Cada detalhe do saguão era incrivelmente planejado para se tornar uma imensa obra de arte em sua arquitetura que se provia da arte antiga como da arte moderna. Distraída não percebi o tempo passar até o rei vossa majestade se levantou. -O julgamento está encerrado. –disse ele. Logo em seguida o guarda armado que estava ao lado do prisioneiro cutucou suas costas. O prisioneiro virou-se para o guarda com um olhar triste parecendo suplicar por perdão. O guarda sem expressão fez sinal para que o prisioneiro o acompanha-se. Cassian que estava ao lado do prisioneiro também se moveu para auxiliar seu companheiro. Assim que estava com as mãos nos braços do pobre homem que vestia roupas imundas, Cassian o impulsionou para que ele começa-se a andar. Os três começaram a seguir caminhando até a saída que ficava atrás de mim. Pouco antes de saírem da parte baixa do saguão os olhos do prisioneiro caíram sobre mim. Sua expressão de tristeza transformou-se de espanto, lágrimas começaram de sair de seus olhos. E sem entender nada do que acontecia, escutei o prisioneiro começar a gritar e lamentar. -Me perdoe, eu não queria ter feito isso! Perdoe-me! Perdoe-me! Perdoe-me! –ele pedia perdão a mim com imensa tristeza estampada em seus olhos. Os guardas que o acompanhavam apressaram o paço e empurraram-no para longe de mim, mas mesmo estando longe ainda podia escutar o prisioneiro gritar por perdão. Levantei a mão até minha boca, estava chocada com os gritos e lamentações do prisioneiro, que estava tão desesperado por perdão. Olhei a direção do prisioneiro e o observei até que ele e os outros guardas desaparecerem de minha visão pela porta do saguão. O olhar triste do prisioneiro havia me afetado tanto ao ponto de sentir pena dele. Gostaria de poder ter lhe perdoado, mas primeiro precisaria saber pelo que ele estava preso. Decidindo isso me comprometi a pesquisar sobre seu ato de infração pelo qual foi feito prisioneiro. Ainda estando em estado de choque um guarda se aproximou de mim. –Senhorita Aurora. O rei lhe espera. Assenti e o acompanhei até a parte baixa do saguão. Cada passo que eu dava me sentia mais ansiosa. Minhas mãos tremiam sem parar, minhas terminações nervosas pareciam derreter sob pressão, meus pensamentos me atormentavam, sabia que somente iria me acalmar após saber o real motivo de eu estar indo até a presença do rei. Ao chegarmos diante do trono me curvei a sua presença. -Olá cara Srtª Avin. –cumprimentou-me o rei com um sorriso. -Olá vossa Majestade. –respondi seu cumprimento. -Bem agora que esta aqui devo pedir-lhe desculpas pelo espanto que o prisioneiro lhe causou. –o rei se levantou do trono e fez sinal para que o seguisse. –V enha vamos até meu escritório. O rei se virou para uma porta atrás do altar e a abriu, tranquilizandome um pouco ao saber que sairia do saguão de interrogatório. O saguão que de agora em diante deixar-me-ia com péssimas lembranças. Passei pela porta que ficava ao lado do altar, e entrei diretamente ao escritório do rei que era cheio de tecnologia, diferente do restante do palácio. Suas paredes estavam cheias de projeções, com varias informações que foram desligadas apenas com um comando de voz do rei que havia se sentando em sua mesa que ficava ao centro do escritório, onde três cadeiras de couro giratórias também se encontravam. O rei fez sinal para que me sentasse em uma delas e sem perder tempo mandou também que os guardas presentes no escritório se retirassem. Assim que eu estava acomodada um senhor bem refinado com um terno preto entrou no escritório fazendo reverencia ao rei. -Boa tarde V ossa Majestade. –falou o homem. -Boa tarde, Senhor Gregory. –respondeu o rei ao homem refinado que tirou do bolso uma caixinha de couro e a colocou sobre a mesa. -Já que estamos todos aqui, poderemos começar. Senhorita Avin! Este é o advogado particular de meu finado primo Lorde Zaque. –disse o rei com a fisionomia séria. –E esta é uma caixinha que foi deixada para você por ele em seu testamento. Porem de acordo também ao seu testamento, nós somente poderíamos entregar-lhe esta caixinha quando a senhorita completasse 17 anos de vida. O rei pegando a caixinha em suas mãos levantou-se e veio até mim entregando-a formalmente. – Aceite ela é sua.
Tendo a caixinha em minhas mãos, a apertei forte na tentativa de abrila, mas antes que estivesse aberta, o refinado homem me interrompeu. -Não abra agora Senhorita! Está escrito no testamento que a senhorita deve abri-la somente quando estiver sozinha. –Falou o advogado Gregory. -Está bem. –respondi, mas logo perguntas que se formavam por causa de minha confusa situação saíram de minha boca. –Mas por quê? Por que Lorde Zaque deixou isto para mim? O homem refinado aproximou-se mais de mim e olhou diretamente em meus olhos. –Nós ainda não sabemos por que ele deixou isso a você, mas posso com toda a certeza do mundo lhe confirmar que se ele fez isso ele havia um propósito muito importante para você. Então senhorita por enquanto fique tranquila o Senhor Lorde Zaque era um homem muito sábio, e gostava de enigmas, e com toda a certeza ele sabia o que estava fazendo. Assim que parou de falar o homem refinado usou seus óculos de leitura e tirou papéis de uma pasta preta que trazia junto a si e começou a ler.

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