Chapter 19

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Na tarde seguinte, depois da aula, nós três fomos para o prédio onde o Peter morava, mais especificamente, o telhado. Por mais estranho que aquilo fosse, eu não pude deixar de notar na vista, era tudo tão lindo.

Eu sempre gostei de ficar em lugares altos, eles sempre me trazem uma sensação de paz. É uma das coisas que eu mais faço durante as patrulhas, me sentar na beira de prédios altos e ficar apenas observando tudo. Sorte a minha que eu tenho poderes, do contrário eu já teria caído de algum edifício.

Chegando lá, eu peguei o computador do Peter e liguei para a Mia, por Skype, e ela logo atendeu. Nós começamos a explicar para eles tudo o que tinha acontecido ontem. No final, ambos estavam muito surpresos para falarem alguma coisa.

Como eles não falaram nada, nós contamos que iriamos atrás do cara de terno por conta própria, já que as chances de alguém acreditar em dois adolescentes eram baixas.

— Então, vocês estão me dizendo que pretendem ir atrás de um cara perigoso, que já matou mais pessoas do que eu e a Emily pegamos juntas, sem avisar para alguém que possa ajuda-los? — a Mia perguntou.

— Claro que não. — o Peter respondeu. — Nós avisamos para vocês. — ele completou e eu concordei.

— Mas como é que a gente poderia ajudar vocês a ir atrás de um cara que enganou a CIA? — foi a vez do Ned perguntar.

— Bem, eu me lembro de ter ouvido você falar que já hackeou o sistema dos vingadores. — eu disse. — E você Mia, é uma das pessoas com a melhor linha de raciocínio que eu já conheci.

— Emily, você não pode me chantagear com elogios. Eu não vou ajudar vocês dois a cavarem as próprias covas. Isso é muito perigoso. Não seria melhor contar para alguém? O Peter é um vingador, poderia avisar aos outros.

— Eu até posso falar, mas as chances deles acreditarem em mim são muito baixas. Eu falo por experiência própria. — ele disse. — Por favor, gente.

— Não sei, Peter. — disse o Ned. — A Mia tá certa, isso é perigoso. E se eles descobrem?

— Eles não vão descobrir. — o Peter respondeu. — E, mesmo que descubram, quem vai se ferrar sou eu e a Emily, e nós já aceitamos isso. — eu apenas concordei.

Eles ainda pareciam hesitar em nos ajudar, eu entendo o lado deles. Eu sei que isso é arriscado, mas nós temos alguma outra opção? A minha primeira ideia foi avisar aos vingadores, mas não vai adiantar nada se eles não acreditarem.

— Nós faremos isso com ou sem vocês. A diferença é que, sem vocês, talvez não consigamos descobrir esse cara a tempo. — falei séria. — E então? O que nos dizem?

— Okay, eu ajudo. Mas é bom que vocês não se metam em confusão. — o Ned disse. Eu sorri e olhei para a Mia em busca de alguma resposta.

— Certo, mas que fique bem claro que eu só estou fazendo isso porque assim eu posso ficar de olho em vocês e, talvez, impedir que se machuquem.

— Ótimo. — o Peter disse.

— E então? Por onde começamos. — o Ned perguntou.

— Bem, eu quero ir no endereço daquele galpão que foi mencionado na pasta. — eu disse.

— O que? Por que? — a Mia perguntou.

— Eu tenho quase certeza de que ele não existe. — eles me olharam confusos. — Eu sei que é estranho, mas eu já passei muito naquela estrada e nunca vi nenhum galpão.

— Bem, isso eu posso descobrir. — o Ned disse e tirou o seu notbook da mochila.

— O que vai fazer? — a Mia perguntou.

Two Worlds ••• SPIDERMANOnde histórias criam vida. Descubra agora