14.O

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-Harry, posso te fazer uma pergunta?

-Claro. -Harry disse, parando de andar e olhando para a decoração de Natal ao nosso redor.

Niall não havia vindo com a gente, disse que tinha coisas pra fazer. Duvido muito.

-Por que fica nervoso quando alguma coisa entre nós acontece? -Perguntei meio sem graça, esperando que ele entendesse. Passei a mão no cabelo, procurando palavras para que ele compreendesse melhor. -Bem... Tipo quando fomos pegar o saleiro... Você pareceu meio desconfortável... Uh. Você não vai entender. -Desisti. -Esquece.

Harry pareceu hesitar para falar.

-Eu entendo... Eu...-Ele fechou os olhos. -Eu realmente gosto de você Louis. Mas eu não quero me aproximar agora. Se eu passar nos testes daqui uma semana, provavelmente não te verei mais. E eu não quero isso. -Ele abaixou a cabeça, sem olhar para mim. -Se nos aproximarmos, podemos nos machucar. E eu quero que você fique bem.

Olhei para o chão. Ele gosta de mim. Eu poderia sair dali correndo agora mesmo soltando purpurina pela bunda e dizendo o quanto estava feliz. Mas a sensação de felicidade foi destruída rapidamente por conta da tristeza que me inundava junto com o desespero. Ele não podia se afastar de mim. Já havia dito à Harry que gostava dele, não sei se ele ignorava porque nas poucas vezes que eu falava estávamos rindo de alguma coisa ou fazendo graça, mas parecia um bom momento para eu me confessar. Em todas as vezes ele agia estranho e mudava de assunto.

Agora fazia sentido.

Ele queria que eu não me magoasse.

Me senti envolvido por Harry. Ele me abraçava. Abracei-o com força, passando a mão por seus cachos. Sorri fraco. Eu era tomado por vários sentimentos ao mesmo tempo. O apertei mais, como se aquilo fosse fazer com que ele nunca se distanciasse de mim.

Nos afastamos e sentamos em um banco. Havia um papel de propaganda ao lado de Harry. Ele o pegou e começou a fazer alguma coisa com ele. Terminou e me entregou. Um avião. Um avião de papel.

-Vou estar nesse avião dentro de alguns dias. -Ele apontou para o papel. -Mas você estará sempre aqui. -Ele colocou a mão no peito. -No meu coração. -Ele sorriu.

Sorri também, o abraçando novamente.

Harry me fazia bem.

Don't Let Me GoOnde histórias criam vida. Descubra agora