4- betrayal and fear

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Harry

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Harry....

Passamos a noite toda correndo atrás da anciã Marie. Para uma mulher de sua idade, ela era surpreendentemente ágil. Quando finalmente a alcançamos, o sol surgia no horizonte e a cabana estava limpa e sem qualquer resquício de sangue.

Mas naquela noite seria o início da lua cheia, então era mais seguro manter a anciã comigo. Durante o ciclo da lua cheia, ficávamos presos as nossas casas. Mais especificamente em nossos abrigos subterrâneos.

Mal sabia o forasteiro o que veria se continuasse mais um dia na cela em que Liam o havia deixado...

O forasteiro...

Me recuso a pensar em seu nome. Já é ruim o bastante sentir meu sangue pulsando mais forte e ter uma ereção toda vez que a criatura chega perto de mim. É apenas uma novidade, apenas isso. Em pouco tempo, eu me acostumaria com sua beleza e ele passaria a ser apenas um insolente mimado para mim.

Mas tinha que admitir que sua boca atrevida também me atrai. Tenho que me curar dessa loucura antes que eu faça algo realmente estúpido.

Será que o forasteiro faz alguma ideia do quão perto cheguei de lhe arrancar as roupas e tirar sua virtude?

 Porque sim, tenho certeza de que ele é virgem. Não estava acostumado ao toque masculino. E saber de sua pureza apenas me deixa mais faminto quando está por perto.

Agora que sua avó estava a salvo e eu poderia garantir que não havia outros "lobos" por perto, precisava me livrar dele o quanto antes. Ele vai reclamar, como sempre faz, mas preciso ser irredutível.

Os aldeões em Braveheart não gostariam de ter um forasteiro dentro do vilarejo. Na fortaleza do chefe do clã. E não tenho como prometer que conseguiria me manter longe dele, sabendo que estaria a apenas alguns cômodos de distância de mim.

Comecei a sentir o incômodo entre as pernas quando cheguei em minha propriedade. Subi pelos degraus afoito, querendo logo me livrar daquele problema.

Só de pensar em como ele fica irritado, com as bochechas rosadas e os olhos brilhando de raiva, uma ereção dolorida surgiu.

Entrei em seu quarto sem bater. Ele virou-se para mim com fogo nos olhos, os lábios se franzindo de irritação pela minha falta de modos, como está sempre repetindo. Esforcei-me para manter a expressão séria no rosto e antes que dissesse alguma coisa que me obrigasse a beijá-lo, anunciei.

__ Já demos um jeito na loba que estava na cabana. Sua avó está aqui, sob os cuidados das minhas curandeiras.

__ Quero vê-la.

__ Vai continuar querendo. - neguei rápido e ele me olhou atravessado - ela não receberá ninguém por enquanto e vou levar você de volta para a cabana.

__ Não vou embora até vê-la! - disse teimoso.

O forasteiro podia ser pequeno e frágil, mas era arisco como um gato e rápido como a avó. Começou a jogar objetos aleatórios contra mim. O vaso de água. Dois livros. E até um pente. Fui repelindo cada coisa jogada sem dificuldade.

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