Capítulo 4 - O que está acontecendo?

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          Esta sexta-feira começou conturbada

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          Esta sexta-feira começou conturbada. O capitão de um de meus catamarãs me ligou logo cedo, dizendo que estava doente, com febre, e que não tinha condições de ir trabalhar, ia ao hospital. Era justamente o dia de um passeio que levaria um grupo escolar do Recife para os parrachos. Liguei para vários conhecidos tentando encontrar alguém para substituí-lo, mas todos estavam ocupados. Não tinha como escapar, teria que assumir o lugar dele. Suspirei desanimado, esta era a hora que eu aproveitava para dormir mais um pouco, minhas noites e fins de semana eram atribulados demais. E tinha que correr, sabia que eles sairiam do hotel às 7 horas. Mas o ônibus deles jamais iria mais rápido que minha moto, então... Vambora!

          Peguei a estrada e cheguei quinze minutos antes deles. Como meus capitães mantinham o barco limpo e organizado, foi o tempo perfeito para deixar tudo pronto. A expectativa não era nada promissora para mim, com sono e com um grupo de adolescentes fazendo barulho. Como não estava lá muito animado, deixei a função de recepcionar o pessoal a bordo para o Josué, o guia, e fiquei ao leme, só observando quem chegava.

          Dentre as pessoas, chamou minha atenção uma linda jovem, que não aparentava ser aluna. As adolescentes que entraram antes dela ficaram de cochichos e risadinhas quando me viram. Eu já estava acostumado a este tipo de reação, mas vinda de garotas tão jovens me surpreendeu e divertiu. Ri e pensei na hora: "Cada dia mais precoces... Vão crescer, bando de pirralhas". Deus me livre de mexer com menor de idade...

          Os professores as alocaram bem longe de mim. Deixaram os assentos ao redor para os mais velhos e adivinha só... A linda sentou justo ao meu lado, nem queria... - Pensei e ri sozinho.  Dei saída no barco e a olhava de vez em quando. Mais de uma vez percebi que ela me observava, sorri e esperei que ela puxasse assunto, o que não aconteceu. Então fiquei na minha, afinal ali eu era um prestador de serviço. Entramos cada vez mais no mar, a praia ficando cada vez mais afastada. Quando chegamos aos parrachos fiquei observando a expressão de admiração de todos. Isso me enchia de orgulho. Meu Estado tem mesmo lindos locais, a natureza foi generosa aqui e poder mostrar isto às pessoas me fazia feliz. Tirando a preguiça, foi bom ter vindo.

         A correria foi grande, todos queriam descer o quanto antes. O Josué mergulhou primeiro para ver a profundidade e autorizou a descida, prestando sempre informações sobre o local e recomendações sobre as proibições. Todos saíram, fiquei eu e a moça bonita no barco. Todos estavam com roupas de banho colocadas desde a chegada, menos ela. Nesta hora perguntei se ela não ia mergulhar. Ela respondeu que sim, foi ao banheiro, trocou de roupa e me solicitou equipamentos para mergulhar. Fui buscar e resolvi pegar um para mim também, quem sabe ela não me permitia acompanhá-la?

          Quando me virei dei de cara com ela só de biquíni. Meu Deus, que linda! Ela era exatamente do jeito que eu gostava, se tivessem me pedido para desenhar uma mulher, sairia um retrato dela. Seios pequenos, cinturinha fina e um traseiro perfeito que o biquíni não cobria. Covinha no queixo e um sorriso lindo, cabelo curto e ondulado que deixava o pescoço à mostra. Aquele biquíni mais mostrava que cobria. Quase babo.

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