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Fiquei trancada no meu quarto o dia todo, sem vontade de conversar com o Arthur ou até mesmo com a minha mãe

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Fiquei trancada no meu quarto o dia todo, sem vontade de conversar com o Arthur ou até mesmo com a minha mãe. Brigar com meu irmão sempre me deixa triste e eu sei que dessa vez eu passei dos limites, não deveria ter falado com ele da maneira que falei, mas ver ele sempre defendendo o idiota me irrita.

Respirei fundo e coloquei o orgulho de lado, sai do quarto em direção a caverna do meu irmão. Bati na porta e esperei ele me deixar entrar.

— Arth, me desculpa? – fiz uma carinha fofa pra ver se ajudava.

— Vem aqui – ele abriu os braços para me abraçar — eu não gosto de brigar com você e nem de ter que ficar escolhendo um lado nessas discussões de vocês.

— Eu sei, me desculpa por isso? É que toda vez que entra nesse assunto eu me irrito e acabo descontando justamente em você.

— Desculpo, mas promete que não vai mais brigar comigo?

— Claro que não prometo, você é meu irmão e se eu não brigar com você estarei sendo uma irmã de forma errada, chato – dei risada da cara que ele fez.

— Então tá bom, se é guerra que você quer, então é guerra que você vai ter – me encarou de um jeito meio suspeito — me aguarde Luz. Agora levanta essa bunda daí que nós vamos jantar com a mamãe, ela pediu sua pizza favorita.

— Claro que pediu, eu sou a filha favorita – falei jogando os cabelos para trás.

[...]

— Mãe, to pensando em chamar as meninas para dormirem aqui em casa nesse fim de semana, você se importa? – perguntei enquanto comia aquela pizza gordurosa

— Claro que não , só cuida da casa pois eu irei viajar com umas amigas. Filhos cansam muito a minha beleza.

— Qual é dona Gisele, nem dou trabalho — falou meu irmão e eu ri debochando da sua cara

— Arth, você não da trabalho, você é o próprio trabalho em pessoa – falei séria olhando para ele

— Ridícula – respondeu enquanto pegava outra fatia de pizza — ahh, eu esqueci de te falar que ligaram atrás de você hoje

Por uns segundos parei de respirar. Ele não me encontrou, não pode ter me achado.

— Quem era? – perguntei tentando disfarçar meu nervosismo

— Nosso pai, você esqueceu da existência dele desde que voltou para cá e ele ficou preocupado. Disse também que você saiu tão do nada, esqueceu um monte de coisa lá e que ele até agora não entendeu o motivo.

— O que ele não entendeu? Tava muito ruim morar com ele e não aguentei

— Ele também pediu para avisar que vai casar e quer nós dois no casamento – engasguei na hora. Não posso voltar, não agora pelo menos.
— Casar? Nem sabia que ele tava namorando. Viu só? Péssima convivência.

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