.6.

25 10 0
                                    

A campainha tocou mais uma vez e eu caminhei até a porta tomando coragem para abrir

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A campainha tocou mais uma vez e eu caminhei até a porta tomando coragem para abrir.

Respirei aliviada assim que vi quem estava do outro lado. Nunca pensei que ver Daniel me deixaria feliz.

Olhei para baixo e um ser me encarava. O sorriso foi imediato.

— Oi meu amor – me abaixei para ficar na altura dele — você se lembra de mim?

Ele me olhou por um tempo com a bochecha corada e depois sorriu se jogando nos meus braços.

— LOLA – gritou – Eu senti saudade.

Quando ele era menorzinho não conseguia falar Aurora, acabei virando Lola. Pensei que não me reconheceria, ele só tinha três anos e eu mudei muito a aparência durante esse tempo.

— Eu também senti muita saudade você – apertei ele nos meus braços.

— Você tá me esmagando, Lola – disse rindo e eu o soltei.

Daniel entrou em silêncio e se sentou no sofá observando a alegria do irmão. Ele sempre cuidou muito bem de Bento, o pai deles quase nunca estava em casa e quando estava sempre brigavam. Já a mãe é um amor, mas não dá atenção que uma criança precisa, então Daniel acabou se responsabilizando pelo irmão.

— Eu tenho um montão de presente para você naquela caixa – disse apontando para uma caixa encostada na parede da sala e ele correu até lá animado.

— Dandan, olha o tantão de coisa que tem – falou boquiaberto.

— Que maneiro cara – bagunçou os cabelos do irmão — o que você tem que dizer para a Aurora?

— Obrigado Lola, eu amei – me deu mais um abraço — brinca comigo?

— Claro que sim – sorri para ele

— Você também Dandan – puxou a mão do irmão para se sentar no chão.

Brincamos por um tempo com ele, fingindo que estava tudo normal.

— Sabia que o Dandan sentiu sua falta? – Bento disse do nada e Daniel abaixou a cabeça envergonhado — você sentiu saudade dele também, né? – seu olhar era curioso, assim como de seu irmão que aguardava a resposta.

Abri a boca para responder mas nada saia.

— Olha só quem tá aqui – minha mãe disse quebrando o meu silêncio ao entrar em casa – o meu neném favorito.

Boreal Onde histórias criam vida. Descubra agora