꧁12 A Cidade da Lua꧂

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*vou soltar vários caps hj, pq já adiantei bastante coisa, se vocês estiverem gostando comentem plsss quero saber, to mt feliz com vocês lendo e favoritando 🥺 obrigada <3*

A caminho de volta para casa, Ravi simplesmente tocou na mala dela e sumiu. Tão conveniente, ela pensou.

Ayla o empurrou quando ele se ofereceu para irem voando, dizendo que "passar mal uma vez por dia já era o suficiente."

- Estou curioso – Ravi disse, observando Ayla com aqueles olhos coloridos.

Ela levantou as sobrancelhas.

-  Como conseguiu que Otto a tratasse bem? Eu ouvi quando sua amiga – ele colocou uma ironia demasiada na palavra – disse que ele provavelmente tinha gostado de você. E que tinha ganhado o melhor prato.

Ayla tentou não pensar na sensação estranha em sua pele, no sentimento em que parecia ser dela e ao mesmo tempo não. No fundo desfocado da pequena sala pútrida do velho e nas ordens que tinha dado a ele. Tentou disfarçar quando estremeceu e viu que Ravi ainda esperava por uma resposta.

-  Sou uma coisinha encantadora. Não posso evitar. – Deu de ombros. Não era mentira, mas não foi nem de longe o que tinha acontecido para que aquele velho a tratasse dignamente bem.

Ele a encarou. Apenas encarou.

-  Sabe há quanto tempo venho tentando comprar o velho para que ele saia de Selene? E ainda mais por ser o mais próximo vizinho... ele consegue ser abominável. E pessoas igualmente abomináveis frequentam aquele lugar.

-  Ele não aceita ser comprado? – Ayla quis saber.

-  De todas as vezes em que tentei, tive a sensação de que se ele pudesse, me expulsaria a socos. Ele não tem respeito nem por mim, que sou seu Grão-Senhor...

Ayla o interrompeu.

-  Sou uma princesa. Não deixe que seu lado másculo e frágil o ofenda com isso.

-  Poético – Ravi zombou, mas ainda parecia atordoado.

-  Por que simplesmente não o expulsa? Você poderia, não?

Ravi assentiu devagar.

- Poderia. Mas obrigar alguém a alguma coisa nunca é a melhor opção, e não gosto de usa-la mais que o necessário.

Ele tinha razão. E o necessário provavelmente era em relação àquelas pessoas que matam ou ferem ou brigam em sua Corte.

Estavam quase em frente à casa agora, e ela virou o seu olhar para baixo. Para Selene. E resolveu mudar de assunto.

-  Por que todos os telhados são brancos? – ela perguntou. 

-  Porque eu quis assim – ele deu de ombros, seguindo seu olhar. – Combinam perfeitamente com a luz da lua e com a luz do sol. Mas prefiro com a da lua. 

-  Eu prefiro com a do sol. 

Ravi deu uma bufada no que pareceu ser uma risada.

-  É claro que prefere.

Ela não queria que a conversa acabasse.

-  Sabe, meu nome significa luz da lua. – Ayla abriu um sorriso travesso para Ravi.

-  Provavelmente por isso apareceu aqui na Corte Lunar? – ele ergueu uma sobrancelha. Soou em um tom de pergunta, mas ela não tinha certeza.

-  Não tinha parado para pensar nisso – ela falou a verdade. Como não tinha notado a coincidência assim que Ravi tinha lhe dito o nome? Ou assim que viu a lua mais bonita de todas ali? – Provavelmente. Se o destino quis que eu caísse em Selene... – ela olhou para ele com certo desafio – não vai poder me expulsar nunca.

A Corte de Maldições & Profecias (1- A LUA E O SOL)Onde histórias criam vida. Descubra agora