CAPÍTULO 3 - Novas pessoas

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Eu sou uma sobrevivente (O quê?)
Eu não vou desistir (O quê?)
Eu não vou parar (O quê?)
(Survivor)

Arizona

Eu estava correndo pelos corredores do aeroporto, como eu tinha saído da sala? Bem tive que fazer um pouco ou talvez muito barulho, ou tacar várias vezes uma cadeira na maçaneta, até ela quebrar. Eu nem sabia mais como era respirar sem aquele cheiro horrível das minhas próprias necessidades fisiológicas. Foi então que tomei um susto ao ver um corpo quase todo comido por aquelas coisas. Mas ainda dava para ver a placa com o nome na roupa, era Cory, o segurança que me ajudou. Senti uma tristeza enorme ao me lembrar em como ele me ajudou mas não conseguiu. Foi então que eu vi uma arma ao lado do corpo,a peguei e então vi se estava carregada. Pela primeira vez agradeci ter namorado um policial e ele ter me ensinado sobre armas, mesmo eu nunca tendo realmente interesse, mas ele sempre dizia que algum dia eu poderia precisar. É chegou esse dia. Tentei sair dali sem fazer barulho, não sabia se aqueles negócios ainda estava ali. O que eu vi foi assustador. O saguão do aeroporto estava cheio de corpos, tudo destruído, aquilo realmente parecia filme de terror e dos piores. O cheiro era horrível, pior ou igual da sala onde eu estava e foi então que eu vi uma daquelas coisas e parece que ela também me viu, porque estava vindo na minha direção. Meu coração começou a bater disparado, eu levantei minhas mãos com a arma em punho e estava prestes a atirar quando um rapaz apareceu, não sei da onde ele veio mas estava com algo que parecia uma estaca e cravou bem na cabeça daquela coisa.

O-obrigada - eu disse receosa

Não há de que - ele dá de ombros - não aconselho a usar isso aí - apontou para minha arma - a não ser em casos extremos. O barulho atrai eles - explica - e tem que acertar na cabeça para que eles finalmente morram 

Eu...eu não sabia disso - digo surpresa

Vivendo e aprendendo - ele diz e então se aproxima de mim estendendo a mão - sou Alex Karev, mas pode chamar só de Alex - ele sorri

Arizona Robbins, mas pode chamar de Ari - eu apertei sua mão

Ele parecia simpático e boa pessoal, pelo menos era o que eu esperava. Fiquei tanto tempo trancada naquela sala que não sei o que exatamente aconteceu nesse tempo, a única coisa que eu pensava era que precisava achar a minha irmã.

Eu preciso sair daqui - digo depressa - preciso achar a minha irmã

Olha Ari não sei se você percebeu mas Seattle meio que não existe mais, a maioria das pessoas ou morreu ou foi para o refúgio dos militares

Então com certeza ela deve estar nesse refúgio. Minha irmã é esperta, sei que está viva - eu disse convicta

Se você diz - ele dá de ombros não acreditando muito naquilo - posso te ajudar. Desde que tudo aconteceu não encontrei muitas pessoas, na verdade desde que sai do meu esconderijo você é a primeira - confessa

Ouvir aquilo só me deixou com medo do que me esperava lá fora. Estaria eu pronta para sobreviver ali? Será que minha irmã estava viva como eu disse? Teria conseguido chegar nessa tal refúgio dos militares?

{...}

Calliope

Quando eu ouvi o barulho da buzina vindo do carro onde estava minha filha e Mer eu senti que o sangue parava de bombear para o coração. Aqueles mortos começaram a seguir para lá, apenas um tentou me atacar, má tratei logo de bater com o pau na cabeça dele, precisou duas vezes para ele cair no chão.

Droga, o que vamos fazer para tirá-las de lá? - Addie me perguntou desesperada

Eu não tenho ideia - eu disse tentando pensar - você consegue mata-los?

O quê? Só eu e você contra…- ela começou a contar - doze daquelas coisas

Por acaso você tem uma ideia melhor? Minha filha está lá dentro junto a Meredith...precisamos salva-las - digo cada vez mais nervosa

Eu sei, eu sei - a ruiva diz tão nervosa quando eu

Eu sabia que ela estava com medo, é claro que eu também estava, não sou nenhuma super heroína, que sabia que ia lá e acabaria com todos. Talvez iríamos todas ser mortas mas precisávamos tentar não é? Não iria deixar minha filha ali sem lutar. Estávamos prontas para ir até lá quando vimos três pessoas se aproximarem dos mortos e começarem a fazer o que nos duas tínhamos acabado de decidir que faríamos: acabar com aqueles comedores de carne.

Eram duas mulheres e um homem com uma besta(um tipo de arco e fecha) na mão, ele parecia ser muito bom com aquilo. Eu decidi correr até lá e ajudar, afinal o que eles estavam fazendo salvaria a vida da minha filha. Addison ficou lá parada, como uma estátua, bem a cara dela.

Quando finalmente todos aqueles mortos estavam no chão, eu pude abrir a porta do carro e minha filha se jogou em meus braços.

Graças a Deus - beijei seus cabelos - você está bem? - segurei o rosto dela verificando

Estou mama. Só com medo - ela voltou a me abraçar forte

Foi quando eu vi Addison finalmente se aproximar, enquanto Mer saia cuidadosamente de dentro do carro.

Desculpa Callie, mas eu precisava ajudar vocês - ela disse sem jeito - na hora eu não pensei

É quase foram comidas de zumbi - o homem com a besta disse sério

Quem são vocês e porque nos ajudou? - Mer perguntou sem entender mas eu também queria saber

Meu nome é Andrea Robbins e esses são Daryl e Tara - ela diz apresentando os outros dois - acabamos nos separando do nosso grupo e paramos aqui - ela explica - eu vi que tinha a criança no carro e decidimos que precisávamos ajudar

Vocês tem um grupo? - Addie diz surpresa - não achei que tivesse sobrado muitas pessoas depois…

Desse apocalipse zumbi - Daryl completa a frase - é assim que chamamos. Olha só precisamos sair daqui. Se quiserem vir com a gente fiquem a vontade - ele diz e dá as costas e sai andando

Ele é assim mesmo, mau humorado - Tara diz sorrindo - estamos escondidos em uma casa aqui perto, temos água e comida - ela diz simpática

Também temos - eu digo rápido - não sei se devemos ir com vocês 

Ei Callie, acho que eles são do bem, ficaríamos melhor em mais pessoas - Addie segura meu braço

Fora que eles sabem se defender muito bem. Bem melhor que a gente - Mer diz fazendo careta - eu e a Addie nunca nem matamos um desses

Mama vamos. Tô com medo - minha filha diz se agarrando as minhas pernas

Eu não sabia se aquilo era certo ou não, mas se eles haviam nos ajudado aquilo era um sinal. Addie e Mer parecia confortáveis com aquilo então decide aceitar, afinal parecia que eu era uma tipo de líder ali, elas fariam o que eu dissesse, como se eu soubesse sempre a resposta para tudo. Eu precisava ser forte, não por mim, mas pelas três, elas confiavam em mim e eu não podia decepciona-las.

Está bem, vamos com vocês - sorri sem mostrar os dentes e peguei Sofia no colo, assim andariamos mais rápido.

Lovely - 𝑪𝒂𝒍𝒛𝒐𝒏𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora