12.

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boca raton, flórida, estados unidos.

Eles estavam frente a frente. Ariana tinha uma arma pousada em sua perna, enquanto isso, Bieber estava relaxado do outro lado da mesa. Ele mantinha os braços cruzados, mas estava pronto para se defender. Ariana o encarava séria, ela não sabia se estava pronta para ouvir a verdade, mas de qualquer forma, ela a queria.

Ninguém mais estava em casa. Depois de hoje mais cedo, Joan e Jake foram ás pressas para o hospital, eles sabiam que já era tarde, mas mesmo assim, preferiram insistir em Edward. Ariana sequer disse algo, apenas se trancou no quarto e se isolou do resto do mundo. Ela sabia que ninguém iria insistir pra ela ir no hospital mesmo, até porque, Jake seria o primeiro a atacá-la com unhas e dentes. O telefone de ambos estava pousado na mesa, um ao lado do outro. Ariana suspirou fundo e decidiu começar com o interrogatório.

— Vou ser breve porque depois daqui, eu juro que você vai embora a pé, e pouco me importa pra onde você vai. Quem mandou você me matar? — Ariana o encarou com ódio nos olhos.

— Eu não sei o nome dela. — Justin disse calmo. — Tudo o que eu sei, é que ela se chama de deusa das trevas.

— Como ela te encontrou? — Ariana continuou com os olhos fixos em Justin, mas se atentou na campainha tocando. Eles ignoraram.

— Do mesmo jeito que o Louis. Ela me mandou uma mensagem de texto, e fez um primeiro depósito na minha conta. — Ele deu de ombros. — Você sabe como essas pessoas entram em contato, isso não é novidade pra ninguém, Ariana.

— Cala a porra da boca! — Ariana disse furiosa.

A garota odiava confiar em alguém, e ser apunhalada pelas costas. Era o modo que ela se sentia. Traída. Ariana havia confiado suficientemente em Justin, a ponto de trazê-lo para a casa de seus pais, e de vê-la quebrada. Ele deveria ter se sentido honrado. O mínimo que ela esperava, era que ele se sentisse culpado por ter mentido, e que contasse tudo a ela. Saber sobre isso pelos outros, não é muito bom.

— Não vou mentir pra você, Ariana. Não mais. Eu já te machuquei, e também já te ajudei. Se quiser me expulsar daqui agora, ótimo! Faça. Eu já disse tudo o que eu sei. — Ele disse calmo. Uma calma que estava dando nos nervos em Ariana. — Eu gostei da nossa noite ontem, definitivamente eu não queria passar a manhã assim. Podemos, por favor, ficar como antes?

— Ficar como antes? Pelo amor de Deus, Bieber! Em que mundo você vive? — Ariana bateu a mão na mesa, agora ela puta em um nível extremo. — NÓS NÃO SOMOS A PORRA DE UM CASAL CRIMINAL! 

Ela se conteve. Sabia que estava passando dos limites. Ariana se sentou outra vez, e cruzou os braços. Mal humorada, ela encarou qualquer outro ponto que não fosse o homem a sua frente, e bufou. De uma coisa estava certa, não iria matar Justin.

— Não estou pedindo para ser um casal criminal, Ariana. — Ele disse três tons abaixo do dela. — Não quero invadir a sua privacidade, mas se aquela garota me mandou te assassinar. Algo de ruim você fez a ela. Eu começaria a pensar sobre isso.

— Eu fiz coisas ruins pra metade do país, Bieber! — Ela deu de ombros. — Mas eu amava o meu pai. Mesmo com tudo isso, eu amava ele. E agora, ele nunca vai me levar até o altar! Caralho!

Ariana bateu as mãos na mesa outra vez, mas agora, ela estava extremamente chateada. Queria gritar. Queria berrar. Queria correr. E queria chorar. Ariana andava de um lado para o outro, enquanto xingava quem quer que fosse. Estava tomando a maior decisão de sua vida. Arriscar sua vida e vingar seu pai, ou conviver com o medo de ser a próxima. Ela já sabia que quem quer que seja, sabe onde ela está. Sabe onde a família dela está. Quando se deu conta, eles eram atrapalhados pela merda da campainha. Já era a segunda vez.

Bieber olhou pra ela, como se dissesse que estava prestes a ir e abrir a porta. Mas isso não foi preciso, porque segundos depois, ela estava espalhada pela sala de estar. Ariana e Justin entraram em alerta. Estavam no escritório, mas podiam escutar perfeitamente quem andava por ali. Ariana pegou a pistola e a preparou para o ataque a qualquer momento. Bieber tateou os  bolsos, mas tudo que pôde encontrar foi um canivete que ele usava para cortar frutas e, raramente, para abrir camisinhas. Era o melhor que ele conseguiu achar.

— Bieber! — Era a mesma voz do telefone. Ela cantarolava o nome dele, de modo que sua voz saía um pouco fina. Ela parecia se divertir com tudo isso. — Vamos. Saiam do esconderijo. Viemos aqui para conversar, e não para brincar de pique esconde.

Ariana encarou o Justin, mas se concentrou em tentar escutar todos os passos pelo piso de madeira já gasto. Ela chutaria uns dez. Não. Talvez mais. Uns quinze. O lance de Bieber estava por ali, ele diria que havia uns vinte ou trinta. Era alguém importante. Ou, alguém muito rico.

— Quinze? — Ariana perguntou para ele.

— Vinte ou trinta. — Ele responde incerto.

— Ok. Vamos entrar no escritório, e para o bem de vocês, eu proponho que deixem as armas no chão. — Mais uma vez, ela gargalhou divertida. Essa vagabunda, pensou Ariana. — Vou dar dez segundos pra vocês decidirem o que vão fazer.

— Lutar.

— Obedecer. — Bieber e Ariana soltaram ao mesmo tempo. Ele relutou e largou o canivete no chão. Se afastou da porta e levantou os braços. — Somos dois, cacete! Pensa!

— Não vou fazer isso de jeito nenhum! — Ariana se afastou, mas continuou com a arma em mãos. — Podemos lutar.

— Contra vinte homens, não. — Bieber disse desesperado. A contagem já estava no cinco. — Larga, Ariana! Porra!

— Você me paga! — Ariana largou a arma, e segundos depois eles entraram.

Realmente, eram vinte homens. Estavam armados até os dentes,  e por uns segundos, Ariana agradeceu por ter soltado a arma. O mais curioso, foi a mulher que entrou em seguida. Ela tinha um sorriso encantador, estampava problema. Aparentemente, ela não causava intimidação e muito menos, soava familiar a nenhum dos dois. Ela estava vestida em um Nube Barcelona gola V prata. Aquilo vestido havia caído super bem nela, e fez Ariana revisar seus gostos. Um Nube Barcelona jamais teria ficado bonito nela. Mas naquela mulher, estava incrivelmente sexy.

Ela estendeu a mão, mas já sabia que não iria ser retribuída. Em seus pés, um Yves Saint Laurent legítimo. Rapidamente, e sem se aproximar muito, ela chutou, tanto o canivete quanto a arma, para longe dos dois.

— Acho que não fomos apresentados formalmente. — Ela sorriu com seus lábios pintados em um vermelho carmim. — Me chamo Katie Goomer. É um prazer revê-los!

— Cacete!

— Isso mesmo, Ariana! — Ela riu outra vez. — Eu me ajoelharia e começaria a rezar...


não revisado.

𝘚𝘛𝘙𝘈𝘞𝘉𝘌𝘙𝘙𝘠 𝘓𝘐𝘗𝘚 ::: 𝘫𝘢𝘳𝘪𝘢𝘯𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora