𝘚𝘛𝘙𝘈𝘞𝘉𝘌𝘙𝘙𝘠 𝘓𝘐𝘗𝘚 ::: 𝘫𝘢𝘳𝘪𝘢𝘯𝘢

7.

atlanta, georgia, estados unidos

Ariana abriu os olhos ao notar que não estava mais no carro, e muito menos em sua cama. As costas de Justin foi a primeira coisa na qual ela colocou os olhos, ele estava sentado na cama. Bieber estava sem camisa, e isso deu um contraste a mais para os músculos e todas as tatuagens que ele tinha ali. Ariana preferiu ficar quieta por alguns minutos, ela queria saber o que ele estava fazendo sentado ali. Sem escutar nada, Ariana suspirou alto, o que fez com que Justin olhasse pra ela.

Ele sorriu de lado, e guardou a arma dentro da gaveta na mesinha ao lado da cama. Ariana franziu o cenho, e esperou que ele explicasse o porquê da arma, mas ele não o fez. Ariana deduziu, então, que ele tivesse escutado algum barulho na parte de baixo da casa, e por conta de sua profissão já entrou em estado de alerta.

- Eu dormi demais? - Ariana perguntou coçando os olhos.

- Um pouco. - Ele disse rindo fraco. - Eu posso pedir comida se você estiver com fome.

- Ou, a gente pode descer e fazer a nossa própria comida. - Ariana deu de ombros, e se levantou da cama. Estar deitada ali, com Justin sentado ao seu lado, despertava gatilhos que ela não poderia deixar transparecer. - Assim você aproveita e me conta como conseguiu uma casa desse tamanho, justamente do lado mais cobiçado de Atlanta.

- Não estou pronto pra dizer quanto cobro por hora, se é o que quer saber! - Justin disse assim que se levantou, em um tom brincalhão.

- Sabia que você era um puto, tentou me enganar fingindo ser um assassino, mas não deu certo, Bieber! - Ariana disse entrando na dele.

Bieber desceu atrás dela, e por instantes, se arrependeu de ter aceitado aquela merda de proposta. Era um valor alto, uma quantia um tanto quanto boa, mas ele sabia que Ariana valia muito mais do que aquilo. E ele não estava falando de dinheiro. Ela é uma boa pessoa, ela é o tipo de garota que ele gostaria de ser próximo. Exceto pelo fato do feminismo, isso definitivamente não. Mas ele é um assassino, esse pensamento não deveria estar sequer rondando em sua mente. Ainda mais se for sobre sua vítima.

- Eu também não sei cozinhar muito bem, então, que tal uma macarronada? - Ariana fez uma careta assim que terminou de falar.

- Ótimo. - Ele sorriu fraco.

Justin cortou todos os temperos que Ariana precisaria, e assistiu com atenção a menina colocar o macarrão no fogo, o papo era descontraído e bem aleatório. Ora eles falavam de CSI, ora eles falavam de assassinatos loucos que haviam cometido. Como ele planejava matá-la, Justin não viu problema em engolir o orgulho, e ser legal com ela.

- Hum, você recebeu alguma proposta nova do Louis? - Ariana perguntou de boca cheia. - Tipo, eu não recebi nada ainda. Geralmente, ele nunca me deixava livre mais de dois dias... Aparentemente, eu era seu passarinho. Ele cuidava como se fosse dele...

- E você era dele? - Justin arqueou uma de suas sobrancelhas.

Por que queriam a Ariana morta? Que mal ela tinha feito que merecesse tal reação? Ah, Justin mataria para saber quem a queria morta, e porquê a queria morta.

- Nunca fui de homem nenhum, Bieber. Sempre pertenci a mim mesma! - Ariana arrebitou o nariz. - Se quer saber, eu trabalhei com o Louis. Éramos invencíveis. Só nós dois. Mas ele tem um pau entre as pernas, e eu não. Ele subiu de nível, se tornou chefe da porra toda e eu continuei no mesmo lugar. Eu lutei pra ser, ao menos, o passarinho dele.

- Passarinho? - Ele franziu as sobrancelhas e riu. - Não faz seu tipo.

- Ele diz que é por causa da minha voz. - Ela encarou suas mãos, e puxou mais o moletom. - Ele me conhece como ninguém. Talvez, nem a minha própria família me conheça tão bem assim.