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6.

atlanta, georgia, estados unidos

Ariana estava estranhando, claro, a aparição repentina de Justin, no mesmo dia em que a missão que Louis havia lhe dado, era justamente matá-lo. Bieber não tinha simpatizado tanto com Ariana, ele mostrou não gostar dela, no mesmo momento em que eles se conheceram.

- Sejamos sinceros, você não está aqui porque gosta de mim, e muito menos, porque se importa que eu passe o feriado sozinha. - Ariana cruzou os braços. - O que você quer?

- Huh! - Justin fez cara de ofendido, o que fez com que a garota revirasse os olhos. - Tive tempo o suficiente para pensar durante esses dias, e percebi que a sua companhia me deixou desligado de fantasmas do meu passado. Fantasmas que eu quero esquecer.

Ela franziu o cenho. Não estava nem um pouco convencida daquilo. Ela podia ver que Justin estava mentindo, ela sabia, e muito bem, as táticas de um bom mentiroso. E ele era dos bons.

- Fantasmas? Essa é a sua desculpa? - Ariana perguntou, e no mesmo instante, mordeu uma de suas panquecas que havia acabado de chegar. - Vou perguntar de novo, o que você quer?

Justin suspirou.

- Não ria da minha cara. - Ele cruzou os braços e abaixou a cabeça. - Eu quero um encontro.

Foram instantes, mas ambos podiam jurar que foram horas. Ariana encarava Bieber como se ele tivesse dito a coisa mais louca possível, não era como se ela estivesse esperando por aquele pedido. No máximo, o que ela podia esperar dele, era uma piada ruim ou um comentário egocêntrico e maldoso. O clima não era pesado, como o de quando eles foram viajar, era um clima engraçado. Era isso. Ele só podia estar brincando.

- O que é isso? Algum tipo de masoquismo? - Ela perguntou com um sorriso debochado. - Eu sabia que você tinha se apaixonado por mim, quando eu te dei aquela surra. Eu só não achei que você fosse voltar e me entregar sua outra face.

- Paciente e gentil como foi Jesus, não é? - Justin sorriu. Ele estava se divertindo. Era notável isso. - Mas e então, o que me diz?

- Claro que não, Justin! - Ela riu desacreditada. Aquilo era real mesmo. - Não somos nem um pouco parecidos! Eu sou moderna e você é mais rústico. Não fomos feitos um para o outro.

- Mas eu não falei em amor. Eu te chamei para um encontro. Sem compromisso, sabe. - Ele disse simples. - Sexo casual, Ariana. Nada demais.

- Não vou transar com você. - Ela cruzou os braços, mas antes terminou suas panquecas e afastou o prato.

- Qual é! Eu sou solteiro, você é solteira. Eu sou bonito, você é gostosa. Eu gosto de mulheres, e você gosta de homens. Eu tenho um pau, e você uma vagina! Perfeito! - Ela revirou os olhos, mas precisou gargalhar.

Definitivamente, ela não sabia como ele conseguia arranjar garotas. Justin era bonito, e até demais, mas no momento em que abria a boca, toda sua beleza ia embora. Era como se ele fosse oco.

- Vou poupar o meu tempo, e também a sua dignidade. - Ariana se levantou, e caminhou até o banheiro feminino.

Ao chegar lá, ela disparou em uma gargalhada alta e escandalosa. Era engraçado e inacreditável. Algumas garotas que entraram depois, embarcaram na onda de gargalhar com ela, mas isso durou apenas alguns minutos. Afinal, ela ainda precisaria encarar a realidade lá fora. Uma realidade engraçada demais para ser levada a sério. Ariana molhou as mãos na torneira, a passou em seu rosto apenas para tentar disfarçar a vermelhidão que estava ali, por conta de sua crise de riso.

Poucos minutos depois, ela saí do banheiro e se senta novamente de frente para Justin. Ele sorri cínico e divertido, com certeza ele escutou ela gargalhando. Ela nem fez questão de disfarçar. Ariana bufou e terminou de beber seu suco. Sem pressa, ela se levantou e pegou suas coisas.