ETERNA MUSA II

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O seu adeus me faz perecer nesta alcova,
Choroso, envolto pelos lençóis.
O vinho se faz da uva.
- O que será de nós?
Inúmeras são as lamúrias
Que brotam dos meus olhos.
Devido à saudade gigantesca
Que na minha alma copula,
Perpetuando no meu íntimo
A sua bela imagem.
É tarde demais para praticar
O difícil exercício
De tentar desesperadamente
Inutilmente esquecer.
Foram tantos beijos
Carregados de carícias,
saborosas e intermináveis.
Deixando pelo caminho
As suas pegadas
Que escravizam com doçura
Os meus pensamentos.
Nem o sol, nem a lua,
Nem as estrelas, nem a chuva e o vento
Trouxeram juntos para o meu coração
Tanto amor e tanto tormento.

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