Estou cansando de ser mais um ébrio.
Preciso me encontrar,
Parar de confessar com a garrafa.
Para casa pretendo regressar.
Já são cinco da manhã.
Ainda falta o último gole.
A maldita desce rasgando,
Diluindo ainda mais minha alma.
Chego a casa, irritante, falante.
Chuto o Rex, ofendo meu filho,
Maltrato a Ivete.
Enfim deito debruçado na mesa.
Mas a amargura não acabou.
Minha mulher me abandona.
Tenho que me virar
Depois da ressaca.
Fiz questão de arruinar o meu lar,
De acabar com a minha felicidade.
Nem o Rex quer saber de mim.
Meu filho foge dos meus olhos.
A maldita proporcionou o fim
De minha frágil existência.
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Harém da Saudade
PoesiaEsta é uma obra poética dedicada e escrita com pensamento voltado a todas as mulheres, sem elas nós homens seriamos seres incompletos. Por isso valorize a mulher que está ao seu lado em todas as horas: boas e ruins. A gente pode reclamar mas, viver...