HELENA

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Rasguei as vestes do meu pensamento
Num ato de desespero inútil.
Despi minhas ideias com intento
Sorrateiro e de forma viril.

Ditei regras imbecis ao coração.
Fiz de mim mesmo controlador.
Não queria mais saber de palpitação
Por ela, que já não é o meu amor.

Destrui todas as fotos,
Arranquei as flores
E seus intensos brotos.
Fiz da vida circo de horrores.

Tudo isso na tentativa soberba e idiota
De para sempre esquecê-la.
Ela sempre esteve na minha porta
Com um sorriso só dela.

Aquele sorriso arrebatador
Que inflama e encanta os olhos.
Tornei-me de novo um sonhador
Tendo ela em meus sonhos.

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