Uno

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Tema: Carlos cuidando de sua namorada, após ela ter um dia ruim.

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Carlos entrou em casa exausto. O dia de treinos havia sido desgastante, e cada músculo de seu corpo parecia implorar por descanso. Ele chutou os tênis para um canto e jogou a mochila de treino ao lado da porta antes de soltar um longo suspiro. Porém, ao virar o corredor que dava para a sala de estar, sua expressão cansada se suavizou em uma preocupação imediata.

Lá estava Alissa, sentada no sofá com as pernas encolhidas debaixo de si, o olhar perdido na televisão. O cachorro deles, um golden retriever chamado Max, estava deitado ao lado dela, a cabeça repousando em seu colo como um apoio silencioso. Carlos notou que a tela exibia "Uma Linda Mulher" — o filme que ela sempre assistia quando algo a deixava para baixo.

Ele parou por um momento, observando-a. O rosto de Alissa estava levemente iluminado pelo brilho da TV, e seus olhos, mesmo focados nas cenas românticas, pareciam distantes. Carlos sabia que algo sério havia acontecido.

— Hey, amor — ele disse com a voz mais suave que conseguiu, caminhando até o sofá.

Alissa virou-se lentamente para encará-lo, e seus olhos pareciam um pouco marejados. — Oi... — respondeu, forçando um sorriso, mas o jeito como ela tentou esconder o desconforto apertou o coração de Carlos.

Ele sentou-se ao lado dela, ignorando a dor nos ombros e se inclinando para afastar uma mecha de cabelo do rosto dela. — Max está fazendo um bom trabalho como enfermeiro? — ele perguntou, tentando trazer um toque de leveza.

Alissa soltou um riso fraco, acariciando as orelhas de Max, que balançou a cauda, mas sem muita energia. — Ele é sempre o melhor.

Carlos se ajeitou no sofá, ficando mais perto. — Quer falar sobre isso?

Ela respirou fundo, o peso da emoção caindo em sua expressão. — Meu chefe... hoje foi um dia daqueles. Ele criticou uma matéria que eu fiz. E não foi só sobre o texto, sabe? Ele fez comentários... machistas. Disse que talvez eu devesse "escrever sobre coisas mais simples" porque mulheres "não entendem tanto de assuntos sérios". — Sua voz falhou, e ela abaixou os olhos, como se estivesse envergonhada por sentir tanto.

Carlos sentiu um calor subir por dentro, mas não era apenas exaustão — era raiva por alguém ter feito Alissa se sentir assim. Ele engoliu o impulso imediato de sair defendendo-a com força. Primeiro, precisava cuidar do que era mais importante: ela.

— Isso é tão... injusto e errado, Alissa. Você é brilhante, e todo mundo que lê suas matérias sabe disso.

Ela olhou para ele, o brilho nos olhos renovado por suas palavras. — Obrigada, mas às vezes... parece que nunca vou ser suficiente.

Carlos se inclinou ainda mais, levando a mão ao rosto dela, o polegar traçando suavemente sua bochecha. — Você é mais do que suficiente. Para mim, para Max, e para qualquer pessoa que tenha o privilégio de te conhecer. — Ele sorriu. — Inclusive, quem mais poderia aguentar um piloto teimoso como eu?

Alissa riu, dessa vez com mais sinceridade, e Carlos se sentiu aliviado ao vê-la um pouco mais leve. Mas ele não parou por aí. Levantou-se num salto, apesar das dores, e fez uma reverência exagerada.

— Milady — ele anunciou, com um sotaque engraçado. — Posso ter a honra de ser o Richard Gere da sua noite? — Ele pegou o controle remoto da mão dela e pausou o filme. — Que tal a gente recriar as cenas clássicas?

Alissa arregalou os olhos. — Carlos, você está louco? — Mas a risada que escapou já era uma vitória para ele.

— Louco de amor por você, talvez. — Ele a pegou pela mão, puxando-a para se levantar. — E temos que começar por uma dança.

Ela hesitou, mas Carlos já estava colocando uma música suave no celular e começou a dançar desajeitadamente pela sala, balançando Max junto no ritmo. Alissa não conseguiu resistir por muito tempo e logo estava rindo de verdade, deixando que ele a envolvesse em um abraço dançante.

— Você é bobo — ela disse, mas o tom era de gratidão, o coração mais leve do que minutos antes.

Carlos beijou sua testa, o amor por ela transbordando em cada gesto. — Talvez, mas o que eu não faço para ver esse sorriso?

E assim, na sala iluminada pela TV, sob os olhares felizes de Max, Carlos fez o que sempre prometeu fazer: cuidar dela e mostrar que, juntos, podiam superar qualquer crítica injusta ou dia difícil.

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Livro novo de imagines!!
Espero que gostem, se tiverem sugestões comentem!

𝟓𝟓 - 𝙞𝙢𝙖𝙜𝙞𝙣𝙚𝙨  Onde histórias criam vida. Descubra agora