XXII

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Capítulo XXII: perigosa ligação

— Bonnie, acorda.

O quarto, antes tomado pela escuridão, é invadido pela claridade matutina quando Cassandra puxa as cortinas da janela, fazendo sua irmã resmungar preguiçosamente.

— Levanta, Bon — diz mais uma vez, agora a chamando pelo apelido que ela mesmo lhe deu.

— Me deixa dormir mais um pouquinho, Cassy.

— Descobri o que era a arma no caixão selado. — comenta e no mesmo instante ela joga o edredom e o travesseiro para o lado, sentando-se na cama. 

— Me diz.

— Esther, a mãe dos originais. — expõe e Bonnie franze o cenho, logo se levantando e se encaminhando para o banheiro onde começa a lavar o rosto e escovar os dentes. Sua irmã não a deixaria que voltasse a dormir mesmo.

— Ela não estava morta há tipo uns mil anos?

— Era o que pensávamos, mas aparentemente ela só estava adormecida sob um forte feitiço de preservação mesmo. Bruxas e seus truques.

— Então é ela a arma para matar o Klaus? Mas por que ela iria querer matá-lo? Tudo bem que ele a matou, mas ela é mãe dele. — demonstra confusão na face.

— É aí que você e seus amiguinhos erraram — sorri de forma maldosa — Você se iludiram achando que conseguiríam destruir Klaus com o que estava no caixão, mas Esther não veio para matá-lo, mas sim para reunir todos eles e serem uma família novamente.

— O quê? Como sabe disso?

— Klaus me ligou esta manhã e me contou tudo que aconteceu ontem a noite depois que deixei a mansão dele. — a olha com atenção — Você me parece triste, irmã. Deve ser horrível mesmo descobrir que o último meio que vocês tinham de matar o Klaus foi por água a baixo também. Eu ainda não acredito que você que abriu aquele caixão e ainda por cima chamou nossa mãe para ajudar. Por que é tão difícil para vocês simplesmente aceitarem que Klaus é meu companheiro e é com ele que vou ficar? Eu não fico controlando a felicidade de ninguém, nem ao menos a sua, Bonnie, mesmo que seja minha irmã mais nova. Eu amo você, mas a cada vez que faz essas coisas, nossa relação vai se quebrando aos poucos, pense nisso.

Ela não deixa Bonnie dizer mais nada, simplesmente deixa o quarto e segue rumo ao andar inferior da casa ao ouvir a campainha soar.

Abre a porta e não encontra ninguém do lado externo, o que a faz franzir o cenho.

— Deve ser alguma criança levada. — murmura para si e faz menção de fechar a porta, contudo para o movimento ao visualizar uma caixa bonita no chão. A pega e atrás para dentro, logo percebendo que havia um bilhete em cima da mesma, rapidamente notando se tratar na verdade de um convite.

— O que é isso? — Bonnie, que acabava de descer as escadas, indaga ao se aproximar.

— Não faço a menor ideia, deixaram na porta. Tem um convite, vou ler. — tira o mesmo de dentro de um envelope e percebe que estava muito bem feito, com caligrafia impecável em cor dourada. — Os membros da família Mikaelson cordialmente lhe convidam para um baile formal em celebração a reunião de nossa família com danças, coquetéis e música.

Cassandra notou que abaixo estava a data, que seria naquele dia em questão e horário do evento, juntamente com o local de realização, a mansão de Klaus.

— A família original irá oferecer um baile? — a mais nova pergunta incrédula.

— Ao que parece sim...

Eterno | Klaus Mikaelson  Onde histórias criam vida. Descubra agora