XXIV

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Capítulo XXIV: o início de uma nova era.

Nova Orleans, 24 horas antes...

Em meio ao cemitério Lafayette, localizado no bairro Garden District, duas bruxas irmãs carregam o corpo desacordado de uma jovem moça que lhes fora entregue por outros dois bruxos que a sequestraram na cidade de Mystic Falls.

— Não faça isso, por favor, e se eu estiver errada sobre a irmã dela? — Sophie Deveraux, a bruxa mais jovem, diz receosa enquanto encara o corpo inconsciente da jovem bruxa Bennett.

— Essa é a beleza em você, Sophie, você nunca erra sobre algo grandioso assim. — Jane Anne, a irmã mais velha, expõe enquanto a carregam. — Ela é o único meio de chegarmos até a Cassandra, esse é um ponto positivo sobre as bruxas Bennett, elas não abandonam a família. Temos que andar logo porque o feitiço do sono e de trancamento dos poderes dela não irão durar muito, logo ela acordará. — diz e a colocam deitada no chão do cemitério.

— Outra pessoa pode fazer esse feitiço, Jane Anne. — Sophie diz claramente com medo, pois sabe bem o que acontece às bruxas que executam magia sem permissão em Nova Orleans. As regras de Marcel Gerard,  que se autoconsagrava o rei da cidade, eram claras.

— Quem? — Jane demonstra sarcasmo. — Metade das bruxas não acreditam que uma nova escolhida nasceu e a outra metade tem medo de serem pegas. Não temos outra opção, Sophie. — ambas dão as mãos — Agora vá, sabe o que deve fazer.

Com isso deram início ao feitiço.

— Bem-vindos ao lado sombrio de New Orleans, um parque sobrenatural onde os vivos se perdem facilmente e os mortos ficam e brincam. — Cassandra Bennett ouvia a voz de um guia de turismo junto à turistas que procuravam conhecer a fundo os segredos de New Orleans, conhecida por suas lendas e histórias envolvendo criaturas sobrenaturais.

Ela caminha pelo bairro chamado French Quarter, que se encontra abarrotado de pessoas e alguns videntes que procuram ler a mão das pessoas, até que avista uma bruxa que ao encará-la trata de começar a recolher suas coisas com rapidez. Sorri consigo.

— Boa tarde, tem tempo para mais uma? — ela questiona com falsa simpatia e se senta à mesa de vidência da bruxa sem ser convidada, cruzando as pernas e observando todos os movimentos dela com atenção. Está empenhada em descobrir onde e com quem está sua irmã, apesar de já ter algumas suspeitas, contudo não sabe por onde começar a procurar. Uma bruxa da cidade lhe parecia um bom ponto de partida.

— Não tenho nada para te dizer. — ela diz de forma petulante, arrancando um sorriso sarcástico da bruxa Bennett.

— Isso não é muito amável, não é? Achei que os cidadãos de Nova Orleans fossem mais acolhedores. Por que tanto desprezo afinal? Você nem me conhece.

— Eu sei quem é você, a que se autoproclama rainha das bruxas. ㅡ diz com desgosto.

— Eu não me autoproclamo, eu fui escolhida para tal, é diferente.

— Não importa, o que importa é que nós, todas as outras bruxas, estamos cansadas de alguém tentando nos comandar e dizer o que podemos ou não fazer. Além do mais não achamos o clã Bennett forte e poderoso o suficiente para se tornar a líder das bruxas, vocês não são dignas.

Casandra revira os olhos.

— Bom, levando-se em conta que nosso clã pertence a realeza das bruxas, eu diria o contrário, mas isso é uma história para outra hora, agora vamos ao porquê de eu estar aqui. Estou procurando alguém, um clã de bruxas especificamente. Talvez você possa me ajudar a encontrá-las, o clã Galanis, conhece?

Eterno | Klaus Mikaelson  Onde histórias criam vida. Descubra agora