Psicólogo.

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O dia estava nublado, tudo ao meu redor girava em torno de: aquele psicólogo.

Já tinha ido umas 8 vezes lá depois do acontecido e o tesão estava acumulado. Eu gostava de ir só pra sentir a minha buceta piscando perto dele.
Eu gostava da maneira que ele incendiava o meu corpo sem nem sequer me tocar.

Decidir ir de uma maneira mais chamativa com aquele vestido dizendo "estou pronta. Pode enfiar."
Fui em seu consultório, sentei no sofá. Ele me olhou por rápidos 5 segundos. Ele nunca me olhava mais do que isso, só se eu estivesse falando sobre algo. Mas nunca olhava o meu corpo. Sempre desviava.
Isso me atraia de tal maneira...Ninguém nunca tinha feito isso antes.
Todos sempre me olhavam. Ele não...Ele me ignorava.
Tudo bem, tudo bem. Ele é profissional, inteligente...aquelas mãos...o jeito que ele fica tentando decifrar os meus pensamentos, o jeito que ele segura a caneta enquanto anotava cada coisa que eu falava. O que ele não entendia, era que eu falava apenas pra ouvir ele se questionar do motivo pelo qual eu realmente não falo o que estou sentindo.
Eu gostava da maneira que ele me olhava. Era diferente. Não era carnal.

Dentre às diversas perguntas que ele me fez, uma delas fez tudo se caminhar para um lado que eu queria...

Ele: Você se incomoda com o fato da maioria se aproximar com segundas intenções?

Dei um sorriso de canto, estiquei as pernas no sofá, olhei pra ele no fundo dos seus olhos e disse:
- Me incomodar? Sim. Incomoda. Mas na maioria, sou eu quem faço as regras. Ninguém me usa. Eu uso às pessoas.

Ele: E você se considera uma má pessoa por isso? - Enquanto anotava alguma coisa no caderno.

Eu olhando quase suspirando de tanto tesão que eu guardava, engoli seco e tentei me controlar:
- O que você acha? Eu sou uma má pessoa? - Enquanto sinto a buceta pulsar.

Ele me olha e desvia o olhar, eu percebo que ele quis da um sorrisinho mas se controlou, assim como eu. Isso me fez entender que ele tinha receio de alguma coisa...isso me excitava mais.

Ele responde: - Não posso dizer. Você é quem está sendo questionada agora. Quero saber que efeitos isso causa em ti.

Isso me ensinava que ali ia ser mais difícil do que pensei. Eu não podia simplesmente me jogar no colo dele, por mais que cada nervo do meu corpo desejasse e gritasse por isso. Tinha que ter paciência. E eu teria. Acho que vale o sacrifício.

Mais 4 consultas depois....

Nada tinha acontecido até agora. Ele não tinha me falado nada e por mais que eu quisesse, tinha me dado um certo desânimo nesse dia.
Estava com um moletom da cyclone, um short jeans nada sexy. Com os cabelos presos, e uma cara de "acordei pelo fato de ter sido obrigada."

Chegando ao seu consultório, mais uma vez depois de alguns meses só o desejando, eu estava totalmente sem esperanças. Eu não podia avançar e ele não me deixava chegar perto. Isso me excitava muito, mas nesse dia eu estava bem cansada pra isso, sabe?

Sentei no sofá como sempre e disse "Será que hoje podemos só ficar em silêncio e esperar a hora de irmos embora? De verdade. Eu não estou com cabeça pra nada. E antes que me pergunte, não aconteceu nada."

Ele se assusta um pouco com o meu tom de voz, e fecha o caderno.
Ele: tudo bem. Você quem sabe.

Foram os minutos em silêncio mais insuportáveis. Eu evitava olhar para ele pra não sentir alguma coisa. Então me distraia olhando o teto enquanto ficava de 5 em 5 minutos olhando o relógio. A maldita da hora não passava. Eu estava completamente estressada.

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