Quero ver a Luz- LIVRO 2 ( Saga Luz E Escuridão) CONCLUÍDO

Capítulo 1

Devill

Eu cresci em meio a treinos, estudos e fodas, eu nunca fui realmente humano, gosto do mal, gosto das putas, gosto de tudo que é ruim, eu sou ruim, sei que Lúcifer não é meu pai, mas me criou como se fosse, não cabe amor em nosso mundo, não temos sentimentos, a não ser prazer e desejo, fome, gosto da liberdade, gosto do vento na cara enquanto piloto minha moto em alta velocidade, quero viajar e rodar o mundo o máximo que puder antes de voltar para onde nunca deveria ter saído, o inferno, bem eu acho que não vim de lá, mas se sou um demônio meu lugar é lá, Lúcifer acha que quero viver aqui em meio a pessoas medíocres, eu não, quero governar o inferno, quero ser rei, não quero ser a sombra dele para sempre, quero tornar o mundo um caos e não vou querer estar aqui quando isso acontecer.

Angeline

Hoje foi mais uma noite daqueles sonhos ruins, mas a voz sempre aparece para me acalmar, preciso limpar a casa toda, mamãe vai chega cansada, já terminei a escola, agora estou de férias, espero o ano que vem para entrar na universidade, dentro de uma semana será meu aniversário de 18 anos, estou ansiosa, mamãe vai fazer uma festinha para mim, só garotas, eu não porque, mas me sinto mal perto de meninos, estudei em um colégio católico só para meninas, desde pequena sempre tive uma aversão a meninos, eles me lembrar os sonhos e me deixam com medo e aflita, entro em desespero, uma vez um garotinho veio tentar falar comigo e me convidar a brincar em entrei em uma crise de choro e gritos e me escondi longe de todos tremendo e suando frio, minha mãe levou 5 horas para me achar, quando me achou eu estava gelada e tremendo e só repetia " é errado, eu sou dele, eu sou dele" eu tinha 6 anos, eu não sobre o que falava e nem de quem falava e nem minha mãe, mas isso foi esquecido e desde aquele dia minha mãe me manteve longe de todos homens e meninos que ela pode, a psicóloga disse que é algo que trago na genética, que vai passar com o tempo, antes ela suspeitou de abusos e uma investigação foi feita, mas nada, minha mãe não tem pai, irmãos ou marido, então não havia como ser isso, fui examinada, ainda não entendo para que e nem porque mexeram em mim, minha mãe prometeu me explicar tudo e como são feitos os bebes um dia depois dos meus 18 anos, orientação da médica, por causa do meu problema, ela disse que se soubesse antes da maturidade se agravaria meu medo, ela disse que eu não entenderia que é normal.

Hoje resolvi ir ao mercado e comprar tudo que falta para casa, deixei um bilhete para minha mãe, eu nunca sai sozinha, mas já sou adulta, preciso sair, aqui é bem frio, então me visto o máximo que posso, pego dinheiro e saio.

Vou andando calmamente pela rua, até que escuto choros e vozes alteradas vindo de trás de uma casa bem grande e cheia de letreiros, é longe da minha casa, faz 1 hora que ando, creio que aqui seja um lugar de festas, então minha curiosidade fala mais alto, sigo até o beco atrás da enorme casa e o que vejo faz meu sangue gelar e o arrependimento bater na hora, 5 homens vestidos de preto segurando armas enormes puxam garotas quase nuas para dentro de uma van preta e uma tenta sair e leva um soco a fazendo cair para logo em seguida ser jogada para dentro da van como um saco de batatas, meu medo de meninos volta e me viro rápido para correr, mas bato em algo duro e caio no chão, olho para cima e vejo um homem careca e com os olhos negros, eu começo a suar e tremer, é um homem, está muito perto, vou ter uma crise de pânico, ele me ergue pelo braço e começo a chorar e a gritar

xxx- ei! Chefe, temos uma espião aqui, teremos de mata-lo

xx2- tire o capuz dele, vamos ver o verme

xxx- é uma garota, mas que porra, para quieta vadia!- me debatia e gritava e chorava,

xx2- cale a boca dela, a deixa dormindo e vamos levar com as outras- senti apenas uma dor e tudo ficou escuro.

Abri meus olhos e senti muita dor na minha testa, fui sentando devagar, escutei chorinhos baixos, sentei rápido, olhei ao redor, a não! As garotas que estavam sendo levadas estavam ao meu redor, todas choravam baixinho, menos uma, ela me olhou

xxx- que bom que está viva, me chamo Mandy, e você?

Ang- Angeline, onde estamos? – aperto a testa e sinto o sangue

Mandy- dentro de uma vã, estamos sendo traficadas e levadas sei lá para onde, seremos prostitutas de luxo- eu me ajeito melhor

Ang- O que são prostitutas? Minha mãe vai chamar a polícia, vão nos achar, tudo vai ficar bem- ela ri

Mandy- Não sabe mesmo? Vai descobrir do pior jeito, esqueça sua mãe, a polícia, esqueça tudo, esse caras dominam tudo, todos estão comprados, acredite, eu tentei, só arrumei pancadas e decepções, estou nessa vida a 5 anos, desde que tinha 15 anos, seja lá para onde estejamos indo é melhor que aqui, acredite, nunca mais vai ver sua mãe e nem nunca mais acharam rastros seus, você deveria ter ficado longe daquele beco, alias o que fazia la?- comecei a chorar

Ang- ouvi choros e gritos, minha curiosidade foi maior, eu não posso acreditar, minha mãe vai morrer de tristeza, eu faria 18 em 3 dias, ela ia dar uma festa – choro compulsivamente, ela me olha triste e deixa uma lágrima cair

Mandy- eu sinto muito, quer uma dica? – aceno que sim- faça tudo que mandam, não questione, apenas obedeça e não vão te bater, não grite como fez antes, eles são cruéis – arregalo os olhos, como vou fazer isso?

Ang- Tenho crises de pânico perto de homens, nunca consegui nem brincar com meninos na infância – ela arregala os olhos

Mandy- Você está bem ferrada, mas por enquanto – ela me da uma vidrinho cheio de comprimidos – beba isso até que esteja deitada em uma cama em um quarto luxuoso, sempre que acordar e ainda não estiver assim, beba um, vai evitar que eles te batam, assim que chegarmos, darei um jeito de ir até você, vai ter que ser forte- ela segura minha mão colocando o potinho nelas e se senta a meu lado e me abraça, põe um comprimido em minha boca e eu apago em minutos, sei que estou ferrada.