Capítulo 38

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Angeline

Adormeci e acordei com barulhos fortes que pareciam até explosões, saltei da cama e corri até a porta e o cenário que vi me fez estremecer e por a mão em minha barriga como forma de proteção, haviam criaturas com asas e espadas e alguns até com bolas de ferro cheias de espinhos presas em correntes cercando e batendo em Praxis, voltei correndo e vesti uma calça e uma blusa recarreguei minha metralhadora e corri para fora, mirei no que estava batendo nele com a bola espinhenta e atirei sem parar, quando parei ele estava caído, mas já levantando e todos os outros me encararam e corri até Praxis bem machucado e caído de joelhos, o ajudei a levantar e mirava para as criaturas que me encaravam com raiva

Ang- Precisamos sair daqui! – falei pra ele que segurava um enorme corte na barriga e me usava de escora, eu sentia me corpo esquentar "só um de nós vai sair, quando eu me transformar, corra e pegue o carro perto da estrada, está coberto por folhas, vou segura-los" – não vou sem você! – ele começou a pegar fogo e as criaturas brilharam os olhos em um azul quase branco "vá, ou nós 3 morremos" – enchi meu olhar de lágrimas

xxx- A vadiazinha de Lúcifer o trocou por um cão do inferno! – todos gargalharam e Praxis me encarou já se transformando, peguei sorrateiramente uma granada em meu cinto e tirei a trava

Ang- Ei bundões! – sorri e joguei a granada que explodiu neles "vá, se não nos v ermos mais, ficarei feliz onde quer que esteja, cuide do mestre" acenei já chorando e corri pela minha vida e de meu filho, apenas ouvi urros e fogo sendo arremessado na minha direção, corri como nunca antes, tenho certeza que meu filho que está me dando força, tenho certeza que não conseguiria se não fosse por ele "estamos quase mãe" sorri e avistei o carro coberto de arbustos, arranquei apenas os da porta e entrei, céus eu nunca dirigi, mas liguei a chave e um uivo mortal me fez acelerar, tenho certeza que Praxis se foi, pisei o máximo que pude no acelerador, com meus olhos embaçados pelas lágrimas "estão perto mamãe" olhei para trás e vi coisas voando em minha procura, entrei na mata com o carro e vi uma rio grande e pelo jeito fundo, joguei o carro dentro e soltei o cinto, me deixei afundar com o carro, não poderia ariscar me encontrarem, fechei os olhos e quando senti que não aguentaria sai do carro já no fundo e nadei, eu não sabia nadar, mas nadei, então enfim cheguei a superfície e respirei, olhei ao redor "eles estão longe mamãe" então sai do rio, o que vou fazer agora? Comecei a andar mais para dentro da mata, se eu voltasse a estrada seria encontrada, teria que passar alguns dias escondida aqui, agora sou só eu e meu filho mesmo.

Depois de horas andando sem rumo, estava com fome e frio, encontrei algumas maças e comi, peguei mais umas para a noite e encontrei um arbusto e me escondi nele, deitei e deixei o cansaço me levar, adormeci.

Acordei e o sol estava nascendo, comi a maças e comecei a caminhar de novo, andei até que o sol estivesse muito forte, deveria ser meio dia, então sentei em uma pedra perto de uma lagoa, lavei o rosto e bebi muita água "estou com fome mamãe" eu sei filho, mas não tenho nada além de maças "preciso de carne" lembrei de quando comi o coração de meu irmão e meu estomago roncou, eu sei o que tenho que fazer, sai caminhando atenta a qualquer animal que encontrasse, então avistei um alce, como vou matar essa coisa? "te ajudo mamãe" olhei para minhas mãos e estavam com unhas horríveis e afiadas, então caminhei devagar e quando estava bem próxima avancei no animal e cravei minhas garras bem em seu crânio, ele morreu sem nem perceber, comecei a comer, seu coração foi a melhor parte, logo o fígado e seguido de outras partes, quando acabei, restou apenas a cabeça sem tocar e os ossos roídos, olhei meu corpo todo sujo de sangue e minha barriga dilatada e cheia, caminhei até a lagoa e tomei um banho de roupa mesmo, me pus a caminhar, estou perdida e sem te para onde ir, já estava chorando e andando quando avistei uma casinha pequena de tijolos, dela sai uma fumaça por uma chaminé e haviam plantações pequenas e animais pelo quintal que era cercado, vou chegar e pedir abrigo ao menos por esta noite, bati na porta, os cães choravam ao me ver, então um senhor velho abriu a porta

xxx- O que deseja moça? – ele parecia bondoso e simpático

Ang- Estou perdida senhor, poderia me dar abrigo por está noite? Ao amanhecer vou embora- ele sorriu docemente

xxx- Claro moça, me chamo Carlos e o seu nome? – falou fazendo gestos com as mãos para eu entrar, falei me nome e sagui para dentro, a casinha era modesta, um quarto banheiro e sala e cozinha juntas, tudo muito simples, havia uma lareira e uma fogão a lenha, era muito bom, jantamos e o senhor foi extremamente simpático, depois que ele me contou como vivia só ele disse que iria dormir, me deu um travesseiro e um cobertor para dormir, fiquei no sofá, ele queria me ceder a cama, mas eu não aceitei, ele já tinha uma idade e eu já dormi em um arbusto o sofá estava ótimo, me acomodei e pensei em como tive sorte de encontrar este lugar, adormeci com mão na barriga.

Abri meus olhos sentindo algo tocar minhas pernas, abri os olhos e sentei rápido, quando eu consegui focar no que via, eu senti meu coração saltar em medo, era o senhor Carlos tocando minha pernas e com seu membro para fora das calças o tocando, não pude evitar sentir ância, ele me encarou

Carlos- Está na hora de pagar o jantar mocinha, prometo que vai gostar! – ele avançou em cima de mim tentando me beijar eu tentava o empurrar, mas ele era muito pesado e mãos forte que eu, sou pequena, então quando achei que não conseguiria, senti algo quente molhar minhas mão que estavam em seus ombros tentando o tirar de cima de mim, ele já engasgava no próprio vomito de sangue, vi minhas mãos como antes e enfiadas quase até metade da mão em seu pescoço, seu sangue escorria e manchava todo me corpo e rosto, mas eu não ligava, esse nojento era como meu irmão, queria me tomar a força, apenas um homem me tomou, vai ser o único a ter feito isso até minha morte, então depois que seu olhos vidraram eu o joguei no chão e senti uma vontade imensa de comer seu coração, enfiei minha mão em seu peito e arranquei de lá, o devorei como fiz com meu irmão e o animal que comi, mas humano só sinto vontade de comer o coração, então me vi encharcada de sangue de novo, arrastei o corpo e o joguei na lareira, era grande e evitaria o apodrecer, encarei minhas mãos e estavam normais agora, o que foi que me tornei? Como posso ter conseguido fazer todas estas coisas? Então fui em busca do banheiro para me lavar, depois de limpa troquei as roupas da cama e me deitei, amanhã eu veria o que faria, deixei a exaustão me levar...


UM FELIZ NATAL A TODAS, CAPÍTULO AGORA SÓ DIA 26, POSTAREI O FINAL ATÉ DIA 29, ESPERO QUE TODAS CURTAM MUITO E QUE TUDO NESSE DIA SEJA O MAIS ESPECIAL E SOMBRIO POSSÍVEL, SEI QUE AMAMOS O LADO NEGRO DA FORÇA, BEIJOS E MUITAS ALEGRIAS NESSE NATAL A TODAS MINHA LEITORAS AMADAS...

Quero ver a Luz- LIVRO 2 ( Saga Luz E Escuridão) CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora