Quero ver a Luz- LIVRO 2 ( Saga Luz E Escuridão) CONCLUÍDO

Prólogo

Assim que fui morto pela mulher que mais amei eu achei que teria paz, mas quando senti o calor e ouvi os gritos eu soube, eu estava em casa, levantei do chão escaldante, mas que nada me fazia, olhei ao redor e tudo era laranja, vermelho e preto, era obscuro, quente e eu me sentia sufocado, os gritos de agonia e dor eram incessantes, andei a esmo, será que o inferno é só isso? Só vagar ouvindo gritos? Então avistei algo como uma cidade destruída, andei até lá, avistei coisas ou criaturas, não sei como chamar, elas se viraram para mim com seus corpos grudentos e com um cheiro de podre, suas línguas enormes e cheias de espinhos me fizeram pensar para que ela serviam, achei que teria que lutar, mas as criaturas se curvaram, não sei como me viam, não vi olhos nelas, fiquei sem entender, então olhei para um vidro quebrado em uma janela e vi o que mais temia, eu era um deles, o mais horrendo talvez, eu tinha chifres enorme e negros, braços escamosos e cheios de espinhos com enormes garras negras, meu abdômen cheios de músculos e veias negras juntos de escamas, as pernas enormes e cheias de escamas, um membro animalesco, haviam enormes e negras veias que saiam dele e o faziam parecer assustador, meus pés agora eram como os de um animal, apenas a ponta dos pés ficavam ao chão fixadas por enormes garras negras e uma cauda, grosso e escamoso, sua ponta era como uma flecha, então eu gritei, na verdade era um rugido grotesco que fez com que tudo aqui tremesse, e as criaturas sumissem da minha vista, respirando forte e sem ritmo eu encarava minhas mãos sem acreditar no que eu havia me tornado, sou um monstro, mas preciso me controlar, foi difícil, mas segui andando e escutei gemidos bem próximos, olhei para dentro de um dos prédios e haviam centenas de homens e mulheres acorrentados, todos de bruços, seus anus e vaginas estavam dilacerados e seus corpos meio mutilados, seus olhos e bocas sangravam, pensei em ir os tirar de lá, mas quando iria me mover sinto meu braço ser segurado por uma mão áspera e com garras, me virei com raiva para ver quem tinha a petulância, ele tremeu um pouco e tirou e mão e logo se curvou e em uma língua que até então eu não conhecia disse

xx- Bem vindo majestade! Perdoe-me por o tocar, mas creio que seja melhor não tocar nas almas, aqui é o setor de punição de estupradores e pedófilos, setor de pecados sexuais, estas almas estão tendo seus castigos, vossa majestade não deveria ter caído aqui, creio que foi uma falha, vim para o levar para o andar superior onde sua fortaleza o espera – mas que merda! Fortaleza? Majestade?

Devill- Eu sou algum tipo de rei? – ele se levanta

xx- Sim, filho nascido de um demônio e uma humana, criado para governar o reino que o mestre Lúcifer criou e reinou até sua partida a terra, agora que é o mais forte dentre nós o trono é seu- sorrio de lado ao ver que minha vingança vai ser mais breve que eu esperei – Me chamo Baquiael, ao seu dispor- ele faz reverência e saímos, passamos por todos os andares do inferno, a cada andar as coisas eram pior, mas confesso que apenas me sinto eufórico ao saber que sou o rei de tudo aqui, meu reino e em breve serei o único entre a terra e o inferno.

Assim que estamos no segundo andar eu vejo uma alma em destaque, ele está em uma jaula pendurada no teto sendo torturado, mas ele nem ao menos solta um som, seu corpo mutilado e sangrando

Dev- porque apenas aquele está no alto? – ele me encara e parece temer minha reação

Baq- Aquele foi a alma que habitava a casca que guardou seu pai, foi a alma que saiu do corpo para o mestre habitar a terra, seu... pai na terra – ele treme eu sinto seu medo, fiquei sem saber o que pensar, meu pai? Meu pai de verdade?

Dev- Tirem no de lá, o levem até meu trono, estarei esperando!- dei a ordem as criaturas que o torturavam, seguimos até meu castelo, era uma espécie de vulcão que vertia lava, no centro meu trono gigante e todo feito de pedras e ferro, cravejado de diamantes, me sentei ali e aguardei, assim que vi as criaturas pararem a porta e Baquiael ir buscar a alma de meu pai na porta, assim que ele o pega quase sem os membros e com o olhar perdido, ele o coloca de joelhos em minha frente, ele nem parece estar aqui, me aproximo e toco seu rosto tentando fazer com que me olhe, mas ele nada faz, faço com que seu corpo todo se regenere e sim, é exatamente como o corpo da terra, as tatuagens, o cabelo, os olhos, mas é diferente, ele me é familiar, é como estar em casa, não aguento e falo