Capítulo 3

899 122 103
                                    

O celular começou a vibrar, tocando uma música aleatória anunciando que estava no  horário de acordar, Chuuya ainda estava bem cansado devido à correria de voltar para casa. Acordou sentando-se na cama esfregando os olhos na tentativa de despertar-se. Logo, levantou e foi até o banheiro tomar um banho... Se olhou no espelho vendo a tal gargantilha que Dazai o deu, não queria nunca mais tirar aquilo, pois foi um presente dele, porém se fosse a escola assim, provavelmente o moreno desconfiasse de seu disfarce.

- Ahh, eu vou ou não?.... Quer saber? vejo isso depois de um banho para esfriar a cabeça. - Disse o ruivo em sua cabeça enquanto já ia tirando suas roupas e entrando no box do banheiro para tomar um banho.

Após um bom e relaxante banho morno, se vestiu para ir à escola. Se virou e viu a gargantilha sobre a pia, ficava a  observando pensativo logo, dando de ombros e colocando a maldita gargantilha.

- ele não vai perceber, quem iria acreditar que eu viro uma raposa?É provável que ele apenas... pense que ganhei ou comprei...né? - Após arrumar o cabelo, saiu do banheiro pegando sua mochila e indo até a cozinhar tomar seu café da manhã.Reforçando bem o café, sai de casa e caminha pela calçada em direção a escola.

Quando chegou lá, estava tudo como sempre, lotado de jovens entediados, nerds e manés. O ruivo andou a procura de seu amigo mais velho, Akutagawa, porém se deparou com Dazai, que ficou o observando de cima para baixo, fazendo Chuuya entrar em desespero. será que ele descobriu todo o seu disfarce? Aquele pensamento ficou martelando sua cabeça por um tempo.

- Desculpe, mas não perguntei seu nome... - Disse o moreno lançando um olhar desconfiado ao menor.

- Chuuya, Chuuya Nakahara e... o seu?

- Bem, já deve saber pois a professora me anunciou para a classe inteira...ou você ficou distraido demais e não escutou? - O moreno demostrara um sorriso maldoso, deixando Chuuya com uma certa raiva.

- Claro que escutei, Dazai! Agora tenho que ir.- começou a apressar os passos para longe dele, seu coração estava a mil.

Chuuya nunca pensou que falar pela primeira vez com ele pessoalmente seria tão terrível, parecia um garoto rico tirando sarro, porém, lembrou aonde morava e suas condições de saúde. Dazai não era uma má pessoa e sim uma pessoal com sérios problemas de psicológico e autoestima.

Durante as aulas foi tudo bem desconfortável, Dazai não parava de observar os cabelos do ruivo e seu pescoço aonde tinha a sua volta a gargantilha preta. Após as aulas, Chuuya sairia com Akutagawa, segurando ele firme no braço se escondendo atrás dele.

- virou paranóico Chuuya? - Falava Aku preocupado com o outro.

- não, mas Dazai fica me olhando o tempo todo!

- Claro que observa, ele senta atrás de você idiota! Além disso, não foi você que ficou o encarando o tempo todo ontem?

- Não é isso, ele fica olhando meu pescoço e minha gargantilha.

- ahhh deve estar como eu. Tô achando isso ridículo, parecendo até um cachorrinho de madame. Deve estar te gozando mesmo. - Dito isso, levou um tapa na nuca do mais baixo.

- Vai se fuder idiota! Eu escolho o que visto e não quero sua opinião! - Chuuya saiu furioso para fora da escola, porém,  ele não sabia que estava sendo observado.

Em casa, almoçou algo bem simples como macarrão com molho enlatado. Logo, fez todos os seus deveres que tinha da escola e foi até seu quarto ainda de cara emburrada, lembrando das expressões de Dazai. Abriu a gaveta da cômoda e retirou a máscara de dentro dela a colocando em seu rosto assim virando novamente uma raposa ruiva. Fez o mesmo circuito para sair de casa e caminhou pelas ruas todo alegre, subindo em muros e provocando vizinhos. A caminhada não era tão longa até chegar na casa de Dazai, o trajeto era tranquilo, até conseguiu uns petiscos de uma velha senhora que tinha gatos peludos. Realmente l, Chuuya virou uma raposa encorporada.
Chegou na casa do Moreno vendo uma fresta na janela aberta, como um convite para entrar. Pulou e ficou no meio da fresta da janela observando tudo dentro da casa, aonde não achou o moreno. Entrou delicadamente em silêncio pousando no chão como uma pena e  caminhando pelos cômodos da casa sem nada para fazer. Se sentou na cama dele esperando o desgraçado chegar, foi nesse momento que não percebeu que Dazai estava escondido ao lado da cama se erguendo devagarinho para Chuuya não percebe-lo, já que ele estava de costas para o Moreno, foi tão rápido que Chuuya soltou um gritinho fino de raposa quando as mãos geladas de Dazai encostaram em seu pelo.

- kkkkkk pensei que raposas eram mais espertas e iria perceber minha presença, mas vejo que você não é como as outras, tão descuidada...- Dazai ria vendo a raposa tremer no chão devido o susto, como vingança, Chuuya o atacou com as garras ferindo seus braços, como um simples gato faria.

Depois de muitas risadas, Dazai estava sentado no chão limpando os ferimentos que a raposa o causou, para se redimir a raposa se aproximara e lambera seus braços feridos, como um pedido de perdão, Dazai ri e logo abraçou a raposa.

- Obrigado - Dazai da um sorriso verdadeiro que preencheu Chuuya de alegria.

Ambos passaram um bom tempo ali sentados com o moreno terminando de limpar os ferimentos e enfaixa-los com as bandagens.

- Sabe raposinha...você me lembra de um colega meu, têm a mesma personalidade e  sempre vivem estressados, porém, parecem ser boas pessoas.- Ao dizer aquilo a raposa arregalava os olhos, aquilo foi uma indireta, ele sabia da verdade ou eram só... Meras suposições?

A verdade é que, Dazai é muito inteligente e nem um pouco bobo, sabia que ambos eram a mesma pessoa, porém não sabia como ainda, deixando aquela curiosidade profunda. Quando chegou mais tarde e Dazai já fingia que estava dormindo, a raposa saiu de sua casa, naquele momento ele entrou em ação, pegou seu celular e começou a pesquisar sobre lendas de pessoas que pudessem virar animais, mas, não achou nada na internet, começou a bufar de raiva, sabia que teria que apelar para os livros da biblioteca pública, os mais antigos deveriam ter a resposta que queria, iria desvendar esse grande segredo para no fim e jogar na cara do seu colega Chuuya, não só para ver ele com raiva mas mostrar que não podia ser enganado facilmente, bem no fundo Dazai não queria se vingar ou falar esse segredos para ninguém, pois no fundo aquela raposa o fazia feliz e queria ser mais próximo da verdeira identidade da raposa.
Depois de todos aqueles pensamentos e pesquisas inúteis, se deitou na cama e se deixou levar pelo sono, adormecendo rapidamente.

Máscara de RaposaOnde histórias criam vida. Descubra agora