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O funeral foi bonito, acredito que toda a matilha estava presente, envolta do caixão. Thea estava abraçada ao pai, mas já não chorava mais. Depois de três horas, seguimos todos para a mansão.

Kira, Mike e Jason também estavam lá.

Eu estava no canto com a minha família quando eles se aproximaram.

- Oi. - Kira disse e eu sorri de leve.

- Oi. Onde está Olivia? - Perguntei e Mike respondeu.

- Ela não estava se sentindo bem. - Concordei.

Vi Thea se aproximando, ela estava agradecendo a todos por virem. Ela chegou até mim e me abraçou

- Obrigada por virem, significa muito ver vocês aqui.

- Como estão seus pais?

- Arrasados.

- O que vão fazer com a casa? - Perguntei e ela suspirou.

- Vamos derrubar - Respondeu de forma triste.

- Podíamos morar lá, eu e você. - Sugeri e ela me olhou.

- Não, está tudo bem. - Thea me assegurou. - Pode pegar algo pra eu beber?

- Claro. - Lhe beijei a testa e segui para a cozinha, dei três passos na volta, a vi se virando e comecei a caminhar em sua direção até sentir uma dor forte no peito.

O copo caiu no chão e quebrou.

Eu caí poucos segundos depois e então tudo escureceu.

THEA

Quando o vi caindo, meu mundo parou por alguns segundos, mas antes dele bater no chão, eu segurei sua cabeça.

Gritei para chamarem seu médico, mas a cada mísero respiro que eu dava, seu coração não batia. Deitei sua cabeça no chão e comecei a fazer a massagem cardíaca.

Vi Eleonor ligando para a emergência e continuei tentando o reanimar.

- Você está quebrando as costelas dele, Thea. - Dr. Richards disse, mas eu o ignorei.

- Thea. - Minha mãe me puxou de cima dele e o médico continuou com a massagem. Eu comecei a chorar, eu não podia perdê-lo também. Me larguei dela e sai correndo, as meninas tentaram me parar, mas eu corri para dentro da floresta e me transformei.

Corri por horas sem rumo até chegar no topo montanha.

Ouvi barulhos atrás de mim e me virei vendo minhas irmãs.

Elas não tinham expressões tristes, fiquei mais aliviada; elas se aproximaram e nos deitamos juntas por alguns minutos. Chorávamos, uma encostada na outra, era uma mistura de sentimentos, alívio pelo Alec, tristeza por Melina.

Eventualmente, voltamos para casa, quer dizer, elas voltaram pra casa, porque eu segui para o hospital depois de voltar a forma humana.

Ao chegar lá vi Amália, Josh e Rick sentados no corredor.

- Oi. - Chamei sua atenção e eles me olharam. - Alguma novidade?

- Você quebrou as costelas dele! - A mãe dele acusou e eu dei dois passos pra trás. Podia parecer com medo, mas não era isso, tinha certeza se ela gritasse comigo eu iria perder o controle, e isso não seria bom.

- Mãe. - Rick se levantou e se pôs entre nós. - Não é hora pra isso.

- Isso é um momento de família, não quero ela aqui.

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