Desastrosa festa de família

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Estávamos em uma espécie de área V.I.P daquela festa, o que eu achei bem estranho. Para que isso? Alguém aqui é uma celebridade por acaso? Mas enfim, o lugar basicamente era um cômodo grande onde havia algumas poltronas e sofás para as pessoas sentarem, no centro estava uma mesa enorme cheia de comidas e bebidas como na entrada. Porém ali só ocupava quem era da família, ou amigos bem próximos do casal; eu era uma completa penetra.

A mãe de Jungkook não parou nem um momento, desde que entramos no lugar, de me encarar, e também não se preocupou em disfarçar.

Encontrava-me sentada em um dos sofá dali ou lado de Jungkook, ele conversava animadamente com sua irmã. Não me preocupei em prestar muita atenção no assunto, já que o mesmo só estava falando da sua vida e de seus estudos.

— E você (S/n)? —Jiwoo chamou minha atenção— Trabalha com o que?

— Com nada por enquanto, mas sou formada em direito.

— Uau, então você é uma advogada?

— Sim, sou advogada criminalista e também criminóloga, fiz curso de criminologia. Mas não trabalho com isso, na verdade trabalhei muito pouco, antes que pudesse construir minha carreira, recebi uma proposta de emprego aqui na Coréia e me mudei. —expliquei a Jiwoo e pude perceber Jungkook me olhar confuso, porém permaneceu calado.

— A proposta deve ter sido ótima para você largar tudo tão facilmente.

— É, foi. —bebi um pouco do champanhe que estava na minha taça.

— Como conheceu Jeon? —agora foi a vez de Dahye, mãe dos dois irmãos, perguntar.

— Foi muito por acaso, eu entrei na mesma cafeteria que ele, e acabei me sentando ao seu lado já que era um dos únicos lugares disponíveis, e aí começamos a conversar.

— Assim do nada? —perguntou desconfiada e eu assenti— Entendi.

— Mãe, o Namjoon chegou, vou busca-lo na entrada e já volto. —Jiwoo disse depois de olhar para seu celular, e se levantou do sofá onde estava.

— Tudo bem filha.

A platinada logo não se encontrava mais ali, e o nervosismo do garoto ao meu lado aumentou. Sua perna tremia freneticamente, enquanto ele mantinha sua cabeça baixa olhando para o seu celular que se encontrava desligado, só para não precisar encarar sua mãe sentada a nossa frente.

— Está com fome (S/n)? —perguntou a mais velha para mim.

— Não muito senhora.

— Você veio de qual país? Dá para perceber claramente que é estrangeira.

— Brasil, sou brasileira. —juro que vi sua face tomar uma feição de nojo por alguns segundos ao eu dizer minha nacionalidade. Mas logo voltou a sua postura de antes.

— Ouvi dizer que brasileiros não são pessoas muito confiáveis, isso é verdade? —franzi o cenho com sua pergunta. Onde ela está querendo chegar?

— Claro que há pessoas ruins no Brasil, mas isso é em qualquer lugar. Aqui também há pessoas não confiáveis. Isso não passa de um estereótipo.

— Você é bem atrevida. —fiquei confusa novamente.

— Não entendi o que quis dizer com isso.

— Está no meu país falando mal das pessoas que habitam ele, enquanto veio de um lugar onde os bandidos dominam, no mínimo atrevida a sua atitude. —respondeu atravessado e isso me deixou desacreditada. Sério que ela está me atacando por eu ser estrangeira?

In love with a Murderess | Jeon Jungkook Onde histórias criam vida. Descubra agora