Capítulo 28

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      As masmorras do Castelo não eram muito bonitas mas pareciam mais limpas que o lugar onde morava. O Reino dos renegados era onde todo o lixo do Reino ia parar então por mais que fosse limpo, sempre havia lixo na rua.

      O plano deu completamente errado. O rei tinha trazido mais guardas do que o combinado e nossos homens estavam bem menos preparados. Sem contar que o único que poderia nos ajudar estava aprisionado no castelo ou morto, o que era mais provável.

      Bom, agora eu estava sozinho em uma sela torcendo para a Adriane ficar bem. Se alguma coisa acontecesse com ela seria culpa minha.

-Olha quem está aqui. O amorzinho da minha filha- fala o Rei entrando

      Ele se aproxima de mim.

-Mas seu amorzinho vai se casar. E não vai ser com você, seu idiota! Ah e outra coisa, foi por livre e espontânea vontade dela!- fala ele

      Aquilo não era possível, Adriane odiava cada pretendente que o pai tinha escolhido.

-Que bom saber que nosso rei é um mentiroso. Primeiro ele mente que a mulher dele morreu e agora que a filha vai se casar com um homem que ama. No que ele mais está mentindo?- falo provocando-o

-Você sabe que eu posso te matar a qualquer momento, né?- indaga ele

-Você não muda nunca. Você continua o mesmo idiota de anos atrás.

-Por que tanto ódio em esse coraçãozinho?

      Me irrito!

-É bom saber que vou reencontrar meus pais no céu! Os pais que você matou!- grito com muito ódio

-Se eu os matei foi porque eles mereceram- fala ele

      O ódio pelo monstro que se encontrava na minha frente aumentou mais com aquele comentário. Eu não tenho sangue de barata, eu não ia deixar ele falar assim dos meus pais. Fiz uma coisa atrevida, que talvez me matasse, mas não aguentava mais suportar os comentários dele, então o empurrei com força contra a parede da masmorrra.

-Você vai se arrepender por cada coisinha cruel que você fez!- grito

      Ele começa a rir.

-Como se você pudesse me derrotar- fala ele

-Você pode ter os guardas do teu lado mas tenho o povo comigo! Eles vão vir por mim, eles vão te derrotar- falo

-Ninguém gosta de um renegado. Ninguém vai vir atrás de você, nem a sua amada Adriane.

      Ele começa a caminhar para a porta da cela.

-Ah, eu ia esquecendo. A Anna mandou um oi- fala ela

-O que você fez com ela?- pergunto furioso

-Você acha que seria capaz de machucar uma criança indefesa?

-Você não vai machucá-la entendeu? Eu não vou deixar.

-Adoro ver que você se acha o machão, o forte, o corajoso mas no fundo você não passa de um coitado órfão amedrontado.

-Solta a Anna!

-Você não manda aqui. Você é só um plebeu, um amargurado cheio de rancor.

      Ele sai da cela e fecha a porta com força.

-Me leva no lugar dela! É culpa minha dela estar lá!- peço

-Ela é bem mais útil lá. Agora fica quietinho ou vai ser ela quem vai pagar- fala ele

      Ele nunca ia soltá-la. A Anna era o jeito de me manter controlado, obediente. Mas pensando bem, ela poderia nem estar aqui. Preferi não arriscar e fiquei quieto.

-É assim que eu gosto- fala ele

     Ele sorri pra mim e vai embora. Eu precisava sair daqui e logo. 

A Música que Reina na Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora