Capítulo 14 (Último Capítulo do Livro)

39 5 1
                                    


Chego em casa às 19 h, muito cansada e faminta, o voo teve duas paradas e estou exausta. Dou um forte abraço nas minhas amigas queridas e fico feliz em saber, que elas capricharam no jantar para me receber.

— Oba, lasanha! Quem fez?

— A Julinha, nossa querida amiga prendada e ainda tem pudim de sobremesa.

— Que maravilha, estou morrendo de fome!

A Júlia cozinha muito bem, adoro quando ela faz essas surpresas deliciosas, costumamos dizer que ela é a nossa "arquiteta das panelas". Durante o jantar, elas me contam como foram os últimos dias, a Júlia viajou para ver os pais no interior e a Renata foi para um congresso da faculdade.

Já estou indo deitar, quando o telefone toca, Renata atende...

Alô! Quem fala? Só um momento.

— Suzi, é pra você.

Pois não...

Oi Suzana, é a Débora. Será que posso ir até o seu apartamento? Preciso muito falar com você.

Já está tarde Débora. Se for algo sobre trabalho, falaremos segunda-feira.

Não, não é sobre trabalho, quer dizer, mais ou menos isso...não gostaria de tratar disso por telefone e não posso deixar para depois.

Você parece aflita. Está bem, pode vir.

Não acredito que autorizei a vinda dessa sonsa até o meu apartamento, com certeza vai falar sobre o Israel. Vai dizer que não posso ficar no caminho dela, que ela o ama de verdade e blá, blá, blá.

Há momentos em que dá vontade de abrir o jogo, falar de tudo, sair da empresa e recomeçar minha vida de outro jeito, em outro lugar. Mas isso seria loucura, lutei muito para conquistar tudo isso, não posso ser tão covarde e simplesmente fugir dos meus problemas, preciso enfrentá-los. Minutos depois da ligação, a campainha toca...

— Oi Débora, entre e fique à vontade.

— Me desculpa por vir a essa hora, mas é que o caso é de urgência.

— Certo, vamos conversar na varanda. Então, qual é o assunto tão importante, que não pode esperar até segunda-feira?

— É sobre o Israel, é que ele...

— Ah, para Débora! Não acredito que veio até aqui pra isso garota! Já cansei de picuinha! — estou sem paciência e respondo com grosseria.

— Calma Suzana, deixa eu explicar, me ouve por favor! — Muito aflita, ela implora que eu a ouça.

— Está bem, fale! — Gesticulo para que ela sente numa cadeira e faço o mesmo, me sentando de frente para ela.

— Quero saber por que motivo ele foi demitido? Você não podia ter feito isso Suzana, não é justo.

— Como assim demitido? Não estou sabendo de nada!

— Ele me ligou quinta-feira depois do trabalho, me acusando de tê-lo prejudicado, dizendo que a culpa é minha por ele ter perdido a vaga na empresa.

— Falou com ele depois disso?

— Não, ontem não o vi na empresa e estava esperando você chegar para conversarmos.

— Mas por que ele foi demitido? Quem deu essa ordem? O que houve?

— É exatamente isso que eu quero saber Suzana, eu sei que estavam juntos e sei que você não gostava de me ver atrás dele. E claro, pra se dar bem, você demitiu ele. — Ela coloca as mãos na cintura e me encara se achando a dona da verdade.

Paixões Caóticas/Trilogia Intensos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora