Então estava eu lá pleno com minha sunga meus óculos de sol e minha cadeira de praia, me bronzeando à beira do mar sobre as incríveis e cristalinas areias brancas da Costa. Keshi estava feliz tinha crescido mais um pouco eu estava brincando no mar comendo basicamente tudo que via pela frente, peixes, águas viva, pequenos tubarões comeu quase até uma criança de boia, mas eu consegui ver a tempo e o impedi.
Aí passei os três dias relaxando até que comecei a sentir uma coisa diferente, eu tinha que dividir quarto com uma Drow, então as coisas ficavam um pouco estranho às vezes. Mas era algo diferente, algo que parecia que estava me chamando por assim dizer. E eu fiquei com aquela sensação, aquele sentimento de atração, aparentemente Keshi também sentia. Vecna já tinha me dito que eu poderia encontrar algo referente a ele por aqui então aquilo não foi uma surpresa. Logo resolvi nos dividir, mandei Keshi procurar nos arredores do resort, Guigas para ir invisível procurar nos quartos e nas salas trancadas as quais eu não tinha acesso enquanto eu procurava no resto.
Não demorou muito para Keshi retornar com notícias, ele havia me dito que tinha alguma coisa na costa perto do resort na praia que quase ninguém ia, perguntei para algum funcionário sobre o que ela era. Me disseram que não era uma boa praia para se ir ou lucrar porque na parte da manhã não batia sol e logo no início da tarde por volta de 1 hora a maré subia e fazia aquela pequena praia desaparecer. Não era vantajoso para ninguém ir para lá e nem eles de construir algo pra lá uma vez que o tempo de vida útil da praia seria de apenas 2 horas.
Tentei contato com o Vectra e ele não me respondia. Como eu sei que ele não é nada ocupado decidi que aquele era um aviso de que estava indo pro caminho certo. Mandei Guigas voltar e partirmos com Keshi para a costa perto da prainha. Ela já tinha sido inundada então montamos acampamento esperamos do dia seguinte. Keshi ficou de guarda, não existe ninguem melhor para o trabalho pois qualquer coisa que se aproximasse de mais ele comia.
Na manhã seguinte avistamos a praia ela era como as outras só que bem pequena e escondida, ela era envolta por algumas pedras e um pouco de mato. Comecei a sentir de novo aquela coisa me atraindo e fui em direção de pedras. As ondas debatiam sobre elas fazendo-as ficarem molhadas o que dificultou um pouco a minha escalada. Seguir aquele sininho atrás da minha orelha até encontrar uma espécie de buraco entre as rochas, adentrei me deparei com uma gama de cavernas com estalactites no teto. Tava tudo muito úmido e um pouco escuro. Segui até o final daquele corredor estranho até chegar à frente de uma parede que continha uma grande porta de obsidiana Negra.
Aquilo não parecia ser uma porta, mas eu sabia que era uma, não tinha maçaneta nem tinha entalhes era só um delineado preenchido com obsidiana. Olhei para Guigas e para Keshi e perguntei, "sabem como abrir"? Os dois me olharam com uma cara de reprovação. Eu estava meio despreparado já havia utilizado meus espaços de magia. Olhei para o chão para poder analisar melhor o terreno e percebi que a caverna estava inundando, teria que resolver aquilo rápido para sair dali.
Tentei me lembrar do que Vecna tinha me dito sobre o que eu ia encontrar aqui, era alguma coisa sobre a mão dele se eu não me engano. Fora isso nenhuma pista ou conclusão, passei a mão na porta para fazer coisa mais óbvia, empurrar a porta, porem nenhum resultado. Contudo assim que eu me distanciei de novo percebi que havia inscrições e quando eu toquei na porta elas começaram a brilhar, estava escrito, "O verdadeiro poder vem daquele que presenteia o senhor dos segredos".
Não sabia exatamente como interpretar aquilo, sabia que alguma coisa tinha haver com Vecna, uma vez que ele tem o domínio dos segredos. A água já estava na minha canela então pensei qual seria um bom presente para o senhor dos segredos, ele era um Deus o que mais ele poderia querer. Então eu simplesmente procurei no meu passado obscuro alguma coisa que eu não tinha contado ninguém algo que só eu sabia sobre mim mesmo, coloquei a mão novamente na porta e disse "eu sou virgem".
Como de praste meu raciocínio rápido me salvou mais uma vez. Eu espero nunca encontrar outra porta dessa porque eu acho que não tenho mais nenhum segredo assim. Logo que a porta se abriu percebi que a água não passava como se tivesse um degrau impedindo que ela penetrasse alem da porta, um degrau invisível. Do outro lado havia um pequeno templo que parecia estar abandonado, eu sabia que estava no lugar certo pois tinha uma gigantesca estátua de Vecna no fundo. Muita teia de aranha, muita umidade e nenhum sinal de vida. Pelo menos eu não ia ter que lidar com os clérigos do meu patrão eles são bem chatos vezes.
Bom eu já tinha achado o lugar, agora o que que eu ia fazer ali, mais uma vez e separei de Guigas e Keshi e procuramos pela mão do meu patrono. Não encontramos, porém, achei um pequeno diário, ele descrevia tudo que acontecia dentro do templo. Passei basicamente a tarde e noite inteira lendo aquilo e descobri coisas interessantes. A mão realmente esteve ali, mas de acordo com a última passagem do diário os clérigos a levaram para outro lugar, o sumo sacerdote havia tentado colocar a mão e eles acabaram tendo que se voltar contra ele e o deixaram para apodrecer aqui dentro lacrado.
Guigas havia encontrado uma caveira, provavelmente era desse sumo sacerdote. Realmente era ele estava faltando uma mão na ossada. Aparentemente os clérigos haviam se mudado para o santuário do Norte, provavelmente se eles ainda estiverem lá a mão estará com eles.
O zumbido em meu ouvido tinha parado, acho que eu achei o que eu estava procurando. Fora um monte de teia de aranhas, a ossada e aquele local deprimente não tinha nada de muito importante, mas achei alguns livros sobre magia de pacto. Na manhã seguinte voltei para o Resort e continue as minhas férias tentando aprender o que estava nos livro ao mesmo tempo que buscando a possível localização do templo do Norte.
