A Escolha de Maçã

2. Bêbadas?

Maçã Washavsky

Voltar a Rússia um dia antes do previsto me dera uma vantagem e tanto de evitar Austin e nossas famílias, mas aquilo também fora uma via de mão dupla porque estava fazendo hora no aeroporto sem ideia alguma do que faria.

Porque não poderia ir à casa dos meus pais ou ligar para as minhas amigas, pois isso acabaria denunciando o meu paradeiro indiretamente.

'' Ok. É melhor eu procurar um hotel. '' — com esse pensamento, eu arrastei a minha mala de rodinhas rumo a saída da livraria em que estivera e por pouco não atropelara duas garotas.

— Desculpem o meu... — uma delas era ninguém menos do que a loira Marya Bashev e a outra loira em sua companhia me era familiar, mas eu não conseguia me lembrar seu nome ou quando a vira.

— Maçã! Quanto tempo. — disse isso e logo estávamos nos abraçando.

Ela era uma ADC que fora criada como uma afilhada pelo chefe Antosha da quinta casa vermelha. Nós duas sempre nos víamos em todos os eventos e em algumas ocasiões chegamos a brincar juntas em nossa infância. O que me dera a exata ideia de onde a sua acompanhante estava relacionada.

— Estou retornando de vez para Moscou depois de alguns anos morando em Tóquio. E você e sua amiga estão perdidas por aqui? — brinquei e sua acompanhante sorriu para mim de forma simpática.

— Deve estar morrendo para rever seus pais. E Olívia Makarov esta é Maçã Washavsky a filha de um dos herdeiros da casa militar mais importante do clã vermelho. — nos apresentou revelando a minha linhagem que costumava a pesar pela alusão ao nome de meu pai e tios porque eles estiveram ao lado de Ivan II na retomada do poder e libertação de tantas pessoas.

— Muito prazer. Você é uma das Makarov's. — devolvi seu sorriso e fiz a conexão de que a jovem poderia ser prima das inseparáveis amigas de Marya.

— Igualmente. Sim. Sou a prima de Rebeca e Leela.

— Estamos aqui atrasadas para buscar aquelas duas que estão voltando de uma temporada em São Arcangelo por causa dos...

— Hey. Vocês duas! — as vozes altas de Rebeca e Leela soaram e a atenção da falante Marya foi diretamente as duas que surgiram arrastando suas bagagens.

— Meninas! — a loira elegante saltou nas amigas enquanto a prima delas apenas observava a cena com ar de riso.

— A culpa do atraso não é só da Olie. Eu me atrapalhei um pouco porque o meu carro enguiçou no caminho. Sabem que sou péssima com essas emergências. E espero que tenham trazido os meus mimos. — tagarelou elétrica.

— Olívia. Que cara safada é essa de quem andou aprontando? — Leela tossiu antes de abraçar a loira que ficou toda sem graça.

— Está doida? Eu estou perfeitamente quieta e levando uma vida comum. — se defendeu.

— Espero que essa tranquilidade a tenha feito refletir que poderia se mudar para ir viver conosco. — Rebeca comentou repetindo o gesto da irmã.

A preocupação delas em relação a outra era nítida e até fofinha. As três não se pareciam fisicamente em nada. Rebeca tinha a pele negra e bonitos cabelos escuros emoldurados por uma face com expressivas covinhas e olhos de noite.

E Leela possuía a pele em tom de cor de mel. Longos cabelos castanhos e grandes olhos cor de avelã numa face em formato de coração.

— Washavsky. Está perdida aqui? — Rebeca finalmente pareceu me notar e sua irmã riu.