Olívia
Mal conseguira dormir direito de tanta irritação com a minha má sorte em duplicar o meu problema ao invés de resolvê-lo, pois formalizar um acordo com aquele homem seria o início de minha ruina.
'' O que eu fiz não solucionou nada. '' — e para variar ainda estava chateada com as meninas, pois elas não me deram apoio moral ainda que no fundo eu também merecesse isso por envolvê-las na confusão.
— Quando chegar nos apartamentos não se esqueça de ligar para o Darwin para falar sobre a garagem. E por falar nele, eu tenho de ligar para o John e ver se ele já conseguiu o contato de um veículo baratinho. Porque iremos precisar de uma condução para nos locomovermos daqui aos lugares. — Rebeca tagarelou quando estávamos saindo do elevador do edifício.
Eu estava de folga e ficaria encarregada de arrumar os nossos pertences para trazer a cobertura e as demais coisas seriam enviadas ao espaço de aluguel de um conhecido nosso até decidirmos o destino de tudo.
— E desmanche essa cara de quem quer cometer crimes. — Leela tossiu.
— Ok. Para as precauções e não para a minha falta de vontade de controlar a assassina em mim. — resmunguei puxando a alça de minha bolsa quando já estávamos na calçada do lugar e sem querer bati o cotovelo numa jovem que estava passando ao meu lado.
— Perdão! — dei um sorriso de desculpas a ela que sorriu de volta.
— Uma cotovelada é o de menos devido as últimas bagunças que estão acontecendo ao meu redor. — brincou parecendo estar tão ferrada quanto eu pelo olhar de desespero e cansaço em sua face.
— Se estiver competindo comigo em coisas ruins. Daqui a pouco estarei lhe dando a minha mão para fugirmos juntas pela estrada. — devolvi o gracejo e trocamos um olhar solidário antes de rirmos.
— Prazer. Eu me chamo Madalena Peri. — se apresentou muito simpática.
E ela não era só amigável. A sua beleza de traços afro descendentes era tão admirável quanto a de minha prima Beca, mas com a diferença de que ela tinha um longo cabelo castanho escuro repleto de cachos.
— Eu me chamo Olívia Makarov e estas são minhas primas Rebeca e Leela. — tagarelei já agindo como se fossemos velhas amigas. O que era estranho se tratando de mim em relação a sair sendo excessivamente aberta com estranhos.
— Olá! — disseram entrando na conversa.
— Você mora aqui? — as curiosas perguntaram.
— Acabo de me mudar recentemente. — respondeu fazendo uma careta.
— Nós também. — Leela disse animada e sua irmã riu.
— Sim. — foi a minha vez de fazer outra careta.
— Estão esperando alguma condução? — perguntou.
— Nós iremos chamar um motorista de aplicativo. Quer aproveitar a nossa carona para ir a algum lugar? — quis ajudá-la.
— Eu adoraria. Estou precisando sair da... — ela parou de falar e eu de prestar a atenção a conversa, pois a minha boca se abrira quando notei a figura nada ilustre de Odin atravessando a rua acompanhado de outro homem que era o clone dele, mas com a diferença de que este estava sério e com um visível hematoma no olho direito.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Escolha de Maçã
Chick-LitPara Maçã Washavsky crescer no seio de uma família de amaldiçoados definiu bem o que ela não gostaria de ser, no entanto, não há como fugir de seu destino porque uma decisão terá de ser tomada e conviver com o resultado dela poderá abalar as relaçõe...