9. Pedido Inusitado?

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Tessa


Acordei no susto de um sonho horrível porque nele todas as garotas eram arrastadas por uma tempestade e a minha intuição me avisou que algo ruim estava vindo para colocar a paz em desacordo.

'' Preciso de um café bem forte. '' — pensei após escovar os dentes e nem me dei ao trabalho de substituir a minha camisola verde malva, pois entraria mais tarde na empresa devido ao seu evento de aniversário.

O aroma do café e de algo que Helmuth cozinhava exalava pela cozinha. E ele estava distraído assoviando alguma música militar enquanto o admirava vestido em seu velho conjunto de moletom cinza.

'' O que seria de mim sem este homem para acalmar o meu espírito? '' — pensei indo até ele e sem dizer nada o abracei pelas costas e tratei de ficar ali respirando o seu aroma enquanto esfregava a face contra os seus músculos quentes através do tecido.

— Minha Tessa. O que foi? — escutei a pergunta e apertei as mãos ao redor dele para me sentir segura.

— Estou com uma sensação perturbadora de que algo sombrio está chegando. Sei que pode parecer bobo, mas eu sinto. — confessei desejando que tivesse sido apenas a impressão do sonho.

— Não podemos controlar tudo à nossa volta, mas sei que estará pronta para resolver qualquer problema. — sempre tinha as palavras que eu precisava para me acalmar.

— O que cheira tão bem? — perguntei ainda o acariciando com a minha face.

— Ovos mexidos com cogumelos e aquele queijo belga que você adora. Venha dar uma olhada. — respondeu com ar de riso, pois eu estava o apertando demais e percebendo isto o soltei.

— Deixe-me ver. — pedi ficando ao seu lado em frente ao fogão e olhei a iguaria quase pronta na panela de vidro. — Humm. Está preso aqui para cozinhar para mim para sempre. — emendei e ganhei o seu melhor sorriso.

— Eu sei disso, mas é um cárcere voluntário

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— Eu sei disso, mas é um cárcere voluntário. — riu.

— É bom ouvir que eu sou o seu Estocolmo. — brinquei indo me sentar numa das banquetas rente ao balcão.

— Tessa? — só chamava o meu nome todo quando estávamos em casa se o assunto fosse entrar em algo que eu detestasse.

— O que foi? — perguntei já me preparando para me aborrecer e ele serviu o prato a minha frente.

— O Amiel e a Manuela querem almoçar conosco, mas não disseram o motivo.

— E? — não queria ver o meu tio porque isso me causava dor de cabeça.

— Eu não pude negar o pedido.

— Muth!

— Tess, você não pode evitar mais um convite. Já foram seis este ano. Ficará feio eu ter de ficar inventando mais desculpas. — fez uma careta.

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