Acordei com uma enxaqueca que não me deixava sequer lembrar meu nome.
O meu trabalho é bem puxado e eu acabo muitas vezes levando serviço pra casa, isso tem acabado comigo.
Madrugadas inteiras sem dormir e no outro dia eu preciso trabalhar como se nada tivesse acontecido.
Tomo uma ducha rápida e tento com a ajuda da maquiagem, tirar essa cara de morte que me ronda há dias.
Hoje tenho uma reunião importante no escritório e não posso deixar nada me atrapalhar profissionalmente.
Sou responsável por um setor inteiro da empresa, o que torna tudo bem desgastante, mas é algo que eu amo fazer e mesmo com todo stress acabo dedicando o meu melhor.
Chego na empresa e aproveito pra deixar tudo pronto para a reunião, não quero que nada dê errado. Gosto de ver a satisfação estampada na cara da diretoria sempre que damos start para um novo ciclo do mês.
Todos sentam e eu começo a apresentar números, gráficos e tudo que se espera de um fechamento proveitoso.
No começo da tarde sou surpreendida com novas expectativas por parte da diretoria e repasso a informação para a minha equipe. Agora precisamos correr, pois nosso mês nem começou e já temos uma meta imensa para bater.
Na hora do almoço sento com o pessoal para me descontrair e sinto uma nova pontada na cabeça.
Destaco um comprimido da cartela e engulo forçadamente com um pouco de água. Com esse já é o quinto analgésico do dia, ou seria o sexto? Isso não pode acabar bem.
Não notei que estava sendo observada pela Paulinha - ela trabalha aqui e é minha melhor amiga desde os tempos do colégio - então ela começa a brigar comigo, sem se importar com quem está por perto:
- Mel, de novo essa dor de cabeça? Você precisa se cuidar.
- Quer saber? Amanhã você e eu iremos ao hospital. Uma semana de dor não é normal amiga.
Lanço logo um olhar de criança que não quer ir ao médico.
- Se quer ser tratada como uma criancinha, tudo bem, te levo no colinho.
Todos riem e voltamos ao trabalho, pelo visto nossa tarde será daquele jeito.
***
No dia seguinte nada de surpresa, eu realmente continuava com a enxaqueca.
Liguei para minha chefe, avisei que estava indo ao médico e fiquei esperando a Paulinha chegar para me acompanhar ao consultório.
Pra melhorar o meu ânimo, um engraçadinho bateu no meu carro no estacionamento da clínica. Mas que droga!
Quando eu saí do carro para entender o que tinha acontecido, todos os meus sentidos falharam por um momento. Simplesmente eu estava diante do homem mais lindo que eu já tinha visto.
Não, não era o Michele Morrone (365_Dni), mas ele era um moreno alto - devia ter 1,90cm - com uma barba muito bem feita e dono de lindos olhos verdes, que me deixaram encantada.
Ele se aproximou dizendo que estava atrasado para uma consulta e que acabou cometendo o acidente. Sinceramente, eu só entendi o que ele disse minutos depois, porque naquele momento eu esqueci até da minha dor.
- Moça, me perdoe, eu estou atrasado para uma consulta e acabei entrando rápido demais na vaga e acabei arranhando o seu carro. - Ele tinha um carro enorme e preto que acabou deixando um tremendo carimbo no meu vermelhinho.
- Mas olha eu não vou me ausentar da responsabilidade, fica com o meu cartão e me liga, pra gente resolver o estrago que lhe causei.
Certo, eu disse que ele tem lindos olhos verdes que hipnotizam a gente, mas e a voz? Por Deus do céu, quando ele começou a falar, eu fiquei toda arrepiada.
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O Médico dos Meus Sonhos (Degustação)
RomanceMelissa é uma linda jovem que cresceu em um lar adotivo depois da trágica perda de seus pais. Uma guerreira forte, que está à frente da gerência de uma empresa em ascensão. Apesar de ser uma mulher corajosa e destemida profissionalmente, no amor el...