Epílogo

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O quarto estava cheio de caixas etiquetadas que estavam completamente cheias.


















Houve uma batida na porta, ela se virou para sorrir e continuou a empacotar todos os seus pertences.

















- Ei, o que você está fazendo?

















- Empacotando.

















- Bru, as aulas começam em duas semanas, por que você está fazendo as malas agora?

















- Eu sei. - a morena respondeu para seus dois melhores amigos, Juliana e Mário. - Mas o diretor da universidade me contratou, ele disse que meu currículo é surpreendente, então ele me ofereceu um cargo de ajudante de campo para o ano seguinte; Tenho que ir a partir de hoje para ver as instalações e ajudar as recepcionistas do ano passado.

















- Bru! Essa é uma excelente notícia. - Juliana exclamou.

















- Definitivamente. - Brunna sorriu. - Eu vou morar lá por alguns meses, meus pais decidiram se mudar então morarei com eles quando a mudança estiver pronta. Eu vou sentir muito a falta de vocês.

















- Oh sim. Sobre isso... - disse Mário evitando o abraço da morena.

















- O que foi?

















- Juliana e eu temos notícias importantes para você.

















- Está tudo bem? - Brunna perguntou um pouco alarmada.

















Mário e Juliana se entreolharam com sorrisos maliciosos e cada um tirou um pedaço de papel.

















- A verdade é... - Juliana começou. - Que você não vai conseguir se livrar da gente tão cedo.

















- Nós também fomos aceitos na Universidade de Nova York. - Mário disse animado, ambos estendendo suas cartas de aceitação para Brunna, cujos olhos brilharam e ela se lançou sobre seus dois melhores amigos.

















- Isso é incrível! Não acredito, parabéns!

















- Meus pais compraram um apartamento para mim, e eu decidi que vou dividir com o Mário para que você possa ficar conosco quando quiser. Você pode até mudar para lá, é grande para três e fica ao lado da universidade.

















- Isso seria incrível meninos! Prometo que vou falar isso com meus pais - riu a morena. - E quanto a Marcos?

















- Ele conseguiu emprego como mecânico em Nova York, então está se mudando também.

















- E você não vai acreditar no que mais descobrimos. - disse Mário.

















- O que?

















- Renatinho também foi aceito. Estaremos todos em Nova York.

















- Nem todos... - Brunna murmurou alto o suficiente para seus amigos  ouvirem.

















- Eu acho que devemos ir agora. - Mário mudou de assunto, sentindo-se um pouco culpado por causar aquela lembrança na garota de olhos castanhos.


















- É melhor você se apressar se não quiser se atrasar. - continuou Juliana. - Nos vemos em duas semanas.


















- Tome cuidado meninas, vejo vocês em duas semanas.

















- Lembre-se de não falar com estranhos. - Mário terminou antes de abraçar Brunna, Juliana imitou o ato e eles foram embora após se despedirem.

















A última coisa que faltou a Brunna foram suas malas. Sentou-se na cama e, antes de guardar as últimas coisas, tirou seu velho diário de uma das caixas, passou os dedos delicadamente pela pasta e finalmente abriu quase no final.

















Suspiro.

















“Por que você teve que ir embora?”






Ela perguntou olhando aquela sequência de fotos que ficava no meio de duas páginas. Ela a pegou e admirou os momentos que ficaram congelados ali, e então pegou a caneta que estava embaixo. Não era uma caneta para escrever. Era uma pena de asas.







“Como você pôde me deixar assim?”
















Ela perguntou novamente, mas desta vez ela se lembrou de cada detalhe daquela noite.

















Ela se lembrou dos olhos Ludmilla olhando para ela com culpa, então o olhar que ela lançou para os pais da garota de olhos cor de mel, esperando que o que estava por vir não fosse verdade; e finalmente outro olhar de sua então namorada. Um olhar que apenas gritou 'Me desculpe', para finalmente preferir suas asas do que a Brunna.

















Nunca havia sentido uma sensação assim.

















Ela decidiu que não poderia se livrar dessas memórias, mas também não poderia parar de sofrer.

















Se Ludmilla lhe ensinou alguma coisa, foi que a vida continua e não espera por ninguém.

















Ela fechou o diário antes de chorar e colocou-o em uma caixa com o rótulo 'coisas importantes para deixar na minha cama'. Bom, os pais dela levariam aquelas caixas para a nova casa e fariam o que falassem nos rótulos, algum tempo depois Brunna se encarregaria de arrumar tudo a seu gosto.

















Ela fechou a mala, puxou-a da alça e desceu as escadas da sua casa em Miami, que seria a última vez que estaria lá.

















- Mia. - ela chamou da sala de estar, antes de sair pela porta da frente. - Já vou.

















Seu próximo destino: New York University.




Me desculpem por isso, doeu em mim também, acreditem.
E assim termina a primeira temporada de 'Angels to Fly', mas como eu havia dito, terá segunda temporada, e realmente espero que gostem. Começarei a postar amanhã mesmo, então fiquem ligadxs.
Desde agradeço pela repercussão maravilhosa que a fic teve, fico feliz por terem gostado.
É isso, até amanhã. Beijinhos e se cuidem 💕

Angels To Fly (Brumilla) Adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora